Obrigado mulheres!

Nesse dia das mulheres, mais do que homenageá-las eu gostaria de agradecê-las.

Agradecer a minha esposa, a minha mãe, a minha sogra, a minha irmã, a minha cunhada, a minhas sobrinhas, a minhas tias e primas, a minhas amigas. Agradecer também minhas chefes e colegas de trabalho, muitas das quais tenho como amigas.

Obrigado!

Se hoje sou o ser humano que percebe valores importantes e que amadureceu, devo muito a todas essas mulheres que partilharam de minha vida ao longo dos anos.

Com relação a homenagens, não tenho a pretensão de enaltecer a luta ou o empoderamento. Pensei muito sobre o tema e não consigo imaginar homenagem melhor do que continuar a agir como sempre agi. Como fui educado a agir. Por meus pais. Por minha família.

Talvez a maior homenagem seja o respeito.

Respeito pelo espaço próprio de uma mulher como ser humano. Como indivíduo. Respeito por suas escolhas. Seja essa decisão de dedicar-se aos filhos. Seja a de ser a melhor profissional que puder. Seja de cuidar de nossos pais.

E exercer esse respeito ao compartilhar o dia a dia. Perceber quando algo a alegra ou entristece. Perceber os detalhes que a fazem feliz. E cultivar tais detalhes. Tomar a iniciativa de manter o lar organizado, de preparar um jantar que ela gosta pelo simples fato dela gostar, ficar atento a rotinas que talvez nós, homens, não sejamos capazes de perceber, mas que são muito importantes para uma vida em família. Exercer esse respeito não somente com nossas esposas, mas com todas as mulheres.

Na verdade, empoderamento feminino é, para mim, uma expressão vazia. Talvez por eu ter convivido ao longo da vida e por ainda conviver com atitudes relacionadas à criação de filhos, ao convício social, ao exercício diário de valores, as suas profissões, por mulheres que dispensam discursos. Suas atitudes falam por si. Sempre falaram.

Fui criado por meus pais orientado a princípios básicos de convívio. Um deles é o respeito. Seja por homem, mulher ou qualquer outra escolha de um ser humano. Nunca fui norteado por cor ou gênero. Esse respeito não se conquista nem se demonstra com palavras, mas sim com atitudes. Durante minha infância eu lavei louça, varri casa, limpei móvel, passei roupa. Brinquei. Estudei. Cuidei e fui cuidado. Jamais recebi de meus pais qualquer orientação discriminatória ou machista. Já adulto, tenho meu espaço. Tenho liberdade, respeito e confiança dessas mulheres. Como elas têm a minha confiança, respeito e sua liberdade também.

Confesso que não enviei mensagens de homenagem a nenhuma mulher. Não achei pertinente. No íntimo eu sei que as atitudes do dia a dia são a melhor homenagem.