O que estou aprendendo com a geração alfa em 2018.

O que estou aprendendo com a geração alfa em 2018.

Vou relatar o que hoje me surpreende na relação da tecnologia com minha filha, Alice, de apenas 1 ano e 10 meses de vida (completa 2 anos em 28/06/2018), que é bem esperta e desenvolvida, mas que ainda nem forma frases. Para alguns pode ser assustador, já para outros, são os novos hábitos, comportamentos e tendências do que iremos passar e ter como desafios pelos próximos anos/décadas. 

GERAÇÃO ALFA (ALPHA) 

  • DATA DE NASCIMENTO: após 2010
  • DESCRIÇÃO: Esta geração ainda não está totalmente definida. Poderá chamar-se de Geração M (de mobile). A geração Z e a Alfa podem (e acreditamos nisso) se fundir numa nova nomenclatura, porém, exatamente pela falta de definição, temporariamente é chamada de Geração Alfa.
  • CARACTERÍSTICAS: Ainda sem uma característica precisa, o que se sabe é que nunca uma geração teve tanto acesso a informação e educação como esta. 

E o que vem me chamando atenção nestas últimas semanas:

- Pede quase que diariamente para chamarmos o Google Home para tocar música. Neste último final de semana, ao visitar um amigo que tem Alexa em sua casa, em apenas alguns poucos minutos de brincadeira com o device, ela mesma já tentava pronunciar o nome e ativá-la, com o clara tentativa de colocar suas músicas preferidas.

- O dedo dela vai em direção a tela para pular os anúncios do youtube que ficam no ipad, já conseguiu algumas vezes fazer isso sozinha; 

- A instantaneidade para o consumo de conteúdo, se algo não agrada em segundos, ela sabe que tem algo pra trocar, e de forma muita rápida com um menu logo abaixo do vídeo principal; 

- o toque nas telas de smarthphones e tablets, sabe que com um simples toque alguma ação vai acontecer, em geral, ela quer iniciar ou trocar um vídeo, ou tirar uma foto. 

- um celular semi-apontado para alguém é motivo já de esperar uma foto. 

E se você me perguntar: você ou sua mulher estimulam isso tudo? Não! Prezamos bastante os momentos com a família, a interação com amigXs, a escolinha que ela vai desde os 8 meses de vida, idas ao parque, a praia, viagens (até porque parte da família fica em Santa Catarina, e nós moramos em São Paulo) observar sempre a natureza e despertar a curiosidade por viagens e a descoberta de novas coisas e lugares. 

É a mesma coisa que perguntar para minha geração se eletricidade elétrica, telefone e afins são considerados tecnologia. Mal lembramos disso, só damos conta de quando a coisa falta ou chamam nossa atenção para o mesmo.

Tenho um monte de amigos passando por este mesmo momento e, tenho certeza, que se eles pararem para refletir e pensar sobre muitos destes pontos, vão se surpreender como tudo isso faz parte da vida destes 'serumaninhos' que estamos criando para o mundo, e do quão espetacular é isso tudo pra gente, e do quão banal será para eles.

Por fim, quando penso nas atuais discussões sobre Big Data, Internet das coisas, AI, Machine Learning e afins, ao que será o mundo daqui 20 anos, onde minha filha já terá seus quase 22 anos, e provavelmente eu ainda estaria na ativa no mercado de trabalho, próximo aos meus 60 anos de idade, quão interessante e inovador será este novo mundo? O quanto de disrupção acontecerá e passaremos até lá? Parece longe, mas 2040 está logo ali, prontos?

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