O que você deseja para igualdade de gênero?
O que você deseja para igualdade de gênero?
Não são poucas as vezes que recebo mensagem de outras mulheres falando o quanto as inspiro. Encaro isso como um elogio, mas também com um compromisso. Afinal, vejo como uma responsabilidade de estar sempre mostrando o caminho para que outras mulheres também possam lutar e assim, juntas alcançarmos uma igualdade ainda maior! Por isso hoje, no dia da mulher, quero trazer alguns dados do relatório sobre desenvolvimento humano, preparado pelas Nações Unidas, que tem entre suas mensagens-chave a necessidade de se garantir a igualdade entre homens e mulheres.
O Brasil ocupa o 92º lugar entre os 159 países que estão no ranking de igualdade de gênero.
O estudo mostra, por exemplo, que no mundo 1 entre cada 3 mulheres é ou já foi vítima de violência física ou sexual. Assim, os números no Brasil repetem a lógica de desigualdade. Dados mostram que o Sistema Único de Saúde (SUS) registra 1 denúncia de violência contra a mulher a cada 7 minutos.
Os reflexos sobre a qualidade de vida são claros: o relatório aponta que na América Latina e Caribe, há 117 mulheres vivendo em domicílios pobres. Em contrapartida, são 100 homens na mesma situação. Aqui mulheres recebem até 25% a menos que homens desempenhando trabalhos semelhantes. E além de ganharem menos, ocupam menos cargos de chefia e pasmem: em 18 países, ainda precisam da aprovação do marido para trabalhar.
Quanto à índices, o de mortalidade materna mostra 44 mortes de mães, a cada 100 mil nascidos vivos. Na Noruega, a primeira colocada no ranking, apresentam-se apenas 5 mortes de mães a cada 100 mil recém-nascidos.
Já na política brasileira, apenas 10% dos assentos do parlamento são ocupados por mulheres. Nosso indicador é menor ainda que o apresentado na Arábia Saudita, país conhecido como mais conservador e pouco igualitário quanto o assunto é gênero. Ainda assim, nele, 19,9% dos assentos do parlamento são ocupados por mulheres. Na nossa vizinha, a Argentina, esse indicador chega a 37%.
Infelizmente, a participação no mercado de trabalho também estampa a desigualdade. O levantamento mostra que 56,3% das mulheres acima de 15 anos estão no mercado de trabalho. Entre o grupo masculino, esse porcentual sobe para 78,5%.
Ainda que os dados não sejam satisfatórios, acredito ser interessante olharmos para o que temos desempenhado de bom. A melhor pontuação do grupo feminino, mostrada pela pesquisa, é resultante do desempenho nas áreas de educação e expectativa de vida. A média de anos de escolaridade entre as mulheres é de 8.1, enquanto a dos homens é de 7.5. Já a expectativa de vida, ao nascer, das mulheres é de 78 anos, enquanto a dos homens é de 71.
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Embora a escolaridade das mulheres seja mais elevada, a renda per capita é maior entre homens. Ou seja: ainda que com mais educação e capacitação, elas ainda ganham menos. Atualmente renda das mulheres é de 10,672 PPP (Paridade de poder de compra - uma medida internacional usada para permitir comparação entre diferentes moedas). Para os homens esse indicador salta para 17,736 PPP.
Os dados apontados pelo estudo deixam evidente que há uma longa jornada de igualdade pela frente. Ainda assim, temos que começar! E acredito que precisamos iniciar por nós mesmas, nos respeitando, buscando nosso espaço e não apenas aceitando o que culturalmente é imposto pela sociedade.
Temos que ocupar mais cargos relevantes que, culturalmente, foram feitos para homens. Precisamos buscar cada vez mais essa igualdade, para construirmos um mundo ainda melhor para as próximas gerações!
Mas como começar?
Vamos olhar para o exemplo da Islândia que pela 9 vez consecutiva é considerado o país com menor desigualdade de gênero do mundo pelo Fórum Eocnómico Mundial. O país foi o primeiro a criar uma lei que exige a igualdade de salários entre homens e mulheres. Essa ação, dentre várias ações que ao longo do tempo as mulheres foram conquistando, pode ser um início.
Logicamente, ao pensarmos em leis, estamos sujeitas aos que as criam. Então que comecemos, individualmente, pelas nossas atitudes e poder de fala. Assim mudamos nosso entorno. Uma por uma, as pessoas que convivem e trabalham conosco começam a ter outras perspectivas sobre os mesmos assuntos.
Eu acredito que é por meio do diálogo, que pode gerar uma mudança na cultura, que chegaremos lá!
Então eu refaço minha pergunta inicial:
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2 aAndréia, gostei do post! Muito obrigado!
HRBP | DHO | Recursos Humanos | Controladoria Operacional
2 aOrgulho de ter uma mulher tão inspiradora e referência sendo nossa CEO!
Você é nossa inspiração diária! 😍