O que é neurociência?
Uma das principais habilidades do profissional em vendas de alta performance, é saber como comunicar e persuadir o cliente a comprar seus produtos ou serviços.
Indiretamente poderemos afirmar que, a principal habilidade de um vendedor é saber persuadir um fascinante órgão de cerca 1 milhão de km de fibras interconectadas chamado de Cérebro Humano.
Quando aplicada aos negócios, a neurociência visa o emprego de técnicas, para que o cérebro dos clientes/colaboradores estejam em um ambiente favorável para tomar decisões mais adequadas. O objetivo e potencializar os participantes e terem boas ideias para resolver problemas, inovar e trabalhar de forma mais eficiente.
Na última década, incríveis avanços aconteceram na neurociência e na compreensão do cérebro. Essa ciência também é capaz de influenciar os comportamentos dos clientes, otimizando o processo das vendas e a experiência de compras.
Existem diversas neurociências, dependendo da condução e objetivo que motivam o estudo do sistema nervoso. Em todas as áreas, o cérebro é considerado em uma perspectiva unitária, já que todos os processos mentais têm influências físicas e as questões físicas alteram o indivíduo a nível emocional.
Essa ciência é considerada multidisciplinar, reunindo diversas especialidades, como: bioquímica, biomedicina, fisiologia, farmacologia, estatística, física, engenharia, economia, linguística, entre outras, que objetivam investigar os comportamentos e mecanismos de aprendizado na aquisição do conhecimento humano.
Existem várias finalidades das pesquisas na área da neurociência, entre elas, destaque para o entendimento de como as vivências são capazes de alterar o cérebro e como interferem no seu desenvolvimento. Esta disciplina abrange a inteligência, raciocínio, capacidade em sentir, sonhar, comandar o corpo, tomar decisões, fazer movimentos, entre outros.
Alguns setores específicos também se utilizam da neurociência, como: os profissionais em engenharia médica, para desenvolvimento de equipamentos e soluções a portadores das necessidades especiais. Pode ser citado também, os profissionais da informática que desenvolvem softwares, para viabilizar atividades das pessoas com algum tipo de limitação intelectual e/ou física.
Para compreender esse complexo mecanismo, cientistas consideram a forma como funcionam os processos cognitivo, principalmente no que se refere à decodificação e transmissão das informação realizadas pelos neurônios, bem como em perspectivas, funções e comportamentos.
De acordo com o Wikipedia, a neurociência é um estudo do sistema nervoso. É “a parte do corpo de um animal que coordena as ações voluntárias e involuntárias e transmite sinais através de diferentes partes do corpo.”
Neurociência é a área que se ocupa em estudar o sistema nervoso, visando desvendar seu funcionamento, estrutura, desenvolvimento e eventuais alterações que sofra, portanto, o objeto do estudo dessa ciência é complexo, sendo constituído por três elementos: o cérebro, a medula espinhal e os nervos periféricos. Ela é responsável por coordenar todas as atividades do corpo, e de extrema importância para o seu funcionamento como um todo, tanto nas atividades voluntárias, quanto involuntárias.
Os estudos da neurociência estão divididos em campos específicos que exploram as áreas do sistema nervoso, sendo eles:
Neurofisiologia: investiga as tarefas que cabem às diversas áreas do sistema nervoso.
Neuroanatomia: dedica-se a compreender a estrutura do sistema nervoso, dividindo o cérebro, a coluna vertebral e os nervos periféricos externos em partes, para nomeá-las e compreender as suas funções.
Neuropsicologia: é a parte que estuda a interação entre as ações dos nervos e as funções ligadas à área psíquica.
Neurociência comportamental: ligada à psicologia comportamental. É a área que estuda o contato do organismo e os seus fatores internos, como, os pensamentos e as emoções ao comportamento visível. Falar, postar, gestos usados por uma pessoa e tantas outras características, também fazem parte desta vertente de estudo.
Neurociência cognitiva: este campo foca na capacidade cognitiva, ou seja, no conhecimento do indivíduo, raciocínio, memória e o aprendizado. O estudo é voltado à capacidade cognitiva, em que estão inclusos comportamentos ainda mais complexos, como memória e aprendizado.
O entendimento do funcionamento e mecanismos da regulação desse órgão tem sido um dos maiores desafios da humanidade desde a Antiguidade.
O termo Neurociência surgiu recentemente, em 1970, mas, os estudos do cérebro humano são de muitos anos atrás. Filósofos gregos antes de Cristo, já buscavam respostas sobre os impactos do sistemas cognitivo e respostas físicas do cérebro. A complexidade do órgão constituído por milhares de células e ligações, faz com que exista uma busca das resposta para a melhoria da vida humana.
Os filósofos da Grécia desenvolveram teorias sobre o cérebro através de simples observações e os romanos estudos dissecando animais. No século XVIII, levado pelo Iluminismo, surgiram os estudos mais aprofundados do sistema nervoso.
A teoria da evolução de Charles Darwin também contribuiu significativamente para o entendimento da estrutura e funcionamento cerebrais. Com o surgimento das tecnologias do Raio X e a tomografia computadorizada, otimizaram as pesquisas na área e inauguraram efetivamente a Neurociência.
Atualmente, a cibernética também tem oferecido contribuições para essa disciplina, principalmente por meio da neurociência computacional. O principal objetivo é compreender e imitar o funcionamento do sistema nervoso para o desenvolvimento de máquinas que auxiliem o ser humano em diversos campos da vida.
O projeto financiado pela União Europeia – UE, chamado Human Brain Project, tem como objetivo, construir uma infraestrutura baseada nas tecnologias das informações e comunicações (TIC). Essa infraestrutura poderá fornecer aos cientistas do mundo todo, base de dados no campo da neurociência. Segue as plataformas baseadas na TIC:
Neurorrobótica: permitir aos pesquisadores em neurociência e indústria, experimentar com robôs virtuais controlados por modelos cerebrais.
Neuroinformática: fornecerá dados de pesquisas científicas no mundo todo.
Simulação do cérebro: integrar a informação em modelos informáticos unificados, para realizar testes que não são possíveis ser realizar em pessoas.
Computação neuroinformática: transformar os modelos do cérebro em uma nova classe de dispositivos “hardware”, testando as aplicações.
Computação de alto rendimento: proporcionar a tecnologia da supercomputação interativa, que os neurocientistas precisam para a modelagem e a simulação de dados.
Prof. Laertes Wille