O Universo Feminino na área de TI
Com 22 anos de experiência na área de tecnologia, passando por segmentos como infraestrutura, governança, produtos e inteligência artificial, co-founder há 7 anos do Femme IT – comunidade generalista de mulheres em TI. Acredito que posso oferecer uma visão sobre este universo.
Desde a infância, é comum que meninas sejam incentivadas a brincar com itens tipicamente associados ao feminino, como bonecas e mini cozinhas. Embora pareçam inofensivos, esses brinquedos podem refletir uma preparação para papéis tradicionalmente femininos. Isso nos leva a questionar: por que as escolhas profissionais foram, por tanto tempo, influenciadas por essa divisão de gênero?
Essa questão é central no filme "O Sorriso de Monalisa", onde uma professora de arte desafia as normas de gênero da década de 1950 ao incentivar suas alunas a buscar carreiras e não apenas casamentos. A película reflete as restrições culturais que moldavam as escolhas profissionais das mulheres, uma realidade que temos desafiado ao longo das décadas.
Felizmente, a situação tem melhorado, embora ainda esteja longe do ideal. A necessidade do mercado tem impulsionado mudanças, evidenciando a importância da participação feminina na tecnologia. Hoje, com o advento da inteligência artificial, copilotos e automações, há um crescente incentivo para que mais meninas entrem no campo da tecnologia.
No Brasil, a presença feminina no mercado tecnológico cresceu
60% entre 2015 e 2022, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No entanto, o setor ainda é predominantemente masculino, com homens ocupando 83,3% das vagas, enquanto as mulheres representam apenas 12,3%. Apesar de sermos minoria em eventos, cursos e graduações, continuamos lutando. Somos, verdadeiramente, a resistência.
As comunidades de mulheres em Tecnologia da Informação têm sido fundamentais nesse crescimento. No Brasil, existem várias delas, cada uma com diferentes focos e abrangências.
O papel das comunidades, além da inclusão é que as áreas de gestão, recrutamento e seleção consigam encontrar as garotas, e que a gente pare de escutar a desculpa que não se encontram meninas....
Disponibilizamos uma lista com nomes e intuitos, confira clicando aqui:
Front-end:
Front End Girls Brasil: clique aqui (Espaço para discussão e aprendizado em front-end).
Mulheres na Tecnologia: clique aqui (Mais de 30.000 membros, discussões, networking e troca de experiências);
Programação:
PyLadies Brasil: clique aqui (Eventos, workshops e grupos de estudo em Python);
Elas Programam: clique aqui (Cursos, eventos e comunidade para mulheres na programação); Developer Girls: clique aqui (Comunidade focada em desenvolvimento de softwares).
Outras Áreas:
Girls in Tech Brasil: clique aqui (Mentoria, workshops e eventos para aumentar a representatividade feminina em tecnologia);
Recomendados pelo LinkedIn
TechWomen Brasil: clique aqui (Mentoria e conexão com recursos e líderes no setor de tecnologia, local e internacionalmente);
Mulheres de Produto: clique aqui (Comunidade focada em gestão de produtos);
Cloud Girls: clique aqui (Foco em computação em nuvem para mulheres);
UX para Minas Pretas: clique aqui (Iniciativa que promove inclusão de mulheres negras na área de UX).
Além das ONGs:
Mulheres na Computação: clique aqui (atua na promoção da participação de mulheres na área de computação através de eventos, cursos, mentoria e networking);
Geração Z: clique aqui (promove a inclusão de pessoas LGBTQIA+ no mercado de trabalho através de cursos, mentoria e networking);
Pretas Tech: clique aqui (atua na promoção da participação de mulheres negras na área de tecnologia através de cursos, mentoria, networking e eventos);
Minas Programam: clique aqui (atua na promoção da participação de mulheres na área de programação através de cursos, mentoria, networking e eventos);
Programaria: clique aqui (atua na formação de desenvolvedoras de software através de cursos online e presenciais).
Outras ONGs:
Coding Girls: clique aqui;
Dev Ladies: clique aqui;
Laboratoria: clique aqui;
Nomade Digital: clique aqui.
Equilibrar as oportunidades de crescimento profissional entre diferentes gêneros e raças e aumentar a participação de minorias historicamente excluídas no quadro de funcionários(as) são compromissos urgentes para grandes empresas e mais do que isso, promover a diversidade é mais do que cuidar do próximo: é tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo, representando a sociedade que servimos, de forma diversa e plural.
Obrigado por compartilhar!