O que é mais importante: O destino ou transporte?

No final do ano passado fui ao batizado da filha de uma amiga. Cheguei, falei com todos e me acomodei no banco. A missa começou e, para quem não é católico é meio sacal ouvir todo aquele sermão, mas já estava preparada psicologicamente para entrar em modo paisagem. Enquanto sorria lindamente, iria pensando nos meus afazeres e, se sobrasse um tempo, ficaria pensando em algum mantra.

Mas, de repente, o Padre Jorjão da Igreja Da N. S. da Paz, em Ipanema, me surpreendeu. Começou com a seguinte analogia:

“Se você tem dinheiro suficiente para fazer uma viagem sem programação, podendo comprar o que quisesse quando chegasse ao seu destino, o que você pediria no aeroporto?

Provavelmente iria chegar no guichê e solicitar um assento na primeira classe, afinal você pode pagar. Logo, vai escolher o que há de melhor. Como você tem pressa e dinheiro, falará:

- Quero uma poltrona na primeira classe para o próximo voo.

Isso mesmo – sem saber o destino, apenas preocupado com acomodação.

O Padre então concluiu: as pessoas estão mais preocupadas com sua caminhada, ignorando o destino, achando que é mais importante de ir no luxo, sem saber aonde ir. Enquanto o mais importante na vida é saber o destino, porém vamos do jeito que der até lá. Até porque o próximo voo pode estar indo para um país em guerra. ”

Saí do batizado pensativa e me questionando se uso esse método, e pasmem, eu usava em algumas situações na minha vida. Pensei que se ficasse focada no caminho e não no destino iria chegar ao fim da minha vida sem concretizar as coisas que queria, ou pior, ficaria amargurada e frustrada como a grande maioria das pessoas.

Comecei a mudar a forma de encarar os fatos, a ler mais ainda sobre PNL, Inteligência Emocional, fiz curso de Coaching e com isso ativei novos hábitos e rompi barreiras. Acordei a Katya que estava sonolenta ou apagada e despertei-me para um novo horizonte.

Meu olhar mudou e minhas perspectivas, idem. Saí do vitimismo e passei a ser responsável por tudo que acontecia a mim e em minha volta. Hoje consigo perceber que muita coisa que ocorreu comigo foi por falta de planejamento, por não me preocupar onde iria chegar e sim em ter conforto durante a caminhada.

Claro que você pode, neste momento, falar “tenho dinheiro e quero viajar”, mas a primeira pergunta que se deve fazer é: Para onde vou? Com quem eu vou? De que jeito eu vou?

Óbvio que é importante como você vai chegar ao seu destino, só que ele não é o foco e sim o meio de chegar ao seu ponto.

Enquanto as pessoas não entenderem a diferença entre foco, meio e recurso, elas vão continuar gastando tempo e se frustrando.

Uma boa viagem!