As Olimpíadas seguem nos inspirando

“Depois dos Jogos Rio 2016, o que mantém você motivada?”, foi a pergunta do representante da Tsukuba Academy for Sports Studies, pouco depois de sermos apresentados em Tóquio, onde estive nos últimos dias para uma palestra sobre ativações nos Jogos 2016 para uma plateia com cerca de 25 empresas patrocinadoras de Tóquio 2020, além do próprio Comitê Organizador.

Essa pergunta me faço todos os dias, desde 18 de setembro, quando a pira Paralímpica se apagou. Não só eu. Atletas, jornalistas, empresas, agências... todo o ecossistema que sonhou e realizou aquele Rio de boas notícias em agosto e setembro de 2016 de repente se viu órfão. A ressaca pós-Olímpica veio com força, envolvida pelas nuvens carregadas de uma crise política e econômica sem precedentes no País, no estado e na cidade do Rio de Janeiro.

A resposta para meu amigo japonês, porém, estava ali mesmo diante dos meus olhos. O que deve nos motivar é justamente Tóquio. E, depois, quem sabe Los Angeles ou Paris. O segredo esconde-se justamente nesse novo período de quatro anos que se abre trazendo outras oportunidades, diferentes histórias para contar e inspirando criatividade e inovação. Não à toa falamos de Ciclos Olímpicos. Ou seja, eles não acabam nunca. O fim de um é o início de outro. E assim segue-se levando os valores do esporte adiante, com uma capacidade infinita de transformar vidas, de entreter e emocionar todas as gerações.

É isso que deve servir de estímulo para empresas, entidades, mídia, público. Afinal, Rafaela Silva continua treinando na Cidade de Deus (sonhando com Tóquio, claro!).

Os Jogos Olímpicos podem ter passado. Mas as Olimpíadas (aquele período de quatro anos entre os Jogos) seguem nos inspirando.