O que mudou desde o início do ReleaseGate e as apostas para 2025

O que mudou desde o início do ReleaseGate e as apostas para 2025

Do problema para a solução

Nosso último Olá! do ano. A newsletter volta em janeiro bem fresquinha, cheia de conteúdo útil. Hoje, vamos de balanço com os melhores insights da última live do ReleaseGate, com direito a algumas apostas de uma trupe que se uniu para debater um problema e propor soluções que já começam a dar resultados. Também uma coleção de conteúdos que resumem as discussões importantes que o I’Max participou neste ano. Desejamos desde já boas festas e um excelente 2025! Obrigada a todos que nos acompanharam por aqui!

👉 Destaques da News

🏅 ReleaseGate: primeiros resultados do debate 

❌ Menos release, menos volume, mais estratégia

💥 Exclusiva ainda faz sentido? Será?

👀 O news influencer chegou para ficar

🤑 Investir no jornalismo ajuda a reputação

🦾 Tendências de SEO para 2025

🤳 Os rumos do marketing de influência

📢 Quem disse

“Depois da primeira live, muitas agências me procuraram para eu entregar uma visão da agência que elas não tinham, ou seja, como eu as enxergo dentro da ferramenta, como usam o e-mail. Em 3 meses, dezenas de clientes pediram essa análise. Descobrimos distorções, como um caso específico de uma agência que enviou 300 mil e-mails para jornalistas que cobrem empresas de capital aberto, porém sem ter nenhum cliente de capital aberto. Queriam volume, mas isso não adianta. Se não há uma coerência entre o que se manda e quem cobre, o e-mail só prejudica.”

Fernanda Lara, CEO do I’Max, durante a live ReleaseGate: o problema não sou eu. E daí?

💯 O que acontece quando as pessoas se juntam para debater 

Se houve algo que repercutiu no mundo da comunicação corporativa em 2024 foi o ambiente tóxico entre jornalistas de redação e assessores de imprensa, contaminado sobretudo pelo volume de e-mails enviados aos jornalistas. O debate, que acabou apelidado de ReleaseGate pelo publisher Armindo Ferreira (Blog do Armindo), rendeu muitos embates no LinkedIn e em grupos de WhatsApp. Mas será que furamos a bolha? 

A primeira live, realizada em setembro, foi vista mais de 3 mil vezes e houve, sim, mudanças desde então. Na segunda live, ReleaseGate: o problema não sou eu. E daí?, realizada em 5 de dezembro, os participantes fizeram um balanço positivo sobre os resultados.   

Estavam presentes Fernanda Lara, CEO I’Max; Armindo Ferreira, do Blog do Armindo; Guga Peccicacco, diretor da Infor, desta vez como mediador; Jorge Soufen Junior, diretor de Atendimento da 2Pró - todos do grupo que organizou que a primeira live - além de Guilherme Ravache, colunista do Valor Econômico, que foi o convidado especial representando as redações. 

😜 O debate sobre o ReleaseGate começa a dar resultados: mais empatia

Após a primeira live, dezenas de agências procuraram o I’Max para fazer uma análise do perfil da agência como emissor de e-mails para jornalistas, identificando erros estratégicos na curadoria do mailing. Ou seja, os gestores das agências começaram a olhar para a prática de enviar releases de forma mais crítica, entendendo sua responsabilidade no estresse do jornalista.

Como publisher, Armindo Ferreira confessou que saiu no modo reclamador. Passou a usar uma mensagem automática de retorno aos e-mails enviados, explicando sua área de cobertura, e passou publicar as melhores práticas de relações públicas. Uma forma de empatia com os colegas da comunicação que trabalham bem. 

Ravache entrou no circuito, com um artigo crítico aos seus colegas jornalistas, que ficavam reclamando do volume dos releases. “Todo mundo recebe muito e-mail. Não achava que era uma grande questão. Por que uma reação tão agressiva diante de um problema que é comum a todos e não há intenção de dolo do outro lado (dos assessores)?”. Entendeu que é um problema maior, que envolve o modelo de negócios tanto das redações quanto das agências. 

