Onde estão os Robôs?
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Onde estão os Robôs?

Entramos em uma nova década com e já vislumbramos inúmeros desafios, para o mundo e em especial para o Brasil. Do ponto de vista da economia, as próximas duas décadas prometem uma revolução em larga escala.

Os indicadores mostram que já estamos vivendo com muitos robôs. De acordo com o Sumário Executivo do World Robotics 2019 - Industrial Robots, da International Federation of Robotics (IFR), as instalações globais de robôs alcançaram 422.271 unidades em 2018 (ver gráfico 1), correspondendo a um valor de US $ 16,5 bilhões (sem software e periféricos). O estoque operacional de robôs foi calculado em 2.439.543 unidades (+ 15%). Desde 2010, a demanda por robôs industriais aumentou consideravelmente devido à tendência contínua por automação e inovações técnicas contínuas em robôs industriais.

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Os dados da IFR mostram que a Ásia, incluindo aí Austrália e Nova Zelândia, é o maior mercado de robôs industriais do mundo. Um total de 283.080 unidades foram instaladas em 2018. Dois, dos três robôs (67%) implantados em 2018, foram instalados na Ásia. Existem cinco mercados principais para robôs industriais: China, Japão, Estados Unidos, República da Coréia e Alemanha. Esses países representam 74% das instalações globais de robôs. A China é o maior mercado mundial de robôs industriais desde 2013 e representa 36% do total de instalações em 2017 e 2018. Ver a tabela 1.

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As principais indústrias que impulsionam a demanda por robôs

A indústria automotiva é o cliente mais importante dos robôs industriais. Segundo os dados da IFR, quase 30% de todas as instalações de robôs industriais ocorrem neste setor. Desde 2010, a indústria automotiva tem aumentado os investimentos em novas capacidades de produção em mercados emergentes e investimentos em modernização da produção nos principais países produtores de automóveis, isso permitiu o impulso na demanda por robôs nesse setor. O fornecimento de robôs a fornecedores de peças automotivas ganhou impulso apenas em 2011.

Outro segmento importante na demanda por robôs é o setor eletroeletrônico. As instalações de robôs no setor elétrico/eletrônico (incluindo computadores e equipamentos, rádio, TV e dispositivos de comunicação, equipamentos médicos, instrumentos de precisão e ópticos) aumentam em média 24% a cada ano desde 2013. Em 2017, representavam 31% total de instalações e estava prestes a substituir a indústria automotiva como a mais importante indústria de clientes.

Porém, os dados da IFR mostram que em 2018 a demanda global por dispositivos e componentes eletrônicos diminuiu substancialmente. Esse setor foi o mais afetado pela crise comercial China-EUA, já que os países asiáticos são líderes na fabricação de produtos e componentes eletrônicos. As instalações de robôs nesse setor diminuíram 14% do nível máximo de 121.955 unidades em 2017 para 105.153 unidades em 2018. O gráfico 2 ilustra os principais setores da atividade econômica onde estão instalados os robôs pelo mundo.

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Os robôs industriais colaborativos ainda são um nicho

Considerando todo o movimento que envolve a indústria 4.0 e suas características peculiares, aí incluindo a colaboração entre máquinas (collaboration between machines) na linha de produção, e o aprendizado da máquina (machine learning), em especial, a pesquisa da IFR mostra que esta é uma realidade ainda em ‘construção’. O gráfico 3 ilustra a utilização de robôs industriais tradicionais e os robôs colaborativos nas linhas de produção.

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Desenvolvimentos tecnológicos expandem a adoção de robôs

O que vai determinar com mais propriedade a utilização dos robôs inteligentes para as linhas de produção fabril, e além, é o rápido desenvolvimento tecnológico, considerando aí a inteligência artificial (IA).

O que é possível encontrar hoje que está moldando a fábica do ‘futuro’:

- Componentes mais inteligentes, por exemplo Garras inteligentes

- Maior conectividade, p. Interfaces "Plug & Play" e computação em nuvem

- Tecnologias que facilitam a usabilidade (mais fácil de usar), por exemplo “Programação por demonstração”.

O que podemos esperar para o ‘amanhã’:

·     O "aprendizado de máquina" permite robôs ...

 aprender por tentativa e erro ou por demonstração em vídeo.

 auto-otimizar.

 se comunicar com outras máquinas para melhorar processos inteiros.

·     Novos modelos de negócios, por exemplo Robôs como Serviço (RaaS)

 uma unidade de computação em nuvem que facilita a integração perfeita de dispositivos robóticos e incorporados ao ambiente de computação na Web e na nuvem.

 O relatório da IFR deixa claro que a 4ª revolução industrial, conhecida também como indústria 4.0, já está ocorrendo em larga escala e em diversas parte do mundo, com implicações profundas nos impactos para o desenvolvimento econômico, nas novas fronteiras da economia (digital, em particular), na geopolítica de poder econômico, e no mundo do trabalho. 

O que podemos esperar para o Brasil e para a América Latina, em especial? Será objeto de uma nova reflexão. A priori, pode-se dizer que estamos, mais uma vez, recebemos os impactos da nova revolução.

Sudanês B. Pereira - Economista





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