Oito Segundos
Lembram daquele exercício de comunicação, em que se imaginava que o bom profissional teria um minuto para vender sua imagem ou seu produto?
A forma que se utilizava para criar a situação era conceber um encontro “casual” num elevador e para ter sucesso, o profissional teria que ter uma capacidade de síntese muito bem apurada para, em 60 segundos, apresentar-se, transmitir sua mensagem e ganhar um mínimo de interesse.
Se o objetivo for impressionar alguém com a minha idade, pode funcionar, mas se é para atrair a atenção de jovens, esqueçam… Não teremos todo esse tempo para transmitir os benefícios de uma imagem, uma marca, um produto ou um serviço.
Para ter alguma chance com os jovens, identificados pelos sociólogos como “Zs”, o tempo de 8 segundos será a “nova eternidade” das mensagens, mas rapidez não será suficiente, pois essa geração tem a capacidade de fazer múltiplas coisas ao mesmo tempo: assistem a uma série de TV enquanto olham a tela do celular ou falam no WhatsApp participando de redes de contato. A tecnologia facilita que eles vivam diferentes realidades e absorvam grande complexidade de informação.
Pronto, já temos um segundo elemento do que será necessário para fazer com que esses “Zs” olhem o que queremos: estímulo visual, que, dizem os especialistas, chega ao cérebro humano 60 mil vezes mais rápido que qualquer texto.
Outro pré-requisito, mas por favor não contem com políticos para isso, é a verdade da mensagem! Os “Zs” só aceitam transparência e que as marcas lhes digam a verdade sobre seus produtos ou serviços. Leem os rótulos e colocam on-line, as suas opiniões. São perigosíssimos para quem “inventa verdades”.
Eles já nasceram digitais. Vivem completamente imersos em tecnologias e redes, têm o pensamento lógico, são contestadores de estereótipos e não ligam a mínima para definições de gênero, idade ou classe. Portanto, mensagens com algum conteúdo preconceituoso não vão atingir o alvo.
Os “Zs” transitam por múltiplas comunidades. Isso os torna “targets individuais” e uma estratégia de comunicação com eles deve focar essa individualidade. Portanto, aquela velha máxima de agrupar para facilitar a comunicação continuará válida, mas a identificação desses segmentos será uma tarefa árdua e exigirá muito mais conhecimento e profundidade de análise.
A geração “Z” compra tudo on line. Há que se reconhecer isso e oferecer alternativas diretas para eles. Limpar a casa, pedir o almoço, consertar o carro e, claro, os sites responsivos e criativos serão cruciais para atraí-los.
Há uma tendência crescente de que locais de trabalho, habitação, carros, caronas, eletrônicos, sejam acessados de forma compartilhada, gerando uma substituição nos processos de compra e venda pelo de aluguel.
Os “Zs” são adeptos de desempacotar menos e descascar mais, portanto, ainda mais do que agora, vai prevalecer a alimentação natural e o investimento na produção massiva de alimentos industrializados, com suas toneladas de corantes e aditivos, tem os seus dias contados.
Utilizam seus dispositivos e gadgets para aprender. Além das plataformas, os formatos também se tornaram mais dinâmicos e cursos on-line com especialistas que são referências em suas áreas, têm hoje cerca de 30% seu público concentrado na Geração Z.
Quanto à intrigante “realidade virtual” que a cada dia se torna mais presente na vida desses Zs? Já estão sendo usados “Oculus Rift” em arquitetura (projeção de prédios em realidade virtual antes de sua construção); medicina (visão anatômica detalhada), fabricação (empresas convidam seus clientes a projetarem os veículos que desejam), além das “tradicionais” aplicações em diversão, filmes, shows em holograma de artistas atuais ou que já se foram, como Michael Jackson e outros…
Devido a todas as características citadas há uma tendência de que a geração Z seja composta por uma multidão de micro empresários individuais (MEI) e pelo menos uma empresa que conheço está atenta a essa tendência, já preenchendo 35% de sua carteira de clientes com pessoas da geração Z: a MEI Fácil.
Outro exemplo de empresa voltada para essa geração é a OneMarket, mercado online de produtos saudáveis.
