O Sentido da felicidade
"torna-te quem tu és" (Nietzsche)
O verdadeiro sentido da felicidade não se define em palavras. Cada um tem a sua própria interpretação. Depende da cultura, dos valores, do modo de compreender o mundo e do propósito vida. Tão simples e ao mesmo tempo complexa. Há quem diga, por exemplo, que ser feliz é dedicar-se ao próximo. Outros, entendem que é a capacidade de transformar emoções de sofrimentos em alegria intensa e contentamento. Ainda, tem a ver com um estado de bem-estar, de satisfação e de equilíbrio interior.
Na minha reflexão sobre essas percepções, não há fórmulas, nem segredos a serem revelados para conduzirem as pessoas à felicidade. Mas, existe um caminho. A partir do autoconhecimento é possível identificar e acessar sensações, emoções e sentimentos que podem ser traduzidos em estados de felicidade.
O autoconhecimento é uma jornada longa e árdua porque vai evidenciar reações comportamentais, até então, ignoradas. Ao longo dessa busca há que se observar como os estímulos externos provocam tais reações internamente. A investigação só é possível no momento presente, sem julgar o que vê, ouve e sente, apenas contemplando os movimentos naturais, assim como eles são.
A busca interior requer muita determinação. Ser feliz é, de fato, uma escolha, pois todos nós somos dotados de emoções e sentimentos que nos movem ou nos acorrentam. Se a escolha for pelo sofrimento, a tendência é nos afastarmos da felicidade. Iremos distancia-la do campo de visão, em vez de acessa-la dentro de nós mesmos. A consequência é transformar a jornada rumo à felicidade em um encontro impossível.
Lembre-se da auto responsabilidade com o que acontece em seu mundo interno e externo. Cada um deve se responsabilizar por escolher entre ter uma vida plena, cheia de contentamento ou viver em prol dos problemas frutos da própria realidade.
Segundo Buda, existem oito estímulos externos que provocam a infelicidade e o egocentrismo, são eles: elogio e culpa; ganho e perda; prazer e dor; fama e vergonha. Tais estímulos interferem na real felicidade, por se relacionarem ao “ter” em vez de “ser”. Enquanto a felicidade estiver conectada a aquisições de bens, amor e atenção de acordo com as próprias expectativas, ela estará condicionada a alguma coisa e você se privando da essência.
Para além disso, expectativas frustradas desencadeiam sentimentos de infelicidade, sejam motivados por rupturas ou fracassos. Nesses casos, a baixa autoestima, cede lugar aos pensamentos negativos que vão conduzir a resultados, também, negativos. O sofrimento vai transformar a vida em lamentos e, remoer o que passou enquanto a vida passa não é a melhor solução.
Sabendo-se que a felicidade ou a infelicidade está na realidade que se cria, procure concentrar-se em seus desejos mais profundos. Desperte-se para a realidade simples e linda como ela é. Crie exatamente o que deseja para sua vida, em vez de ocupar a mente e o tempo com coisas a evitar.
“Orai e vigiai”. Vigiai os inúmeros pensamentos que habitam a sua mente. Eles desviam a atenção do “agora”, repetindo padrões limitantes como: “você não vai conseguir!” “Eu não quero sofrer”. “As coisas sempre acabam mal”... esses diálogos internos bloqueiam o acesso à felicidade. Pensar positivo, em direção aos desejos mais sagrados, ocupa o mesmo tempo e espaço de se pensar negativo. Portanto, adote um novo padrão, mude os pensamentos e desfrute dos resultados!
Se há um momento específico para ser feliz, este momento é agora. Amanhã poderá ser tarde demais. Afinal, você, protagonista de sua história, como desempenha o seu papel? Talvez se você promover uma pequena mudança em sua atuação, garantirá um espetáculo extraordinário. O ato de olhar para dentro de si, vai despertar a sua melhor versão e você se auto premiará com um “Oscar”, o Oscar da felicidade.
No processo de coaching, o coachee faz grandes descobertas sobre suas escolhas. Consegue enxergar o campo de recursos mais amplo do que ele imaginava. A felicidade dele não depende de fatores externos, depende sim de suas atitudes diante dos fatos, da sua força de vontade em reconhecer os pequenos avanços em direção aos objetivos, realização pessoal e profissional. Descobre que a felicidade está no caminho e não no destino.
Na visão de Flávio Gikovate, “Viver é um projeto individual ”. Ao aceitarmos esse pensamento como uma possibilidade, podemos inferir que o sentido da felicidade é a realidade criada pelo ser humano, de acordo com a sua própria maneira de ver o mundo.
Noscilene Santos, autora do livro "O sentido da felicidade - Nunca é tarde para transformar uma vida", DVS-Editora
Psicólogo de Casal | Especialista em Relacionamento | 2 Livros Publicados | Palestrante
7 aEspetacular essa "obra de Arte" que tu criares, Noscilene Santos. Profundo; impactante.
IT Executive; MSc; MBA; PMP; DPMM; SSYB; PMI volunteer; Mentor; ITC and AI professor; Sustainable Solutions Entrepeneur
7 aParabéns pela simplicidade e ao mesmo tempo pela profundidade no desenvolvimento do seu tema. Muito sucesso para você !
Mudanças Sustentáveis: Pessoas, Carreiras e Negócios | Design Instrucional | Cultura de Aprendizagem | Palestra, Cursos, Mentoria e Coaching Empresarial | Dra. Economia de Empresas | Credenciada: Sebrae e Sescoop
7 aMuito legal seu artigo Noscilene Santos! Gostei da abordagem. Parabéns.