O quanto os processos seletivos mexem com suas emoções?
Emoções de Riley no painel de controle em 'DivertidaMente 2' | Disney, Divulgação

O quanto os processos seletivos mexem com suas emoções?

Ansiedade, raiva e tristeza. Poderiam ser apenas personagens de um filme, mas são parte do cotidiano das pessoas que participam de processos seletivos, seja em seu desenvolvimento ou em sua realização. Conhecidos por representarem momentos de grande tensão, esses processos provocam emoções muito semelhantes às reproduzidas no filme DivertidaMente 2. Sequência do sucesso da Pixar de 2015, o longa estreou nos cinemas na última quinta-feira (20).

Ansiedade

Para as pessoas candidatas, a ansiedade é uma emoção predominante. Segundo uma pesquisa da Huddle, 84,5% delas já sentiram impactos emocionais negativos devido à falta de feedback nos processos seletivos. Essa ausência de retorno pode gerar incerteza e frustração, intensificando o sentimento ao longo do processo.

Ansiedade | Disney, Divulgação

Do lado dos profissionais de RH, a situação não é muito diferente. A pesquisa da Flash People revela que 65% das pessoas que trabalham em RH enfrentaram algum problema de saúde mental no ano passado. A pressão em encontrar a pessoa certa, combinada com a alta carga de trabalho, contribui significativamente com esses números alarmantes.

Raiva

A raiva também é uma emoção comum. No caso das pessoas candidatas, ela surge principalmente devido à quantidade excessiva de etapas em processos seletivos antes de qualquer interação significativa com a empresa. A pesquisa da Huddle indica que 86,5% das pessoas candidatas se incomodam com essa prática, sentindo que seu tempo e esforço são desvalorizados.

Raiva | Disney, Divulgação

Para o RH, a sobrecarga é uma fonte significativa de raiva. A Flash People reporta que 82% dos profissionais de RH se sentem sobrecarregados. O volume de trabalho, associado às altas expectativas e prazos apertados, pode levar à exaustão e ao sentimento de indignação.

Tristeza

A tristeza, por sua vez, aparece de diversas formas durante os processos seletivos. As pessoas candidatas muitas vezes sentem que precisam mudar ou ocultar seu jeito, aparência, crenças e/ou personalidade para se adequarem ao perfil desejado pela empresa. De acordo com a pesquisa da Huddle, 69,1% das pessoas candidatas já passaram por essa situação, o que pode levar a um sentimento de desvalorização e perda de identidade.

Tristeza | Disney, Divulgação

Para quem está no RH, a dificuldade em encontrar a pessoa certa também é uma fonte de tristeza. Uma pesquisa da Catho mostra que 74,81% dos profissionais de RH afirmam ter dificuldades nesse aspecto. Esse desafio constante pode gerar um sentimento de inadequação e frustração com os resultados obtidos.

Assim como no universo de DivertidaMente, compreender as emoções e seus gatilhos é essencial. No caso dos processos seletivos, empresas que adotam práticas mais transparentes e humanizadas, proporcionando feedback constante e reduzindo etapas desnecessárias, podem ajudar a mitigar a ansiedade, raiva e tristeza. Assim, com transparência e honestidade dos dois lados, pessoas candidatas e profissionais de RH podem passar por esses momentos de maneira mais leve e produtiva.

Mariana Cardoso

Ajudando a unir pessoas e oportunidades de forma mais fácil, ágil e eficiente. ✨

6 m

Se fizéssemos aquela brincadeira do “eu nunca” não ia sobrar nada no copo hahaha Por que, quem nunca sentiu algum desses sentimentos em processo seletivo? Que todos precisamos trabalhar nossas emoções já sabemos, mas MUITA coisa poderia ser evitada, SE as empresas se preocupassem um pouquinho mais com as pessoas. Sejam elas as pessoas candidatas, que querem entrar na empresa ou as pessoas recrutadoras, que já trabalham ali. Super esclarecedor o artigo! 🧡

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