O programa StartUp Rio e a rede de inovação
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O programa StartUp Rio e a rede de inovação

O Programa StartUp Rio realizou seu DemoDay no último dia 2 de setembro de 2020. O DemoDay é o evento em que as equipes que participaram do Programa fazem sua apresentação final. Tive a oportunidade de fazer a divulgação deste evento, tanto pessoalmente quanto pelo programa Ciência em Movimento, entrevistando Renata Haje que é Coordenadora de Relações Institucionais e de Eventos do Programa. 

O programa foi lançado em 2013 e tive a oportunidade de estar presente em uma de suas primeiras reuniões, pela FAETEC. Na ocasião o programa ainda estava em seus primórdios de ação. Com a missão de  "Tornar mais curta a distância entre uma boa ideia e um negócio que atenda demandas da sociedade" e com os objetivos de "Fomentar as boas ideias, que nutridas, sejam apropriadas em empreendimentos maduros e relevantes, fortalecendo a base tecnológica e Incentivar, estimular, apoiar e promover iniciativas que versem sobre a temática da Difusão do Ambiente de Inovação em Tecnologia Digital, de forma a motivar a cultura de inovação tecnológica, criatividade e empreendedorismo no estado do Rio de Janeiro." o programa se consolida a cada ano que passa, já tendo formado mais de 2000 empreendedores e com mais de 260 projetos entregues à sociedade. 

Nos últimos anos o Programa tem se expandido para o interior do Estado e ajudando no desenvolvimento da cultura da inovação, mas ainda de forma bem tímida, apesar dos avanços e esforços. Para "escalar" o Programa para o interior do Estado é necessário criar "musculatura" tanto de infraestrutura quanto de apoio a esta infraestrutura.

O primeiro ponto de criação de "musculatura" para o programa é o de sua formalização pelo Estado. Felizmente esta formalização foi levada a cabo pela Resolução SECT No 67 de 2 de setembro de 2020. Até então o programa estava associado apenas aos editais FAPERJ e praticamente na dependência desta para sua realização. 

Ao se publicar a Resolução 67 estrutura-se o programa. Conforme estabelecido no artigo 5 O Programa StartupRio passa a ser executor da Política de Inovação da SECTI do Estado do Rio de Janeiro terá: 

I - A missão de alcançar o desenvolvimento econômico e social de modo inovador, que, como consequência, imprima maior e melhor nível de qualidade de vida à nossa sociedade, bem como a visão de ser o Agente de Referência em Inovação e Empreendedorismo do Estado do Rio de Janeiro.

Esta mesma Resolução cria a a Política Estadual de Inovação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECTI, tema para outra publicação.

De forma ampliar esta discussão e aprofundar o tema, alguns pontos sobre o Programa StartUp Rio ainda merecem reflexão:

1. A Incubadora Pública: o Programa é um conjunto de ações de forma permanente e realizadas ao longo do tempo. Os programas ocorrem em ambientes específicos e no caso do Programa StartUp Rio é o espaço onde o programa se realiza, o co-working da Rua do Catete 243. Este espaço do Programa StartUp Rio é a própria incubadora, onde todo o processo de mentoria e de apoio é realizado. Seria importante que o Estado efetivamente criasse uma Incubadora Pública e que esta estivesse vinculado a SECTI, já que o Programa assume sua forma de permanência ao longo dos anos.

2. Uma Rede de Incubação: o estabelecimento de um Programa ajuda no estabelecimento de uma rede de incubadoras públicas e privadas. Através de convênios para este fim esta rede de incubadoras, dentro do Programa StartUp Rio, poderia se espalhar para todo o Estado. Isto permitiria a participação de várias regiões do Estado, e de formar articulada. 

3. A Lei de Inovação: como já apontado anteriormente este modelo deve se articular, ou deveria, com a Lei de Inovação do Estado do Rio de Janeiro. A Lei deve ser revista, com está efetivamente, para se criar o Sistema Estadual de Inovação. Este sistema deve considerar todos os ambientes regionais de inovação assim como suas respectivas infraestruturas operacionais locais. A criação desse Sistema ajudará na operacionalização do Programa StartUp Rio.

4. O papel da FAPERJ: nesta nova lógica de infraestrutura caberia a FAPERJ o apoio a estes ambientes e da infraestrutura subjacente. 

Reforçar a musculatura do Programa StartUp ajudará a ampliar o acesso ao programa e permitirá robustecer as ações do Programa, que, mesmo com todo o esforço de interiorização, ainda está, visivelmente, concentrado na capital do Estado. Temos que levar a cultura da inovação ao chão da cidadania, para todos!

Vamos em frente!

Marcio Campos 

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