O que é Aromaterapia e quais os seus benefícios?

Em um mundo cada vez mais conturbado e estressante, não é raro as pessoas buscarem por maneiras de combater as consequências negativas de uma vida tão turbulenta e corrida.

Nesse sentido, terapias alternativas para diminuir a ansiedade e combater o estresse têm ganhado mais espaço, como é o caso do uso de óleos essenciais com fins medicinais.

Por meio dos aromas desses compostos, é possível alcançar inúmeros benefícios com uma técnica chamada Aromaterapia. Saiba quais são suas vantagens, como usá-la e o que é aromaterapia, afinal:

Origens

Egito

Não se sabe ao certo quais são as reais origens da aromaterapia, mas desde o Egito Antigo existem registros das primeiras máquinas de destilação para extração de óleos em algumas plantas. Naquela época, o principal uso desse composto era na preparação dos mortos por meio do embalsamento.

Os mais comuns eram o cedro, a canela e o cravo. Algumas pessoas afirmam que Cleópatra, antiga rainha egípcia, já conhecia o poder da aromaterapia, usando os óleos de jasmim e rosas para conquistar seu amado Marco Antônio.

China

Já o uso de infusões para melhorar o humor possui suas origens no território chinês.

Grécia

Ainda na antiguidade, os gregos também tiveram importante papel no surgimento da Aromaterapia, a partir da utilização de fragrâncias obtidas da mirra para fins terapêuticos.

França

O termo oficial da técnica só foi cunhado na primeira metade do século XX, pelo químico francês René-Maurice Gattefossé, que voltou seus estudos para o potencial curativo dos óleos essenciais.

René teria descoberto acidentalmente os benefícios da lavanda para o cuidado de queimaduras. O nome vem de “aroma”, que remete ao sentido de “cheiro”, e “terapia”, que faz alusão à palavra “tratamento”.

A partir dos estudos de Gattefossé, alguns registros apontam que o cirurgião francês Jean Valnet utilizava esses princípios para ajudar a curar lesões de soldados na Segunda Guerra Mundial. Com a escassez de antibióticos, os médicos da época passaram a experimentar formas alternativas de tratamento dos feridos.

Benefícios

Os estudos sobre os princípios medicinais dos óleos essenciais e da Aromaterapia ainda estão em andamento. Muito se discute sobre o assunto, mas alguns achados já apontam para benefícios cientificamente comprovados da técnica.

Um estudo da Mie University School of Medicine apontou que pacientes com depressão precisavam de doses menores de antidepressivos após serem tratados com fragrâncias cítricas.

Memória

Apesar de algumas controvérsias, a ciência identifica uma relação clara entre a inalação de óleos essenciais e o estímulo da amígdala, no cérebro, responsável pelo controle de nossas emoções e pelo processo de memorização.

Isso porque é muito comum a associação de cheiros a memórias específicas de nossa vida. É o caso de uma pessoa que sente o aroma de flores e se lembra dos parques em que costumava caminhar quando era mais nova, ou de alguém que associa o cheiro de bolinhos de chuva ao carinho de sua avó.

Bem-estar e saúde

Além disso, muitos profissionais da área da aromaterapia elencam os benefícios da técnica a partir de suas experiências pessoais. Entre os efeitos mais conhecidos, estão: redução do estresse, combate da ansiedade, efeito analgésico e até mesmo melhoria da função pulmonar. 

Após a inalação dos aroma escolhido no tratamento, as moléculas do óleo estimulam nossos canais olfativos, que enviam uma mensagem para nosso sistema límbico, provocando reações a partir das propriedades aromáticas.

É comum a sensação de bem-estar e a melhoria do humor. Há quem defenda, ainda, que a aromaterapia também traz contribuições aos processos infecciosos, a partir do estímulo do sistema imunológico. 

Ingredientes e formas de aplicação

Ingredientes

Os principais ingredientes da aromaterapia são os óleos essenciais naturais, conseguidos a partir da extração de substâncias de plantas, raízes, flores, cascas de árvores, sementes e frutos.

A partir desse procedimento, consegue-se um composto extremamente puro e concentrado, que potencializa os princípios ativos do seu vegetal de origem. Nesse sentido, é importante não confundir o uso de óleos essenciais com o de essências (essas últimas não possuem as qualidades e a eficácia dos óleos).

Os ingredientes são usados de diversas maneiras, que incluem inalações, aromatização do ambiente, massagens, banhos, cremes, compressas, escalda-pés e muito mais.

Seja qual for a forma de aplicação, busca-se sempre o mesmo fim: a promoção geral de bem-estar e equilíbrio, combatendo males e trazendo saúde ao indivíduo. 

Diluição

Devido ao seu alto grau de concentração, os óleos essenciais não podem ser usados sozinhos, podendo causar um efeito indesejado. Se aplicados diretamente na pele, por exemplo, podem até causar algum tipo de lesão.

Para evitar situações do tipo, é feita uma diluição do composto em carreadores como óleos vegetais, de copaíba ou de amêndoas, por exemplo, além de cremes hidratantes, álcool e cereais.

Além de diminuir a concentração dos óleos, essas substâncias facilitam a absorção do composto quando aplicado sobre a derme. As de origem mineral devem ser evitadas, pois podem reduzir o efeito do tratamento.

Inalação

Hoje em dia, outra forma de tratamento tem se popularizado entre os adeptos da técnica. Trata-se de colares de cerâmica pessoais, que trazem o composto no interior de suas estruturas, promovendo os benefícios do tratamento de maneira mais prática e duradoura.

Com a ajuda de um aromatizador pessoal, pode-se praticar a Aromaterapia em todos os lugares, por tempo integral. 

Outras práticas

Compressas quentes ou frias também podem ser embebidas em uma mistura de óleo e água, agindo sobre dores e tensões musculares. Nos banhos de aromaterapia, por sua vez, a pessoa recebe o benefício tanto pela absorção da pele quanto pela aspiração do vapor.

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