O POTENCIAL MORAL, EMPÁTICO, QUE JÁ O TEMOS - Parte 23
Quando nos liberarmos da excessiva centralização em nossos interesses e necessidades encontraremos no nós, a essência do amor verdadeiro, da harmonia interior, da plena felicidade, recebendo-a em abundância pelo desprendimento no dar.
Na fase evolutiva inicial o ser humano primitivo era essencialmente instintivo, possuindo a semente moral do eu superior (self), ainda numa forma potencial (embrionária). Ao vivenciar e sofrer as consequências da excessiva centralização em si mesmo, o homem começou a compreender que a melhor forma de receber e de multiplicar é dividindo, desenvolvendo, assim o sentimento de cooperação. Da cooperação surgiu a organização social, suas regras e controles (alterego) para que a ordem pudesse ser mantida e consequentemente a sobrevivência da espécie, fazendo com que o interesse da coletividade estivesse acima dos interesses egocêntricos, de natureza individual. É o início do respeito ao outro, do germinar do potencial fraterno do lado moral (self).
O homem se assemelha a um diamante, que apresenta seu potencial de brilho e beleza embrionário, esperando o atrito produzido pela lapidação para que possa mostrar seu esplendor.
Assim, acredita-se que todos nós nascemos com 100% de potencial para o bem, para a prática da empatia, do amor ao próximo. Este potencial é considerado como a parte moral de nosso Self.
O homem, o diamante evolutivo, por estar envolto de impurezas egocêntricas precisa ser lapidado, atritado por outro diamante (o homem) para expressar a sua beleza moral.
Assim, da mesma forma que a pedra bruta, seremos trabalhados constantemente pelo atrito decorrente do conflito da relação de interesses e necessidades de cada um, eliminando lentamente, pelo uso da empatia e da compreensão, as impurezas egocêntricas que ainda influenciam e dominam o nosso caráter (valores) e a nossa personalidade (forma como nos apresentamos). O nosso potencial moral só será desenvolvido através das vivências conflitivas.
Cada um de nós, como já vimos, apresenta uma dualidade em termos de valores (parte são egocêntricos x e parte são empáticos), entretanto, o potencial latente e embrionário é sempre empático. Desta forma, o potencial de amor que cada ser humano possui, ao ser criado, é o mesmo: 100% de compreensão; 100% de paciência; 100% de tolerância; 100% de perdão etc. Por isso Jesus afirmou: vós sois deuses, o que Eu faço muito mais vós podereis fazer. Precisamos evoluir no desenvolvimento relativo e progressivo das nossas qualidades morais, mas sempre frente à vida de relação. Tudo é lento e gradual e ninguém evoluirá isolado do mundo de relação.
Nesta dualidade de tendências e de valores, numa base 100, parte sempre será empática e parte sempre egocêntrica, uma sendo a decorrência da ausência da outra.
Exemplo: No caráter de um determinado indivíduo:
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Na vivência racional empática do ego que avalia reduzimos, gradativamente, pelo uso da compreensão das necessidades dos outros, a influência dos nossos valores e necessidades egocêntricas.
Exemplo:
Quando você estiver predominantemente impaciente numa fila de banco, você não aumentará a sua paciência, mas sim reduzirá a impaciência que lhe domina neste instante. Você só conseguirá isto pelo uso racional (do ego que avalia empaticamente), potencializando um estado maior de compreensão e paciência com as dificuldades e restrições deste momento.
Desta forma:
Gilmar de Almeida é Sócio Consultor e Conselheiro pela GA Consult (www.gaconsult.com.br), representa a Throughput Inc. para o Brasil; SW que cobre TODA a Supply Chain com utilização de IA (www.throughput.ai), foi Gerente Industrial, Diretor Industrial, CEO, foi membro dos Comitês de Logística e Controladoria da ANEFAC, foi Diretor da Câmara de Comercio do Mercosul, é Psicanalista Clínico e Mentor.