O Valor Real do Dinheiro: Por que é Essencial Ensinar Educação Financeira para Nossos Filhos Desde Cedo

O Valor Real do Dinheiro: Por que é Essencial Ensinar Educação Financeira para Nossos Filhos Desde Cedo


Por Renata Benaderet Economista | MBA em Administração Financeira | Especialista em Economia Comportamental | Planejadora Financeira | CPA-20

Nos dias de hoje, nós, mães, sabemos que o tempo com nossos filhos é escasso, e justamente por isso, cada momento que passamos juntos tem um valor inestimável. Aproveitar esses momentos para conversar sobre questões que influenciam diretamente o futuro deles pode fazer toda a diferença, principalmente quando se trata de um tema tão essencial como educação financeira.

Em minhas pesquisas e práticas diárias como planejadora financeira, vejo que uma das maiores contribuições que podemos dar aos nossos filhos não é apenas prover conforto no presente, mas prepará-los para o futuro. E isso inclui ensinar sobre o valor real do dinheiro e como ele afeta todas as áreas da vida — da casa em que moramos, ao lazer, educação e tudo o que mantém a nossa família.

Recursos são escassos e essa lição vale ouro. No ambiente doméstico, o dinheiro parece muitas vezes um recurso "abstrato" para os filhos. Eles veem o que têm, mas não entendem como tudo é conquistado. Mostrar que os recursos que sustentam a casa são limitados e precisam ser geridos com inteligência e planejamento é uma lição valiosa, especialmente em tempos de incertezas econômicas.

E como fazer isso de forma prática e gradual?

  1. Explique de onde vem o dinheiro Desde pequenos, eles podem aprender que o dinheiro não "brota" no caixa eletrônico. O esforço, o trabalho e as escolhas que fazemos determinam o que teremos. Pequenas conversas sobre como o dinheiro é ganho e gasto ajudam a quebrar o mito de que ele é um recurso ilimitado.
  2. Introduza conceitos de curto, médio e longo prazo A educação financeira para crianças pode começar com algo tão simples quanto um cofrinho. Mas além de poupar, precisamos ensinar o valor do que estão economizando. O que eles podem alcançar com aquele valor? Pode ser algo de curto prazo (um brinquedo), médio prazo (uma bicicleta), ou longo prazo (uma viagem). Quanto antes eles compreenderem essa lógica de prioridades, mais cedo desenvolverão a paciência e o planejamento necessários para gerenciar seu próprio dinheiro no futuro.
  3. Envolva-os nas decisões cotidianas Mesmo com pouco tempo disponível, a qualidade das conversas é essencial. Aproveitar momentos em que a família está junta para discutir de forma leve e prática algumas decisões financeiras — como a escolha de onde alocar recursos para um passeio em família ou a compra de algo importante — é uma excelente oportunidade para incluí-los no processo e torná-los mais conscientes.

A educação financeira não é uma escolha, é uma necessidade. Como economista e especialista em economia comportamental, acredito que a melhor forma de criar adultos financeiramente responsáveis é começar desde cedo. É um processo que pode, e deve, ser feito gradualmente, mas com a seriedade necessária. A partir do momento em que introduzimos nossos filhos a conceitos como orçamento, investimentos e poupança, damos a eles uma ferramenta poderosa para encarar o futuro com segurança.

E claro, nada disso significa privá-los de serem crianças. Pelo contrário, estamos preparando-os para serem adultos que saberão aproveitar o melhor que a vida tem a oferecer, sem serem surpreendidos pelas armadilhas de um mundo financeiro que, por vezes, pode parecer confuso

Neste Dia das Crianças, 12 de outubro, desejamos um dia cheio de alegria para todas as crianças! Que o maior presente que possamos oferecer seja nosso tempo, carinho e uma educação que prepare nossos pequenos para um futuro cheio de conquistas.

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