O preço dos combustíveis e suas oscilações no Brasil

O preço dos combustíveis e suas oscilações no Brasil

Desde a mudança mais significativa no mercado nacional de combustíveis, que ocorreu no pós impeachment, com a vinda do PPI, vimos o mercado de combustíveis mudar de forma muito rápida, principalmente em relação às variações de preços e também em relação ao número de variáveis que fazem com que o preço sofra algum tipo de variação.

Antes desse cenário, tínhamos um mercado que sofria pouca ou quase nenhuma variação, pois a Petrobras foi utilizada como ferramenta para segurar artificialmente os preços no mercado interno. Com a mudança e implementação do PPI, chegamos a ter períodos com variações diárias, semanais, mensais e depois sem prazos definidos. Também tivemos a mudança da forma com que o biodiesel foi negociado, passando da modalidade de leilão para negociações diretas entre distribuidoras e usinas, a vinda do CBIOS, que foi uma nova variável que acabou sendo incorporada na composição de custos, a chegada de tradings e as distribuidoras entrando  nas importações de gasolina e diesel, e se utilizando dessa ferramenta para realizar repasses e captura de margens, também tivemos períodos onde as pautas de PMPF foram congeladas, depois passaram a ser mensuradas pela média do últimos 60 meses, a chegada da monofasia do ICMS, a privatização de 3 refinarias, e por aí vai..

Vimos em pouco tempo uma mudança importante acontecer, e claro tudo isso deixou o mercado muito mais dinâmico e também complexo, pois as distribuidoras acompanharam as mudanças de forma instantânea, enquanto os seus clientes, mesmo após alguns anos, ainda não conseguem acompanhar todas essas mudanças, ou até mesmo não compreendem o porque elas ocorrem.

A mudança mais recente, que ocorreu em 2023, foi novamente na Petrobras, onde foi anunciado o abrasileiramento dos preços no mercado interno, deixando de acompanhar o PPI, e esse ano, por exemplo, não vimos nenhuma mudança no preço do diesel nas refinarias. E isso de certa forma deixa muitos compradores e empresários acomodados, já que o principal fornecedor não vai mais acompanhar o que acontece no mercado externo, agora o cenário será mais tranquilo.

Infelizmente não é bem assim, Petrobrás é apenas uma parcela do custo final dos combustíveis, ainda temos os impostos estaduais e federais, biocombustíveis, importado, CBIOs, frete, descontos comerciais, encargos financeiros, custos operacionais, margem de contribuição, ou seja, temos vários outros itens para monitorar e isso deixa o mercado extremamente dinâmico, e claro vira um prato cheio para as distribuidoras se utilizarem de diversos argumentos, para justificar um repasse de custo.

Veja um exemplo, que é disponibilizado em nossa ferramenta, pegamos o mês de novembro, pelo menos 3 vezes por semana divulgamos algum tipo de impacto, que faz com que o preço sofra algum tipo de variação. E a falsa sensação de que a Petrobras não realiza mais alteração de preço, e por esse motivo os preços se mantiveram “estáveis”, cai por terra. Vimos um exemplo muito latente com o biodiesel que disparou nas usinas impulsionado pela cotação do dólar, e o preço do diesel para os postos e consumidores finais subiu consideravelmente.


Por isso é extremamente importante ter uma gestão muito próxima dos custos de aquisição, para evitar perdas financeiras, com repasses indevidos, e também para que seja possível negociar de igual para igual com seu fornecedor. E nós da VPricing, oferecemos uma solução completa, onde é possível monitorar todas as variáveis, de forma assertiva.

Por: Murilo Barco • Diretor Comercial

VPricing.

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