Jorge Soufen acredita que as agências estão discutindo mais essa questão do volume, da importância estratégica das ferramentas de mailing, de desenvolver um melhor relacionamento com o jornalista e de explicar para o cliente que o jornalismo mudou - e muito - principalmente de cinco anos para cá. 

🔔 Outros insights da live 

▶️ Mudança estratégica no uso da plataforma de mailing 

Plataforma de mailing não é disparador de e-mails: É antes de tudo um estudo do perfil do jornalista, uma plataforma de consulta, uma ferramenta de personalização da conversa entre o assessor de imprensa e o jornalista. Não dá mais para banalizar o uso do mailing, usando apenas como ferramenta de automação. 

▶️ Relações públicas vai muito além do release

Entender que assessoria de imprensa é apenas uma das faces de um trabalho de relações públicas. E que o release também não é a única forma de relacionamento com o jornalista. Existem outros stakeholders e a construção de reputação exige outras estratégias. 

▶️Empatia como necessidade para tornar a comunicação menos tóxica

Assessores de imprensa, profissionais de relações públicas e jornalistas de redação são parte de um mesmo segmento: a comunicação. Todos estão trabalhando em um mercado em constante transformação e que sofre para pagar as contas. Entender que a pessoa do outro lado está sofrendo é um bom caminho para começar a mudar o status do ambiente da comunicação.

▶️Não faz mais sentido falar em volume de links

A quantidade de links não significa mais entrega de resultados. Há outras formas de quantificar e qualificar a audiência. Um artigo no LinkedIn pode ser muito mais relevante para um CEO do que se publicado em um veículo Tier 1. 

▶️ É preciso mudar o modelo de negócio

Todos querem pagar menos por mais, e qualidade tem um preço. As marcas investem dinheiro em Google e Meta, que monopolizam o mercado, e pagam cada vez menos às redações. Agências ficam espremidas, também tentando fazer mais por menos. Esse empobrecimento do mercado é acrescido de muitos efeitos adversos: fake news; desinformação; radicalização nas redes sociais.

É urgente que os clientes reservem orçamento para investir nos veículos, sobretudo os segmentados e independentes, tanto em branded content quanto em outros projetos patrocinados. E que o RP dos clientes esteja próximo da área de vendas para entender a dor do cliente e atuar de forma estratégica, orientando corretamente as agências. As agências precisam estar na estratégia desde o início, saber educar o cliente sobre o mercado e participar da construção das soluções. 

▶️ Exclusiva ainda faz sentido? 

Algumas questões pontuais também foram tratadas na live. Por exemplo: ainda faz sentido oferecer exclusiva? Numa época em que as pessoas se informam diretamente por suas bolhas, será que faz diferença publicar ou não primeiro uma informação? É preciso estar atento ao movimento dos news influencers, não necessariamente jornalistas, que vão publicar aquilo que faz sentido para seu público, independentemente se foram os primeiros ou não. Até porque, com a IA, a cópia de conteúdos ficou ainda mais fácil.  

🎉 As apostas para 2025

Para Fernanda Lara, em 2025, as agências precisam mais do que nunca olhar para a tecnologia e como ela pode impactar seus resultados. Em um período em que a atenção e a audiência do jornalista são disputadíssimas, não dá para usar ferramentas fabricadas em um fundo de quintal e ter contas de e-mail e hospedagem de site mantidas de forma insegura. É preciso antes de tudo não ser malvisto pelos filtros de spam. Além disso, os negócios da comunicação precisam rever suas ofertas de valor aos clientes: oferecer o que a agência vizinha oferece é perda de tempo. Por essa razão, o I’Max está investindo no Mais Pelo Jornalismo, que pode ajudar a reduzir o deserto de notícias e melhorar o ecossistema da comunicação.

Para Jorge Soufen, é preciso pensar no segmento das agências como comunidade. Agências são concorrentes, disputando espaços cada vez menores, mas ao mesmo tempo quem trabalha nas agências deve entender que é preciso trabalhar em conjunto. Agencianos não devem se isolar, devem se relacionar com colegas de outras agências, participar de cursos, lives, conversas. 

