O Profissional VELHO entregando o velho no NOVO
Mude o jeito de fazer para não mudarem quem faz!
Sou de formação Mainframe e o que me levou a escrever este artigo é o número de amigos que estão em busca de oportunidades, porque perderam seus empregos ou estão descontentes fazendo mais do mesmo.
Antes de mais nada quero contextualizar o “velho”, não tem a ver com a Idade, mas sim com relação a pessoa que está a muitos anos responsável por um Sistema ou por um grupo pequeno deles e que por alguma razão querem ou necessitam mudar.
A alguns meses atrás fui chamado para uma Imersão de Design Thinking, nessa sessão trouxeram quem mais conhecia do Sistema existente e outras pessoas da área de produto, UX, Arquiteto de soluções, facilitador... enfim, um time multidisciplinar para chegar a etapa de experimentação...
Embora ele quisesse ajudar, dando ideias e expondo sua opinião, ele não se desprendia das limitações do Sistema que ele cuidava, tornando entediante todas as vezes que ele pedia a palavra.
Os integrantes o deixaram de lado e passaram a aplicar as técnicas utilizadas nas dinâmicas, não dando ouvidos ao profissional.
O resultado da experimentação foi um APP para contratar serviço já formatado, porém com reconhecimento de Imagem, facilitando muito a vida de quem firmava contratos com comerciantes.
Ao final de todo o processo, fui conversar com ele sobre o que aconteceu nos quatro dias e porque ele foi deixado de lado nos debates.
Expliquei que os Sistemas que ele cuidava, já estavam constituídos, que não atendiam ao mundo digital nem as ferramentas que o usuário precisava. A sua insistência em dizer que já existia a função no Sistema e que era o usuário que não sabia utilizar, fez com que todos o abandonassem porque ele estava pecando na essência da entrega, fazer com pessoas para pessoas...
Sistemas antigos em linguagens antigas tendem a ser refeitos, passo-a-passo são modernizados e quem não entender esse paradigma tende a ser colocado a margem da inovação, no primeiro momento sem o viés de tecnologia, mas sob o olhar da forma Ágil de fazer, entender, propor e entregar. Pensem que os novos integrantes que querem a modernidade e pensam modernidade, só recorrerão a ele quando o Sistema parar ou necessitar esclarecimentos quanto as regras de funcionamento.
No mínimo esse profissional deve aprender a entregar algo velho inovando a forma de fazer, o profissional velho que conhece muito o Sistema deve conhecer muito bem a inovação da entrega, utilizando qualquer um dos Framework ágeis desde que seja aderente a entrega.
Mas como entregar de maneira diferente, fazendo diferente?
Dar espaço para aprender a fazer diferente é atravessar a ponte e destruí-la depois, porque é um caminho sem volta, o meio o levará para a inovação, podendo deixar para depois uma escolha por tecnologia. Mas já, neste momento, procure a forma diferente de entregar, atualize-se dentro de uma cultura Ágil com cursos rápidos e diretos.
Mude o jeito de fazer para não mudarem quem faz!
Seu comentário será muito útil a esses profissionais...
Consultor de Desenvolvimento de Sistemas | Meios de Pagamentos
6 aMuito bom o artigo, pena que as pessoas não enxergam e preferem colocar a idade como unico fator de culpa. Mesmo um jovem pode incorrer no mesmo erro.
Analista de sistemas sênior | Safra | MBA
6 aOlhar claro e objetivo que faz todo o sentido, parabéns!!
Scrum master | F1rst tecnologia
6 aÉ preciso ajudá-los a enxergar que sempre é possível melhorar e que a mudança é necessária. Não ter medo do novo e sim buscar um novo jeito de fazer... Espero que muitos entendam o sentido desta publicação.