Open Finance: o que é?

Embora ainda seja um tema recente, muito já evoluímos para implantar um sistema financeiro aberto no Brasil. Uma solução que dará mais liberdade de escolha por meio do compartilhamento de dados cadastrais e transacionais, produtos e serviços entre instituições financeiras reguladas pelo Banco Central, gerando integração do sistema financeiro e mais autonomia para os brasileiros.   

Há uma promessa de grandes mudanças no mercado financeiro com essa abertura, com benefícios não apenas para os cooperados/clientes, mas também para todo o sistema.  

O primeiro modelo, chamado de Open Banking, foi criado puramente voltado para os dados e serviços relacionados a produtos bancários tradicionais. Aos poucos, a estratégia tomou amplitude, englobando outros serviços financeiros como investimentos, seguros, previdência, câmbio. É aí que chegamos no Open Finance.  

A ideia tem uma proposta simples: o cooperado/cliente é o dono dos seus dados financeiros e não a instituição financeira na qual está vinculado no momento. Portanto, o usuário escolhe quando e com quais empresas vai compartilhar esses dados.   

Essa iniciativa de um sistema financeiro aberto é do Banco Central do Brasil, inspirado em um modelo Europeu. Ela tem como objetivo promover inovação, concorrência e maior qualidade na oferta de produtos e serviços financeiros. Pois, com os seus dados disponíveis, qualquer instituição pode personalizar melhores produtos e serviços para você, taxas mais competitivas, melhores limites de crédito.  

E quando olhamos para o futuro cada vez mais próximo, como estamos nos preparando para o Open Finance no Sistema Ailos?   

Estas atualizações estão alinhadas e conectadas ao nosso Planejamento Estratégico. Por meio de iniciativas do Ailos+, nosso programa de transformação digital, vamos estimular a implementação do Open Finance de acordo com o cronograma do BACEN.   

Este modelo vem para auxiliar a vida financeira de todos, incentivando a inovação e o surgimento de novos formatos de negócio que favorecem a inclusão e educação financeira da comunidade, alinhados com os nossos propósitos como cooperativa. São diversos esforços para evoluirmos de forma disruptiva com essa novidade, indo além com a inteligência artificial na evolução da saúde financeira do cooperado.  

Além disso, há mais cooperação e colaboração entre as instituições com o Open Finance. Apesar de fomentar a competitividade, ele estimula o desenvolvimento e aperfeiçoamento de soluções, com a customização e adequação dos produtos financeiros para o cooperado.   

Para os que estão preocupados com as questões de segurança, há duas leis importantes que condicionam o Open Finance: a Lei do Sigilo Bancário (105/2001), que proíbe o compartilhamento de dados para instituições não participantes e a venda de informações de consumidores para terceiros, e a Lei Geral de Proteção de Dados (13.709/2018), que dá autonomia para o cliente em relação aos seus dados. Além disso, há uma regulação do Banco Central do Brasil, que visa garantir a segurança e proteção de todos os dados compartilhados.   

Outro desafio nesse processo pode estar associado à falta de conhecimento financeiro da maior parte dos brasileiros e a baixa capacidade de fazer escolhas e tomar decisões nessa área. Por isso, a promoção da educação financeira e a capacitação se tornar uma ferramenta indispensável para o sucesso de um sistema aberta no país.  

A prioridade, em todos os casos, é a experiência do cliente/cooperado.  Esse será o grande diferencial competitivo daqui para frente, já que a tendência é que os custos para contratação de produtos e serviços se tornem mais competitivos com o crescimento do mercado.   

Hoje, o Sistema Ailos já busca melhorar as experiências com os produtos e ter forte relacionamento com o cooperado, gerando valor que vai além do preço. A tendência é fortalecer ainda mais esses pontos.