O teletrabalho não é para todos. Um guia para trabalhar de casa (e bem)

O teletrabalho não é para todos. Um guia para trabalhar de casa (e bem)

Quando se procura "teletrabalho" no Google os primeiros nove resultados são "ofertas de emprego para teletrabalho". A maioria dos links redireccionam para vagas de apoio ao cliente ou técnico administrativo. Mas também há muitas nas áreas da programação ou engenharia – as empresas querem cativar os trabalhadores mais cobiçados do mercado e é claro que, para além do salário, oferecem um conjunto de benefícios. O teletrabalho (ou híbrido) entra muitas vezes nesse pacote.

O número de pessoas em teletrabalho está a aumentar. Nos primeiros três meses do ano, 988,1 mil pessoas estavam a trabalhar remotamente com recurso a tecnologias da informação (vulgo, teletrabalho), de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados no início de Maio. É praticamente 20% da população empregada.

É possível que seja esse o seu caso. Se calhar já trabalhava assim antes – ou passou a fazê-lo durante a pandemia, quando o teletrabalho "passou de uma prática limitada a algo quase generalizado", ilustra Nuno Moreira, director da Stanton Chase, empresa especializada em recrutamento de executivos.

Há empresas que sempre o fizeram – como as tecnológicas – e outras que dificilmente o poderão fazer – como as do sector industrial. O que não quer dizer que todas olhem da mesma forma para o teletrabalho.


Eis algumas dicas (aprovadas por uma psicóloga) para um bom teletrabalho:

  • Replicar as rotinas do trabalho presencial, com as pausas e "marcadores óbvios" que servem para distinguir o início e o fim do período de trabalho;
  • Ter uma área reservada em casa para trabalhar, "que não se mistura com as outras áreas da casa";
  • Mexer-se. Levantar-se para atender o telefone, por exemplo. "O sedentarismo é um grande risco do teletrabalho", afirma Liliana Dias, e tem consequências na saúde física e nos níveis de stress;
  • Deixar de usar o telemóvel com propósitos profissionais a partir de uma determinada hora. Há quem tenha um "cesto de telemóveis" para desligar;
  • Não descurar a socialização. Planear o dia de forma a ter um "contacto social real", uma vez que os contactos digitais não trazem "exactamente a mesma qualidade de interacção nem os mesmos benefícios".


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Começa a pressão para o trabalho presencial. Temos que trabalhar e consumir, não basta só trabalhar.

José Alberto Rodrigues

Hope Ambassador na United Nations

6 m

Nem tudo são rosas

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