Também os bancos, como principais difusores de aplicativos de acesso online, sendo tão poucos e tão concentrados, estarão ligados nessas tendências e tentarão ser mais atrativos.
Se quisermos vender ou alugar alguma coisa a esses “Zs”, que serão em breve todo o nosso universo de clientes, 8 segundos representarão a eternidade de que nossa mensagem consistente irá dispor para tentar convencê-los.
Leonilson Rossi – 29/Agosto/2018
Eight Seconds
Do you remember that old communication exercise, where you imagined that the good professional would have a minute to sell his image or his product?
The form used to create the situation was to design a "casual" encounter in an elevator and in order to succeed, the professional would need to have a very good ability to synthesize in 60 seconds to present himself, transmit his message and win a minimum of interest.
If the goal is to impress someone at my age, it may work, but if it is to attract the attention of young people, forget about ... We will not have all this time to convey the benefits of an image, a brand, a product or a service.
To have some chance with the youngsters, identified by sociologists as "Zs," the 8-second time will be the "new eternity" of the messages, but quickness will not be enough, once this generation has the ability to do multiple things at the same time: watch a series of TV while looking at the screen of the mobile or talk to someone in WhatsApp while participating in some networks of contact. Technology makes it easier for them to live different realities and absorb great complexity of information.
Okay, we already have a second element of what will be needed to get these "Zs" to look at what we want: visual stimulus, which, experts say, reaches the human brain 60,000 times faster than any text.
Another prerequisite, but please do not count on politicians for that, it's the truth of the message! The "Zs" only accept transparency and the brands that tell the truth about their products or services. They read the labels and put their opinions online. They are very dangerous for those who "invent truths".
They were born digital. They live completely immersed in technologies and networks, have logical thinking, and do not care about definitions of gender, age or class. Therefore, messages with some biased content will not reach the target.
The "Zs" travel through multiple communities. This makes them "individual targets" and a communication strategy with them should focus on that individuality. So that old grouping maxim to facilitate communication will remain valid, but identifying those segments will be an arduous task and will require much more knowledge and depth of analysis.
Generation "Z" buys everything online. One must recognize this and offer them direct alternatives. Cleaning the house, ordering lunch, fixing the car, and of course, responsive and creative websites will be crucial to lure them.
There is a growing tendency for workplaces, housing, cars, hitchhikers, and electronics to be accessed on a shared basis, generating a substitution in the buying and selling processes for rental.
The "Zs" are adept at unpacking less and peeling more, so even more than now, natural food will prevail and investment in mass production of industrialized foods with their tons of dyes and additives will have their days counted.
They use their devices and gadgets to learn. In addition to the platforms, the formats have also become more dynamic and online courses with specialists who are references in their areas, have today about 30% of their audience concentrated on Z Generation.
As for the intriguing "virtual reality" that every day becomes more present in the lives of these Zs? Already used "Oculus Rift" in architecture (projection of buildings in virtual reality before its construction); medicine (detailed anatomical vision), manufacturing (companies invite their clients to design the vehicles they want), as well as the "traditional" applications in fun, movies, holographic shows from current or former artists such as Michael Jackson and others ...
Due to all these characteristics there is a tendency for the Z generation to be made up of a multitude of individual micro entrepreneurs (MEI) and at least one company I know is aware of this trend, already filling up 35% of its customer base with people of generation Z: the MEI Fácil.
Another example of a company focused on this generation is OneMarket, the online market for healthy products.
Also, banks, as the leading broadcasters of online access applications, being so few and so concentrated in Brazil, will be tied to these trends and will try to be more attractive.
If we want to sell or rent something to these "Zs," which will soon be our entire universe of customers, 8 seconds will represent the eternity our consistent message will have to try to persuade them.
Leonilson Rossi, August 29, 2018
Gerente General en C&M Consulting Group (Consultores Comerciales en Maquinaria para Obras Civiles)
6 aLeo, muy buen artículo. Una pura realidad de la vida actual y lo que será hacia adelante. La preponderancia del Inbound Marketing cada vez toma más fuerza y busca esas fuentes de cortos mensajes individualizados y subliminales. Saludo y fuerte abrazo