O Trabalho Escravo no Brasil; não existe racismo? Fala sério!!!
Bem sabemos que, infelizmente, o Brasil é um país possuinte de uma história enraizada nas garras do preconceito e da exploração humana. O trabalho escravo prestou e, ainda presta conta disso.
O período entre 1539 e até pouco antes do “abolicionismo brasileiro”, em 1850, os europeus (em sua maioria portugueses) se viram de mãos atadas com a vasta redução da mão de obra indígena. Pois, muitos haviam sido mortos pela opressão do regime escravo. A minoria sobrevivente, refugiava-se dentro do território nacional. Fato é que ninguém conhecia melhor a floresta do que eles, e isso dificultou a produção dos senhores de engenho. Importante citar que nesse período formaram se os primeiros Quilombos.
Sendo assim, os europeus não viram outra saída a não ser trazerem escravos da África e de suas colônias no continente. Regiões que hoje são Moçambique, Angola e Congo foram alguns dos alvos. As tropas abordavam na costa litorânea africana com seus exuberantes trajes e uma postura impecável, invadiam os impérios, matavam os guerreiros, estupravam as mulheres e raptavam as crianças. Destruíam o ciclo social, visto que em sua terra natal, os negros eram reis e comandavam grandes impérios.
Após terem sua liberdade cessada e sua família morta, os negros eram amontoados nas embarcações como cargas em transporte. Aqueles que não resistiam as condições precárias, morriam de inanição e infecções em sua maioria, isto quando não eram assassinados diretamente pelas mãos opressoras. Seus corpos eram arremessados no Atlântico, o que acabou no decorrer anos, alterando até mesmo a rota dos tubarões, que vinham pelo cheiro do sangue seguindo as embarcações. Não é à toa que, hoje, são comuns os relatos de tubarões perambulando na América. Calunga Grande, é o termo que os africanos designaram para o mar. Calunga significa mistura de almas, diversificação das entidades. Entre outras palavras, cemitério. Ou seja, Calunga Grande é o grande cemitério, onde centenas de milhares negros foram atirados. Os que conseguiam sobreviver a longa viagem (de 3 a 4 meses) precária e desumana, eram comercializados entre os senhores de engenho nos destinos.
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Chegando no Brasil, eram destinados às casas de engenho e/ou as próprias residências dos senhores. O termo “criado-mudo” utilizado popularmente na língua portuguesa, é uma expressão racista. Os mucanos (escravos de casa) eram obrigados a passarem a noite inteira de pé ao lado da cama de seus senhores, para servi-los em quaisquer momentos da noite, segurando pertences e, o “mudo” era porque deveriam ficar calados.
O trabalho árduo, independente do clima que fosse, exploratório e desgastante, fazia com que muitos se revoltassem contra seus senhores e tentavam fugir ou atacar. O que resultava sempre em tortura, no “melhor” dos casos...
Esta condenável parte da história do Brasil perdurou até meados de 1870/80, época em que a princesa “aboliu” isso. A exploração da mão de obra humana perdeu seu vigor mesmo no processo de transição da maquinofatura, na 1ª Revolução Industrial. Os negros foram libertos realmente, porque os europeus já tinham sugado todas suas gotas de sangue, em mais de 300 anos de escravidão.
O trabalho escravo arranca a dignidade do ser humano, cessa sua liberdade e, corrompe a sociedade permanentemente.
CPC-PD | LGPD | Compliance & Controle Internos
2 aParabéns pelo artigo, Gab!!
Incrível a reflexão!! Infelizmente é um texto atemporal, pois enquadra certamente no cenário dos dias atuais, ataques e perseguições aos negros mesmo depois de tantas mortes e informações, onde a vida não tem importancia se o tom de pele é diferente. Que acabe todo ódio e indiferença entre os povos e os seus!