O valor de um feedback - pare de se comparar com os outros.

Recentemente decidi compartilhar mais uma vivência minha aqui no LinkedIn. Confesso que me surpreendi com os comentários, pois não imaginava tamanha repercussão. E tudo me deixou extremamente feliz, principalmente pelo objetivo alcançado, que é, e sempre será, consistência.

Eu, particularmente, não me atrevo a ficar fornecendo "receitas de bolo" prontas, pois cada ser humano é um ser diferente em sua essência maior e é neste ponto que eu vou explorar este texto. Além do fato de que aqui, no Pulse, a mensagem principal pode ficar ad eternum (sem prazo para expirar) e sem limites de caracteres, possibilitando um detalhamento melhor.

Bom, vamos ao que interessa, o post que me refiro é o da figura abaixo:

A partir dele, vou dividi-lo em dois pontos principais, a seguir:

FEEDBACK

Feedback é uma espécie de presente para o crescimento. Se levarmos para esfera estritamente profissional, todos nós necessitamos dele para melhorar nosso desempenho em relação à empresa e às pessoas que nos cercam. Ele é tão importante que sua ausência nos leva ao sentimento de desestímulo, pois nos falta algum parâmetro para saber se estamos agindo da maneira, digamos, correta.

O que vemos mesmo é que o feedback é um produto quase que em extinção no mercado. Talvez seja pela correria ou pela falta de comprometimento, ou até mesmo, arrisco dizer, pelo medo das pessoas em fornecer e receber. De fato, ele é um privilégio de poucos e desejo de muitos. Ele não pode ser vendido e nem comprado, também não se pode estocar, pelo contrário, deve-se ter o cuidado para não perder o momento certo de fornecê-lo senão vence o prazo de validade, tornando-se, nesse caso, um produto indigesto.

O desafio mesmo está nos dois lados da moeda: fornecer e receber. Quer dizer, qual a maturidade necessária para saber falar alguma coisa que não seja constrangedora ou que venha a magoar? E ainda, qual a maturidade necessária para receber a informação sem achar que tal comentário é, de fato, para o bem? Por isso é importante: focar no aprendizado e na solução; aumentar a autoconfiança; esclarecer os pontos que merecem atenção; deixar a pessoa se sentindo compreendida e inspirada a agir; e não enfatizar a culpa, ressaltando apenas os pontos fracos, explorando apenas as reclamações.

Um feedback transformador é aquele que amplia o entendimento da pessoa em relação aos seguintes aspectos: a) o que está acontecendo; b) por que isso está acontecendo; e c) como as coisas podem ser feitas de uma maneira melhor.

Não podemos esquecer também do Follow-Up. Estão totalmente unidos, mas aí pode ser assunto para outros textos.

PARE DE SE COMPARAR COM OS OUTROS

Sua autoestima pode ser totalmente detonada quando você possui o hábito de ficar se comparando com os outros. Ele é tóxico!

Agora, sinceramente falando, todos nós fazemos isso, não é verdade? Quando você pensa em alguém que se formou com você na faculdade e hoje está num cargo mais elevado que o seu, e ainda ganhando mais, é difícil escapar do sentimento de incompetência.

Geralmente o que ocorre é que o raciocínio vai até aí, ou seja, não levamos mais a sequência em refletir com mais profundidade, tipo: "onde essa comparação vai me levar?” Nobre leitores, a resposta é "lugar nenhum" e ainda vai gerar mais e mais frustrações. Você vai se sentir mal e inferiorizado(a). Na real, os méritos da outra pessoa não devem diminuir ou aniquilar os seus. As trajetórias são diferentes. As oportunidades, as condições, os acasos etc. São tantas coisas envolvidas que se tornam incomparáveis.

Esse sentimento gerado de inferioridade também se aplica ao de superioridade e ambos são ilusórios e totalmente nocivos. Alimentar uma satisfação pessoal pelo fato de que você tem um salário maior do que os outros ou que seus posts no Facebook ou Instagram têm mais curtidas, fala sério né?

Se livrar disso não é tarefa fácil, mas a primeira coisa a ser feita é identificar que você sofre muito por causa desse problema.

O próximo passo (e pro resto da sua vida) é entender que comparações são sempre injustas, as pessoas são diferentes, além do fato de que não sabemos a realidade interna de cada uma dessas pessoas. Você quer mesmo ficar gastando tempo que poderia estar usando para sua evolução. Sim, porque a única comparação válida é de você consigo mesmo(a) dentro de uma linha temporal. Mas até nisso é importante ter cuidado e saber reconhecer que o tempo provoca situações que nem sempre permitem este tipo de comparação.

E como mesmo dito no post acima, se quer olhar para os outros, tente se inspirar com alguma atitude ou ensinamento e aí traga para a sua realidade, dentro das suas limitações e planejamento.

***

Para finalizar, hoje posso dizer que consigo controlar bem mais na minha mente esse hábito de comparação e, assim, deixo de ser a pessoa com autoestima baixa e cheia de sentimentos inferiorizados que tinha antes. Hoje tenho mais consciência de que cada um possui sua história, seus méritos, seus fracassos, seus sucessos etc. Hoje tento manter o foco no meu próprio umbigo a fim de conseguir enxergar necessidades de evolução pro resto da minha vida. Esse é o lance!

“A comparação é o ladrão da alegria.” Theodore Roosevelt

***

Obrigado pela leitura!

Vamos em frente...

Mais textos meus você encontra aqui.