O que é Branding?
Se você já buscou reposicionar a sua marca no mercado, muito provavelmente você já deve ter ouvido uma agência de marketing falando de branding como sendo a criação do seu logo. De certa forma essa afirmação não está errada, mas com certeza está incompleta. Branding vai muito além da criação de um logo.
Para otimizar o seu tempo, vou te dar um resumo sobre o que vamos falar nesse artigo.
Mas afinal, o que é Branding?
Branding é um modelo de gestão.
Como assim? Branding é uma forma de você gerir o seu negócio. Grandes empresas chegaram nesse nível por adotarem um modelo de gestão orientado a tomada de decisões baseados no que é melhor para o posicionamento da empresa no mercado, gerando valor para a marca.
Vamos combinar uma coisa? A partir de agora, sempre que eu falar MARCA, entenda como o seu negócio como um todo.
O que é o Branding como modelo de gestão?
O trabalho de branding consiste em entender e definir:
À partir da definição de comportamento, tudo o que acontece na empresa deve ser feito de uma forma que reforce esse comportamento para todos.
Vou te dar um exemplo. Imagine que a sua empresa transmite um comportamento de ser inovadora e disruptiva. Nesse contexto, faz sentido todo o seu processo administrativo ser manual? Faz sentido não ter um posicionamento digital? Ou então, faz sentido o seu principal produto ser considerado um commodity?
Quando o diferencial da empresa não é um mero discurso comercial, mas algo que faz realmente parte do dia a dia do negócio, temos uma marca de valor no mercado com um forte poder de atração.
Um olhar além do meu cliente
Como já falamos, branding é um modelo de gestão que tem como objetivo definir e padronizar o comportamento, a fala e a aparência da marca. Esse trabalho serve para a marca interagir com todos os seus stakeholders.
Stakeholders são públicos que interagem de alguma forma com a sua marca. O nosso cliente é um exemplo de stakeholder, porém ele não é o único público. Nossos colaboradores, nossos fornecedores também são exemplos de stakeholders.
Por isso, é importante ter um olhar para outras figuras no meu negócio.
Porque esse olhar é tão importante?
Quando todos os meus stakeholders estão em uma experiência positiva com a minha marca, minha empresa tem menos falhas de comunicação. O nosso discurso se torna mais sincero, fazendo com que a marca tenha mais força no mercado.
A sua empresa empresa já tem uma base para isso
Branding é algo que você já tem na sua empresa. Mesmo que você não queira, você já investe em branding. O que pode ocorrer, é que você talvez não tenha algo bem alinhado e que possivelmente precise de ajustes.
Os 3 pilares do Branding
Esses 3 pilares são o motivo para Branding ser um modelo de gestão, pois essa base é composta da cultura da empresa, o seu plano de negócios e os diferenciais da sua empresa.
Vou te dar um pouco mais de detalhes:
Cultura
Toda empresa possuí uma cultura. E essa cultura vem dos ideais do seu fundador. Em alguns casos, pode ser que essa empresa não é mais gerida pela pessoa que fundou o negócio. Nesse caso, identifique quais são os ideais desse gestor. O que ele quer transmitir para todos que interagem com a marca? E que crenças e valores do fundador tem sido preservados?
Cada pessoa que entra no seu time tem o papel de ajudar a enriquecer a cultura. Mas nunca ir contra a cultura.
Lembre-se: A cultura não é inclusiva. Ela foi feita para erguer muros e figurativamente separar quem está ou não de acordo com ela.
Plano de negócios (Business Plan)
Esse plano de negócios é exatamente aquele plano que você traçou quando começou a sua empresa. Agora é hora de revisá-lo.
Defina o que você quer para o futuro da sua empresa. Através de um bom alinhamento de Branding, você vai transmitir esses planos com clareza para o seu time, para que todos façam um empenho coordenado para chegar nesses objetivos.
Diferenciais
Como o próprio nome já diz, é aquilo que te diferencia. Ter clareza nos seus diferenciais vai te ajudar a ter um discurso mais consistente. Para isso, precisamos entender quais são os tipos de diferenciais que nós temos. Importante destacar que aqui nós não estamos falando do PRODUTO e sim da EMPRESA como um todo.
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Você deve estar se perguntando: Mas eu posso aplicar esse tipo de análise no meu produto? Pode e deve, mas isso será útil para campanhas mais específicas e para aprimorar o discurso do seu time comercial referente apenas a esses produtos específicos.
Para o Branding ser efetivamente um modelo de gestão, devemos considerar os diferenciais do negócio.
Argumento commodity
É aquele elemento que não gera absolutamente nenhum diferencial. Mas é algo que se de alguma forma não for apresentado, pode parecer que não temos essa característica e isso pode gerar uma desvalorização no trabalho.
Um bom exemplo, é aquele famoso discurso de agências de marketing: "Somos uma agência com foco em performance". TODA AGÊNCIA DE MARKETING TEM FOCO EM PERFORMANCE. Mas se uma agência não apresente essa informação de alguma forma, pode parecer que ela não tem esse foco.
