O próximo presidente dos EUA pode ser o Mark Zuckerberg. Aqui estão 4 evidências disso.

O próximo presidente dos EUA pode ser o Mark Zuckerberg. Aqui estão 4 evidências disso.

Mark Zuckerberg, quando criou o Facebook lá em 2004, provavelmente não imaginava que 15 anos depois a rede social atingiria a marca de dois bilhões de usuários. Com mais de 1,3 bilhões de pessoas interagindo diariamente. São criados cinco novos logins por segundo. Todos os dias são postadas 300 milhões de fotos. É provavelmente o maior portal de consumo de mídia, de informação e de interatividade da Internet. Dados mostram que por volta de 2020 o Facebook terá um consumo de vídeo maior do que o Youtube. Todos os números que cercam o Facebook são enormes. É um gigante da internet, da tecnologia e que cresce cada dia mais, inclusive incorporando outras empresas como foi o caso do Instagram, Whatsapp e do Óculos Rift.

Mark Zuckerberg tem apenas 33 anos e já comanda um império da Internet. O que mais um homem como ele pode almejar profissionalmente? Mark, em 2013, se arriscou em lecionar. Ensinava empreendedorismo, sua expertise, para crianças de uma escola primária.

Mas Zuckerberg é um homem ambicioso. Sua trajetória na criação do Facebook e seu modelo de negócios certamente mostram isso. Porém, alguns eventos recentes apontam que os interesses de Zuckerberg estão voltados para uma nova “área”: ele está em campanha eleitoral e, muito provavelmente, presidencial.

Algumas pistas:

1)     Zuckerberg contratou marqueteiros do partido democrata

Joel Benenson, marqueteiro que trabalhou na campanha do ex-presidente Barack Obama e com Hillary Clinton em 2016, se juntou à fundação filantrópica de Mark Zuckerberg e sua esposa Priscilla Chan. A empresa de Joel trabalhará para a fundação e ajudará a desenvolver pesquisas sobre educação, ciências, moradias e bem-estar social. O casal terá o marqueteiro como guia para direcionar as doações e esforços.

A fundação de Zuckerberg também contratou David Plouffe, um conselheiro sênior da Casa Branca e gerente da campanha de Obama em 2008.

Marqueteiros políticos para uma fundação filantrópica, nada mais suspeito.

2)     Ele quer conversar com pessoas de todos os estados

Anualmente Mark estabelece para si mesmo um grande desafio. Um ano foi ler 25 livros, outro foi aprender chinês e no ano passado ele desenvolveu um sistema de inteligência artificial para automatizar a sua casa. O que acabou rendendo um vídeo bastante divertido.

Pois bem, neste ano de 2017 o desafio de Mark não poderia ser mais político. Ele irá percorrer todos os estados dos EUA para conversar e escutar as pessoas. Só falta tirar fotos com bebês.

 3)     Ele negou seu ateísmo

Durante muito tempo Mark Zuckerberg era figurinha marcada nas listas de pessoas famosas que são e se declaram ateus, ao lado de Angelina Jolie, Daniel Radcliffe e Jodie Foster. Porém recentemente Mark negou a sua convicção ateísta. O que é uma atitude incomum de pessoas não crentes. Ele disse que “não é mais um ateu e que acredita que religiões são muito importantes”.

Politicamente se declarar ateu é um desastre. A maioria esmagadora da população americana crê em alguma religião e trata ateus com, no mínimo, desconfiança.

Um caso bastante interessante é o do Fernando Henrique Cardoso. Em 1985, quando disputava a eleição de prefeito da cidade de São Paulo, FHC estava num debate quando o jornalista Boris Casoy perguntou diretamente ao candidato se ele acreditava ou não em Deus. Fernando Henrique, constrangido, disse que tinham combinado que essa pergunta não faria parte do debate. O diálogo que segue é uma transcrição do caso:

Boris Casoy - Senador, o sr. acredita em Deus?

Fernando Henrique Cardoso - Essa pergunta o sr. disse que não me faria.

Casoy - Eu não disse nada.

Fernando Henrique - Perdão, foi num almoço sobre este mesmo debate.

Casoy - Mas eu não disse se faria ou não.

Fernando Henrique Cardoso perdeu a eleição. Muitos dizem que foi por conta dessa resposta onde não afirmou se acreditava ou não em Deus. Mark Zuckerberg sabe da rejeição que os ateus sofrem e que suas chances como político diminuiriam caso continuasse afirmando seu ateísmo.

4)     Ele tem falado em renda mínima universal

Em um discurso na Universidade de Harvard nos EUA, Mark Zuckerberg defendeu uma renda mínima universal para toda a população como uma forma de responder à automação e ao desemprego em massa que eventualmente podem acontecer. É difícil ainda dizer quais são as convicções ideológicas ou econômicas de Mark, mas esse discurso de Renda Mínima Universal é como música para os ouvidos de muitas pessoas.

Qualquer pessoa de baixa renda, pouco estudo, que tem um trabalho de pouca qualificação, ficará encantado com a ideia de renda básica para todos.

Sequer sabe-se como isso será possível (se é), mas no palanque de Harvard, Mark já está fazendo discursos que agradam uma maioria que não entende como a economia funciona. Isso acaba se tornando notícia nos principais jornais do mundo.

Mais político e marqueteiro do que isso, impossível.

Em vários discursos e até mesmo em textos institucionais diz-se que a missão do Facebook é de “dar as pessoas o poder de construir comunidades e aproximar as pessoas do mundo” No papel isso é bonito, mas sabemos também que quando não pagamos por um produto, nós somos o produto. Se for candidato, Mark terá em suas mãos uma ferramenta poderosíssima de informações, de coleta de dados, de direcionamento de mensagem. O que um potencial político, numa campanha política, poderá fazer com este “arsenal” é esmagador.

Não é difícil entender os motivos, caso ele realmente queria se aventurar na política. Ele atingiu um patamar de alto nível no setor privado. Ele comanda uma das maiores empresas do mundo. Tudo isso enquanto ele ainda é novo, de pouca idade. O que mais ele pode fazer? Por que não a presidência do país mais influente do mundo?

Ele já tem as curtidas, será que terá, também, os votos?

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