Armindo Ferreira alertou sobre como a IA vai mudar muito o mercado de publishers, em especial os independentes. Alguns fatores devem ser levados em consideração: o Google SGE, que vai gerar cada vez menos tráfego para os publishers; a OpenAi lançando seu buscador, que pode mudar a forma como as pessoas buscam informação. Uma tendência dos publishers é se fechar muito em comunidades de leitores cada vez mais segmentados e chegar até eles para conseguir mídia espontânea vai ficar mais difícil. 

Guilherme Ravache acredita que as pessoas devem parar de querer fazer mais com menos. Pensar na qualidade em vez de volume sempre será tendência. Parar de querer tudo metrificado e prestar atenção na autenticidade das marcas. A IA é um complemento da narrativa das marcas e não vai matar o jornalismo, mas obriga a repensar como usar as plataformas como ferramenta e estabelecer limites para big techs. É preciso haver uma séria discussão de regulação de propriedade intelectual para todos da comunicação. Assim como Armindo, Ravache acredita que os influenciadores de notícias ou news influencers chegaram para ficar. 

Guga Peccicacco finalizou lembrando que “estamos na década de ouro da reputação”. Nunca foi tão importante para as marcas. Um novo modelo de negócios é urgente e ele deve incluir o apoio ao jornalismo em sua estratégia de relações públicas.  

Nesta matéria, você confere mais detalhes sobre a segunda live. A íntegra da live, você assiste aqui

🕊️ Nossos voos em 2024

O I’Max participou ativamente dos debates sobre a comunicação em 2024. É importante manter-se relevante no ecossistema, contribuindo para um ambiente menos tóxico e mais propositivo. Além das lives sobre o ReleaseGate, participamos do Summit Press Officer, abordando a importância da personalização nas estratégias de RP. Lançamos ainda o Mais Pelo Jornalismo, anunciamos a atualização da ferramenta para 2025, criamos um glossário de editorias para que os clientes possam usar o mailing de forma mais assertiva, entre outras ações. Segue uma minicoleção de conteúdos que podem ser úteis para quem perdeu o bonde dos debates.

Por que a comunicação corporativa deve ajudar a financiar o jornalismo

Levantamento do I’Max mostra déficit de 2,3 mil mídias em 10 anos

Web série: 14 conceitos fundamentais do programa Mais Pelo Jornalismo  

Com a palavra, as redações: os recados da imprensa no Summit Press Officer

A visão das agências e do RP do cliente na primeira matéria da cobertura do Summit Press 

Summit Press Officer: como a inteligência artificial está impactando as redações

Glossário de editorias do I’Max: o que é, como foi feito e como usar

Direto da live: 41 perguntas e respostas para o dia a dia da comunicação corporativa

Um vídeo sobre uso do e-mail e reputação digital: não deixe de ver

O artigo de Fernanda Lara que fomentou o debate sobre o ReleaseGate 

🎥 Para ver no streaming

A série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão lidera a lista da 30ª edição do Critics Choice Awards com seis nomeações, entre elas as categorias Melhor Série Dramática, Melhor Ator em Série Dramática e Melhor Atriz em Série Dramática. Veja a lista completa. O evento ocorre no dia 12 de janeiro de 2025, em Santa Monica, Califórnia. 

🌦️ A equipe DeepMind do Google revelou esta semana um modelo de IA para previsão do tempo chamado GenCast. Em um artigo publicado na Nature , pesquisadores da DeepMind disseram que descobriram que o GenCast supera o ENS do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo — aparentemente o principal sistema operacional de previsão do mundo. Vimos na newsletter do Meio. 

🛠️ A Conversion lançou um relatório com as 12 principais tendências de SEO para 2025. Para baixar, clique aqui.

🙋 A YouPix, em parceria com a Indique Uma Preta, soltou os resultados da 5ª edição da pesquisa "Carreiras & Influência 2024", trazendo dados inéditos sobre representatividade e inclusão do setor; evolução nas formas de trabalho e remuneração e os novos perfis do mercado. 

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