O que isso diferencia essa empresa das demais? Nada, mas pelo menos ela não está perdendo em nada também.
Diferencial tático
É aquele diferencial que me faz ser diferente, porém em situações ou momentos mais específicos.
Por exemplo, hoje a Burian está em uma região renomada de São Paulo e atuando com uma grade mais completa de soluções. Porém no nosso primeiro ano de vida, nosso escritório era na cidade de Guarulhos, onde atuávamos como uma consultoria especializada em Branding.
Nessa época, nosso diferencial na cidade era: "a Burian é a única consultoria especializada em Branding em Guarulhos", carregando assim um atributo ligado a exclusividade.
Hoje já existe uma concorrência atuando nessa região, então nosso diferencial se transformou para "somos a PRIMEIRA consultoria especializada em Branding de Guarulhos", carregando assim um pioneirismo.
Ser pioneiro em algo é uma idéia diferenciadora, porém, para uma empresa de Guarulhos, sermos a primeira empresa a atuar nessa área é realmente um diferencial, mas, concorda comigo que para uma empresa de São Paulo ou de outro estado, sermos o primeiro na região de Guarulhos não significa absolutamente nada?
Por isso esse é um diferencial tático. Nos faz ser diferentes, porém em ocasiões ou lugares mais específicos.
Diferencial estratégico
É aquilo que faz a sua empresa ser realmente única. Normalmente ligada a características comportamentais e que é transmitida de uma forma muito natural e caso alguma outra empresa tente copiar, não vai ser da mesma forma.
Não tenha medo de imprimir a sua personalidade dentro do seu negócio, pois é esse o tempero que vai te fazer ser diferente.
Você pode estar pensando agora "ah mas no meu ramo as coisas não funcionam dessa forma, as pessoas são mais sérias, são mais conservadoras e eu sou uma pessoa mais extrovertida, piadista.... etc"
Se isso passou pela sua mente, se lembre que a 20 anos atrás TODOS os bancos transmitiam uma imagem séria, formal e até mesmo arrogante. Até que surgiu no mercado uma empresa com um cartão ROXO e um perfil de comportamento de alguém "parceiro", divertido, gente boa. Já reparou como esse mercado mudou?
Já parou pra pensar que a sua personalidade divertida e gente boa, poderia ser a próxima Nubank revolucionando o seu segmento?
Agora você pode estar se perguntando:
Por que as agências que fazem logo falam que fazem Branding?
Depois que identificamos os diferenciais da empresa, precisamos encontrar formas de mostrar isso para o público, chamamos isso de Estratégia de Marca. As vezes isso é feito de uma forma direta, através de um manifesto, missão/visão/valores ou através da comunicação. Mas as vezes isso precisa ser feito de forma indireta. Por esse outro caminho, utilizamos o que chamamos no Branding de idéias diferenciadoras.
Idéias diferenciadoras
É uma forma de mostrar esse diferencial através de um conceito. O pioneirismo e a exclusividade como comentamos acima são exemplos de idéias diferenciadoras.
Outra idéias diferenciadora muito utilizada é a criação de um novo nicho ou a criação de um novo conceito. Já reparou que você não paga mais que R$9 num pastel de feira, mas em um restaurante que trabalha com comfort food, você pagaria tranquilamente R$20, R$30 em um pastel que é apresentado num conceito de refeição completa?
Vamos trazer esse mesmo exemplo para as agências. Sendo bem sincero, você tinha ideia do era realmente Branding? O conceito de Branding surgiu na década de 70, e assim como o marketing, foi aprimorado continuamente.
As agências de marketing utilizando dessa estratégia de criar um "novo conceito" ou um novo nicho de atuação passaram a chamar o seu serviço de Branding, para diferenciar de outras agências que falavam que criavam logo ou identidade visual.
Na prática elas ofereciam os mesmos serviços, mas por utilizar um nome diferente, o consumidor via como algo mais premium. Hoje esse termo acabou sendo banalizado no mercado, porque a maioria das agências de marketing usam o termo branding para falar que fazem construção de identidade visual ou apenas o logo.
Mas a identidade visual e o logo fazem parte do Branding?
Sim, no Branding definimos e alinhamos o logo, paleta de cores, fontes e elementos de apoio da marca. Mas essa é apenas uma pequena parte do trabalho. Essa é a etapa onde definimos o COMO NOS PARECEMOS.
Porém se fizermos somente isso, teremos uma marca visualmente bonita, mas essa marca será fraca e sem força.
Qual o caminho correto para definir um posicionamento de marca forte?
Se você aplicar essa metodologia exatamente dessa forma, você vai ter na sua empresa o Branding como modelo de gestão.
Se você quiser ter acesso a mais conteúdos como esse, você pode acessar o site da Burian Consultoria clicando aqui.