O SUCESSO EM 5 ETAPAS
Como construir um Programa de Continuidade de Negócios eficaz
Permitir que uma organização mantenha sua missão, visão e objetivos, mesmo nas piores circunstâncias. Assim, podemos resumir, de forma simples, o objetivo da continuidade dos negócios. Independentemente do que a Lei de Murphy, a Mãe Natureza ou pessoas má intencionadas lancem em nosso caminho, preparamos nossa organização para o êxito, o famoso “decolar”. A esta altura, aliás, você deve se perguntar: mas o que é preciso para construir um programa de continuidade de negócios bem-sucedido?
1: Compreenda a cultura e o apetite de risco da organização
Cada empresa é única. Parece um conceito relativamente simples, mas é difícil entender verdadeiramente o que torna a sua organização diferente das demais. No entanto, compreender missão, visão e cultura é essencial. A cultura da organização impulsiona o apetite pelo risco, que, por sua vez, alavanca a estrutura do programa de continuidade de negócios. A liderança sênior define o apetite de risco da organização, e o papel do profissional de continuidade de negócios é construir e manter um programa consistente com essas tolerâncias de risco. Observe que usei, especificamente, o termo "organização" em vez de "negócios". Sabe por quê? Pois nem todas as organizações são administradas como empresas. E organizações como organizações sem fins lucrativos ou governos - e quaisquer outras organizações que não operam com a intenção de gerar lucros - precisam estar igualmente preparadas para responder às crises ou interrupções lentas. Ao reconhecer a cultura e o apetite de risco estabelecidos pela liderança, podemos nos concentrar em compreender o funcionamento interno da organização.
2: Entenda o funcionamento interno da organização
Como a receita é gerada? Quais são os processos-chave que permitem à organização cumprir sua missão? Durante os primeiros 90 dias de trabalho, os profissionais de continuidade de negócios devem se reunir com o maior número possível de equipes - de contabilidade, finanças e RH a operações, engenharia e vendas. Cada departamento deve desempenhar um papel no avanço da missão. O que se deve ter em mente é que, embora cada equipe desempenhe uma função, nem todas as atribuições são críticas em termos de tempo durante uma emergência inesperada. Identificar quais equipes são sensíveis ao tempo durante um desastre é crucial. Em seguida, este profissional precisa entender como esses departamentos sensíveis ao tempo operam e de que forma pessoas, instalações, fornecedores e tecnologia se mostram essenciais necessários para realizar as atividades de suporte. Priorize departamentos, produtos e serviços que permitem à organização cumprir obrigações críticas com as partes interessadas internas e externas, como funcionários, investidores, acionistas, clientes, utilizadores, organizações de conformidade, regulamentares etc. Ao compreender esse funcionamento interno, podemos construir um plano estratégico para conduzir a execução tática.
3: Desenvolvimento para conduzir a execução tática
Risco, segurança corporativa e gerenciamento de crise estão intimamente interligados. É fundamental, então, desenvolver uma estrutura estratégica para conduzir e orientar a resposta tática futura. A construção proativa de um ambiente para prevenir ou reduzir a probabilidade de um risco deve estar associada a um plano reativo para responder a um incidente. Para se alcançar uma estratégia de continuidade de negócios eficaz, os recursos devem ser direcionados para tentar evitar que um incidente perturbador ocorra, mas não podemos deixar o ego turvar nosso julgamento. É preciso reconhecer que a Lei de Murphy e os incidentes incontroláveis vão tirar o melhor de nós às vezes, e precisamos estar preparados para responder de acordo. O planejamento estratégico deve orientar a execução tática, mas precisamos ser pragmáticos e ponderados na forma planejada para alocar recursos.
4: Opte pela objetividade
Ao tomar decisões de recursos sobre o tamanho e o escopo de um programa de continuidade de negócios, seja pragmático. Os executivos querem saber se as análises de custo-benefício estão sendo conduzidas para entender o impacto dos riscos potenciais - financeiros, de reputação e jurídicos. O investimento em seu programa de continuidade de negócios deve ser proporcional aos riscos enfrentados pela organização e às tolerâncias de cultura de risco predefinidas aceitáveis. O “melhor” programa de continuidade de negócios não é necessariamente o “maior”. Não vale a pena gastar R$ 100.000 para mitigar um risco se o valor máximo perdido for R$ 50.000 (caso o risco se torne realidade). É perfeitamente aceitável topar um risco sem esforços de mitigação, desde que seja uma decisão consciente e pré-planejada, e não uma reflexão tardia. Por outro lado, as organizações podem estar dispostas a gastar mais do que o valor máximo perdido para mitigar certos riscos de marca ou reputação com base nos valores ou cultura da empresa. Pode valer a pena pagar R$ 200.000 para evitar um impacto negativo para a marca, mesmo que as perdas financeiras estimadas de um risco sejam estimadas em R$ 100.000. O equilíbrio é essencial para obter a adesão dos executivos, assim como a capacidade de se adaptar ao papel mutável da continuidade dos negócios.
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5: Adaptar-se
A função de continuidade de negócios continuou a evoluir, mudando de um foco em aspectos técnicos para uma compreensão mais ampla de risco e resiliência. Compreender como uma organização funciona, a partir de uma perspectiva de negócios operacional e de risco, é essencial para liderar um programa de continuidade de negócios. Cada organização tem diferentes requisitos operacionais e técnicos. Por isso, é impossível ter o conjunto de habilidades técnicas em todas as disciplinas. Saber as perguntas certas a fazer e onde ir para encontrar as respostas é a habilidade mais importante.
Conclusão:
Às vezes, abordagens técnicas complicadas atrapalham o progresso. Ao dar um passo para trás e elaborar, cuidadosamente, um programa estratégico de continuidade de negócios, em vez de páginas e páginas de detalhes complexos, podemos ser mais ágeis em nosso planejamento e resposta. Afinal, quem tem tempo para ler 300 páginas de documentação em meio a uma crise? Por muitas vezes, a simplicidade é mais eficaz. Nas palavras de Leonardo da Vinci e Steve Jobs, “Simplicidade é a sofisticação final”.
Referências: