O que aprendi na Fenalaw 2018
A 15ª Fenalaw, maior e mais completo evento jurídico da América Latina, terminou na sexta-feira passada, 26, celebrando sucesso de público e volume de negócios gerados. Foram mais de 1.500 congressistas nos oito auditórios simultâneos e 270 palestrantes durante três dias de evento, além de mais de 70 marcas expositoras.
O evento, que contou pela primeira vez com atendimento à imprensa da Conteúdo Empresarial, marcou o retorno do cliente Informa Exhibitions Brasil para a agência. Em 2014 e 2015, assessoramos outros quatro confex da promotora.
Este ano a Fenalaw foi palco de debates variados no campo do direito Trabalhista, Tributário, Digital, Marketing Jurídico, Compliance, Contratos e do Agronegócio. Na área de exposição, a feira de negócios apresentou ao mercado diversificados lançamentos de produtos e serviços para a prática advocatícia.
Deste grande evento eu tirei algumas lições que vou compartilhar aqui:
1- A primeira é sobre o setor de eventos e como ele pode ser comunicado: o chamado modelo "confex", ou seja, evento composto por conferência (com conteúdo altamente qualificado para público nichado) mais exposição (de produtos e serviços, especialmente, inovações tecnológicas) não é tendência, é realidade, e vem crescendo muito - enquanto muitas feiras de negócios foram impactadas pela realidade política e econômica do País nos últimos anos.
2- A segunda lição foi sobre como o setor jurídico vem sendo altamente impactado pela revolução tecnológica (ambiente conhecido da agência por conta de jobs realizados para a Ruy de Mello Miller e mais recentemente para o advogado e relações governamentais, Matheus Miller) . Inteligência artificial, automação intensiva de processos diários, robôs-assistentes e big analytics. A tecnologia está revolucionando o universo jurídico, não é o futuro se desenhando, é a realidade da nova rotina de muitos dos escritórios de advocacia e departamentos jurídicos brasileiros.
3- No segundo dia de Fenalaw, o evento abriu espaço para a discussão sobre como as empresas adaptaram-se à nova lei trabalhista um ano após a sua implementação. Alessandra Rubia de Oliveira Magalhães, chefe de relações trabalhistas da TECSIS, avaliou que 12 meses é um período muito curto para o tamanho das mudanças que a nova legislatura impôs.
“Precisamos de um bom tempo até para que a própria lei se consolide. Pelo menos cinco anos".
O tempo de maturação sugerido me surpreendeu, mas segundo Alessandra, o avanço foi muito positivo e trouxe uma condição de otimismo para a iniciativa privada, simplificou a dinâmica que já existia. “Há uma queda considerável no número de processos trabalhistas. Vejo juízes mais cautelosos e muitos advogados de reclamantes desistindo de ações”
5- Na plenária de encerramento da Fenalaw, a juíza Maria Berenice Dias, que proferiu a primeira união homoafetiva do Brasil, e também é especializada em Direito das Famílias, Sucessões e Direito Homoafetivo, arrancou aplausos do público presente. A magistrada falou sobre as dificuldades que o público LGBTI enfrenta na sociedade atual, mesmo em meio às mudanças do século XXI - o que não me surpreende, mas entristece. Ela enalteceu a necessidade da prática da empatia. “É inaceitável que gays e lésbicas ainda tenham que se manter ‘dentro do armário’ para conseguirem obter espaço no mercado de trabalho”, afirmou.
Se você atua no setor judiciário é quer mais informações sobre esta ou a próxima edição do evento, vale conferir www.fenalaw.com.br
Da esquerda para direita, as jornalistas Valeria Bursztein, Jéssica Santos, eu e Arucha Fernandes, equipe de imprensa da Fenalaw