Opinião: A balbúrdia nas redes sociais
No dia 4 de fevereiro de 2004 foi fundado o Facebook, uma rede social que surgiu com o objetivo de ser uma ferramenta que “você pode se conectar e compartilhar o que quiser com quem é importante em sua vida". Desde então, conquistou quase um bilhão e meio de usuários. Isso significa que aproximadamente 20% da população mundial possui um perfil no Facebook. Sob este ponto de vista e levando em conta as ferramentas que a rede social oferece, podemos dizer que para cada pessoa que posta o que quiser, existem praticamente outras 1.499.999.999 pessoas aptas a curtir (ou não), compartilhar ou comentar o que você colocou lá.
Agora, atente para o fato de que são quase 90 milhões de internautas com conta na rede social aqui no Brasil. Um país democrático e com liberdade de expressão. Liberdade esta, que ladeada muitas vezes pela falta de bom senso ou pelo excesso de sentimento de superioridade tem criado e alimentado pessoas afoitas pela vontade de julgar e impor sua opinião muitas vezes sem critério algum. A título de informação, a palavra impor significa tornar obrigatório ou indispensável; forçar(-se) a cumprir.
Em um país como o nosso, onde a população revolta seu íntimo quando ouve escândalos de corrupção política, mas que acha normal comprar produtos piratas, que estaciona na vaga de deficiente porque ‘é rapidinho’ ou que tenta subornar o guarda pra não ganhar multa, quem somos nós para querer impor algo a alguém?
As vestes talares dos magistrados só caem bem para quem tem um mínimo de discernimento, compromisso com a ética e respeito pelo ser humano. O resto é alarde, farra e necessidade de autoafirmação que ao invés de edificar os relacionamentos, só mancham a liberdade de expressão, tornando esse direito um festival de arrogância, prepotência e narcisismo.