O que é a Comunicação Empática
Sentimo-nos frustrados quando expomos as nossas opiniões e pontos de vista e não somos entendidos. Muitas das interações que temos no dia a dia são, até, uma batalha apenas por discordarmos uns dos outros, por as opiniões colidirem – e este confronto tem impacto no nosso humor e nas nossas emoções.
Quando nos deparamos com personalidades manipuladoras, em que alguém não respeita as nossas opiniões nem se esforça por entendê-las, como é que podemos ser emocionalmente saudáveis?
1. Sendo mindful – estarmos conscientes de que aquela pessoa está a usar o poder da retórica para exercer pressão sobre a nossa opinião naquele momento.
2. Indicando a essa mesma pessoa que nos sentimos desconfortáveis e que não vamos tolerar que seja exercido esse poder sobre nós (usando uma comunicação assertiva).
3. Recorrendo a elementos de regulação emocional – reconhecermos que não temos de ter uma resposta direta pronta e que não somos mais fracos por isso, reconhecendo ainda que não estamos bem e, assim, conseguirmos libertar-nos daquela discussão (o que é totalmente diferente de desistir – a nossa opinião mantém-se mas temos consciência de que a interação já não está a ser produtiva). É importante referir que sentirmo-nos mais emocionalmente ativos não significa perdermos o controlo sobre a situação.
Então, como deve ser a comunicação para fomentarmos relações saudáveis?
A assertividade na inteligência emocional prende-se com uma colaboração, colaboração essa que, por sua vez, se prende com respeito e não imposição de opiniões (o que não nos impede de expressarmos o que sentimos e pensamos). Contudo, há momentos na nossa comunicação em que não precisamos de ser tão assertivos, manifestando outros aspetos da comunicação que ajudam a criar ligações mais presentes, de maior conforto e de partilha emocional – e é aqui que entra a comunicação empática.
Quando executamos uma comunicação empática temos tendência a melhorar a nossa capacidade de comunicação como um todo, bem como a nossa capacidade de reflexão e compreensão. Vale reforçar que a empatia e a assertividade não se anulam: não queremos florear a situação mas podemos ser diretos e compreensivos ao mesmo tempo.
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E de que forma podemos aplicar uma comunicação empática?
Sermos capazes demonstrar tudo isto faz, de longe, a diferença. É crucial estarmos abertos a que todas as emoções surjam, podermos expressar-nos com as pessoas e criarmos, acima de tudo, um espaço benéfico para todos podermos “colocar em cima da mesa” o que está presente e, assim, criarmos interações mais saudáveis, mais enriquecedoras e que provoquem o nosso bem-estar geral na vida.
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