"A organização do futuro"

Olá!

Recentemente li um artigo dos gurus: David A Nadler e Michael L Tushman.

Achei interessante compartilhar com vocês este tema bastante atual e até futurista digamos, fiz um resumo sobre as ideias principais do artigo, espero que aproveitem, boa leitura.

Depois da Segunda Guerra Mundial, surgiu o que hoje é chamado de “desenho industrial”, e várias ideias foram incluas neste contexto.

1ª teoria da Contingência – a eficiência da empresa evolui quando as características ambientais são adequadas.

2ª Diferenciação e integração – empresas iguais trabalhando em ambientes diferentes, terão características diferentes.

Diante do desafio atual de administrar empresas, há 4 lições que continuarão relevantes nos próximos 10 anos.

1 – A empresa precisa ter capacidade de compreender o ambiente que está inserida e fazer as alterações estratégicas no momento certo do ciclo de mudanças que determina a sua força competitiva.

2 – a estratégia precisa ser articulada pela organização, pois cada componente estiver alinhado com outros e com a própria estratégia, será eficaz o desempenho.

3 – a organização da empresa influencia seus horizontes, incentivando ou restringindo a capacidade das pessoas a desenvolverem estratégias.

4 – Projetar, administrar tanto a diferenciação como a integração são dilemas que permanecerão inalterados.

Novo ambiente Empresarial

Após 1980 o mundo dos negócios mudou significativamente: abertura de mercado, concorrência global, desregulamentação generalizada de vários setores e disponibilidade de capital.

E com isso entramos na economia pós-industrial.

Estamos saindo de uma economia de manufatura e commodites para outra, que valoriza mais informação, serviços, assistência e a distribuição.

Novos negócios foram criados virtualmente nos setores.

A velocidade da mudança; o ciclo de vida do produto, do processo, das tecnologias de distribuição.

Hoje a empresa do futuro, tem como objetivo o desenho de institucionalizar as mudanças.

Novas Imperativos Estratégicos

O ambiente de mudanças, faz-se criar 6 imperativos estratégicos:

1 – aumentar a velocidade do relógio estratégico;

2 – foco na carteira de negócios, com vários modelos ( que clientes buscar, como captar valores-lucros, como manter propostas de valor singular, qual  escopo de atividades perseguir).

3 – ciclos de vida estratégicas abreviadas;

4 – Criatividade para atender o mercado;

5 – aprimorar inovação competitiva;

6 – administrar o canibalismo intra – empresarial.

Desafios e novos desenhos organizacionais

Hoje o desafio  das empresas é projetar arquiteturas organizações que sejam flexíveis e adaptativas, que capacitem a empresa para um desempenho eficaz diante da incerteza.

Para isso, as empresas serão forçadas a se tornarem eficientes em 8 áreas centrais.

1 – prevenção de mudanças a tempo e responder a elas exigirá das empresas capacidade de fazer tudo mais rápido;

2 – projeção da divergência estrutural, ou seja, a capacidade de criar, dar apoio e interligar, com isso surge estratégias variáveis;

3 – promover a modularidade organizacional, como inovações de produto e de processo do domínio do processo organizacional;

4 – estruturar canais de distribuição hídridos, exigência das empresas a desenvolverem estruturas que as habilitem a gerenciar vários canais de distribuição ao mesmo tempo.

5 – projetar uma nova métrica para pesquisa e desenvolvimento – projetar estruturas e processos que norteiem a pesquisa e o desenvolvimento de novas formas e criativas.

6 – criação de métodos de gerenciamento de conflitos – o gerenciamento de conflito tornará uma capacitação organizacional essencial.

7 – coerência organizacional – tendência acelerará rapidamente um resultados das mudanças estratégicas e organizacionais.

8 – Equipe de executivos – os CEOS terão papel importante por se tornar um líder astuto da equipe de executivos, e terão que se esforçar para compreender e prever mudanças ambientais rapidamente.

" Essas tarefas sofisticadas exigirão o envolvimento da alta direção, Compromissada com o bem da empresa. Na verdade, a enormidade desse desafio indica que a alta liderança terá de ser expandida, incoporando certas tarefas que façam uso da capacitação, dos conhecimentos e do insight das pessoas que tradicionalmente não são vistas como membros do alto círculo.      Um dos desafios dos líderes será determinado quando, como e em que situações fazer com que a equipe-líder seja mais e não menos inclusiva. O que está claro é que, para ter sucesso, a organização do futuro deverá ser menos dependente das ações de indivíduos. Para ter sucesso, precisarão adquirir competência no desenho e na liderança de equipes executivas, uma capacitação coletiva que será tão importante quanto a capacidade de projetar estratégias inovadoras e arquiteturas organizacionais."

(*) Texto publicado na revista HSM Management.

(*)David A Nadler já foi colocado pela Business Week entre os principais gurus do management atual e é considerado a maior autoridade em arquitetura organizacional da atualidade. Presidente do Delta Consulting Gruoup, que presta serviços relacionados a mudanças organizacionais estratégicas para grandes empresas e outras instituições, tem entre seus clientes empresas como Corning e Xerox. Foi pro-fessor da Columbia University, autor do best seller Arquitetura Organizacional, Editora Campus, que escreveu com Mark S Gerstein, Robert B Shaw e outros. Com Michael Tushman, Nadler escrever Navigating Change: How CEOs, Top Teams and Borard Steeh Transformation , editora Harvard Businesse School Press e Competing By Design: A Blueprint for organizational Architectures , Oxford University Press.

(*) Michael Tushman é professor de Harvard e também reconhecido internacionalmente por seu trabalho na área de mudanças tecnológicas, liderança de executivos e adaptação organizacional, bem como por seu trabalho em gestão de laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. Consultor de empresas, tem em sua carreira de clientes corporações como Hewlett-Packard, Hoffman-La Roche, Novartis e Banco Mundial.