O segredo do sucesso organizacional? LIDERANÇA.
O segredo do sucesso organizacional? LIDERANÇA.
Um bom negócio é como qualquer relação bem-sucedida, deve cumprir as necessidades de ambas as partes. O psicólogo Abraham Maslow cunhou a hierarquia das necessidades, que identificou dois tipos de necessidades no ser humano: as primárias (fisiológicas e de segurança) e as secundárias (sociais, estima e autorrealização). As necessidades das organizações não são muito diferentes: devem-se atingir os objetivos de produção, de rentabilidade, e a satisfação de todas as pessoas envolvidas, sejam clientes, trabalhadores ou a comunidade; em síntese, é necessário encontrar o ponto de equilíbrio entre as necessidades das pessoas e as necessidades da organização.
Os líderes das organizações são os responsáveis máximos para encontrarem este ponto de equilíbrio. A liderança é a chave do sucesso organizacional, na medida em que, funda os alicerces da cultura organizacional, e inspira as pessoas a superarem-se diariamente. Os excelentes resultados organizacionais são alcançados através da uma boa liderança de pessoas competentes, motivadas, com potencial de evolução, nos lugares certos, numa cultura justa e colaborativa, unidas por um objetivo comum.
A cultura é o reflexo do líder máximo da organização, que se repete em cascata, do topo até às bases. Consubstancia-se em comportamentos que formam os rituais específicos de cada organização, imitados pelos seus integrantes. E construir uma cultura positiva, capaz de gerar um bom clima organizacional, implica dar uma boa proposta de valor aos seus empregados (employee value proposition), nomeadamente: um salário justo, benefícios, transparência, comunicação, oportunidades de desenvolvimento, reconhecimento, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, boas condições físicas de trabalho, um bom ambiente social, oportunidades de carreira, desafio constante, suporte, valorização, entre outros fatores.
Os bons negócios dependem também de uma cultura propícia. Os líderes devem, por exemplo, retirar a burocracia do caminho, para garantir a rapidez e a qualidade dos produtos ou serviços prestados; criar climas de segurança psicológica, de satisfação e realização pessoal e profissional, afastando as pessoas tóxicas do caminho. Um líder bem-sucedido é um catalisador de excelentes resultados organizacionais, os quais proporcionam condições para garantir a satisfação das pessoas – pessoas felizes são mais produtivas. Este é um círculo vicioso – diria mesmo virtuoso – para a melhoria incremental e progressiva de ambos os resultados.
Dito isto, líderes de qualidade são um bem escasso e cabe às empresas recrutarem e formarem as lideranças do futuro. Se o líder não existe na organização, vamos procurar um líder capaz de atingir resultados extraordinários. As pessoas são muito resistentes à mudança, pelo que se deve procurar um líder que já tenha todas as competências necessárias ao sucesso, dentro das possibilidades de cada organização. Recrutar o melhor e mais alinhado líder no mercado é o melhor investimento que se pode fazer, e se as empresas não têm os recursos internos para o efeito, há consultoras disponíveis no mercado. Por outro lado, se o líder já existe dentro da empresa, mas não tem as competências necessária para atingir excelentes resultados, vamos desenvolvê-lo, sobretudo, através de programas de liderança.
A liderança não é inata, mas antes desenvolvida ao longo do tempo. No entanto, sabe-se, de forma empírica, que é difícil ensinar alguém a ser líder. Normalmente, o indivíduo deverá já possuir algumas características pessoais, baseadas nos traços de personalidade que desenvolveu ao longo da vida, que o alinhem com a liderança. Normalmente, foi alguém que teve a oportunidade de desenvolver essas competências, muitas vezes durante a adolescência e juventude – a título de exemplo, alguém que foi delegado de turma, ou líder da associação de estudantes.
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Os programas de liderança servem para desenvolverem pessoas que, já revelando essas competências, ainda necessitam de as desenvolver e calibrar. Há que perceber que o desenvolvimento das competências de liderança é um processo contínuo; mais que um cargo ou um título, é uma forma de estar e de agir, que poderá ser desenvolvida de forma continuada; não só em termos de ferramentas técnicas, mas essencialmente competências relacionais e sociais, de comunicação e de empatia.
Para que a aprendizagem seja efetiva, há que a pensar de forma progressiva e prolongada, muito assente em ferramentas de coaching e de mentoria, através da exploração e utilização de casos reais – se possível, que estejam a ser vividos pelos líderes. Esta metodologia de aprendizagem empírica permitirá aplicar e treinar as competências em contexto real e prolongado no tempo, permitindo uma eficiente aquisição de competências e aquisição de novos hábitos comportamentais. Uma formação «one shot» perderá o efeito logo no curto prazo.
Quer atingir melhores resultados organizacionais? Não existe nenhum segredo, desenvolva e recrute os melhores líderes.
Pedro Branco, Diretor Executivo People & Change da EGOR
O segredo do sucesso organizacional? LIDERANÇA.