O que podemos aprender com Toy Story e qual a relação com o mundo corporativo.
Na semana passada assisti ao filme de animação Toy Story 4, produzido pela Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios e distribuído pela Walt Disney Studios Motion Pictures. E, enquanto todos se perguntavam qual era o futuro da franquia, o enredo do filme depertou minha atenção pelas sutilezas que apresenta, podendo facilmente serem transportadas para o mundo corporativo.
Ao observarmos a história de uma outra ótica, conseguiremos captar uma situação que está sempre em evidência aqui no LinkedIn. O filme é rico em simbolismo, mas concentrarei no personagem central, o Xerife Woody, para não me estender neste texto.
Este emblemático personagem, teve seus momentos de glória na época em que era o favorito de Andy, seu primeiro dono, exercendo a função de líder dos demais brinquedos durante anos. Desde o primeiro filme da franquia ele foi o personagem que sempre enfatizou quais eram as missões das vidas dos brinquedos: estar lá para suas crianças, formando as memórias de sua infância.
Ainda no 1º filme, conseguiu superar seu ego quando o (então) novato Buzzy Lightyear chegou na equipe cheio de novidades e disputando a atenção de todos. Afirmou sua vocação em ser líder ao colocar a missão da sua equipe acima dos seus caprichos como Xerife e, como consequência, conquistou a amizade de Buzzy e o respeito de todos os brinquedos.
Os anos passaram, Andy cresceu. Woody e sua equipe ganharam uma nova dona, a garotinha Bonnie.
Neste novo cenário, Woody não era o brinquedo favorito, não se encaixava nas novas brincadeiras e passava mais tempo esquecido no armário do que criando memória para a infância de Bonnie. Sua missão naquele lugar não existia mais. Era evidente.
Bonnie escolheu a vaqueira Jessie para ser sua Xerife.
No entanto, Woody se agarrava a função de líder e estava preso a uma missão que não lhe pertencia mais.Por mais dolorosa que fosse essa situação para o xerife, estar ali era cômodo e confortável. Ali deveria ser o seu lugar.
Quantos Woodys você conhece? Quantas vezes você se sentiu como Woody, permanecendo inerte, mesmo sabendo que a sua missão naquele lugar já tinha encerrado?
Veja bem, em nenhuma parte do filme os produtores deixam dúvidas em relação a capacidade de liderança do Xerife. Pelo contrário. Quando Bonnie cria o estranho Garfinho, Woody consegue transformá-lo em briquedo quando o faz entender a sua missão na vida daquela garotinha. Essa talvez seja a principal função de um líder: motivar pessoas em prol de uma missão.
Encerrar um ciclo não significa fracassar.
É fácil entender porque nós, os adultos, nos desmanchamos em lágrimas na cena em que Woody cede, gentilmente, sua estrela de xerife para Jessie e se despede dos seus antigos companheiros para se aventurar ao novo. Sabemos o quanto esse ato é corajoso e doloroso, quase que mesma proporção. Não é fácil encerrar um ciclo.
Peço perdão à Frida Khalo pela audácia em alterar sua tão famosa frase: “Onde não puderes cumprir a tua missão, não te demores”.
Advogado do Mercado Imobiliário | Incorporação Imobiliária | Registro de Imóveis | Incorporadora | Fundo de Investimento Imobiliário
5 aPriscilla Monção, que reflexão. Texto consciente e com muita verdade, na verdade texto forte com ensinamentos e lições. 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻. Parabéns!!!
Analista de soluções cenográficas
5 aSó vou ler dps de ver o filme, mas confio que está maravilhoso o texto ❤️
Psicanalista - Desenvolvimento Pessoal e Corporativo | Comunicação Assertiva e Efetuosa| Psicanalista | Escritora
5 aTexto ótimo Priscilla Monção! Não tem por que ter medo! Vc escreve super bem!!! Sabe que já coloquei lá no grupo #mulheresdoimobiliario né!!???