Os cinco estágios do declínio de uma empresa e como evitá-los
Como líderes nossa missão é fazer a empresa ter lucro e crescer de forma sustentável, recentemente li o livro “Como as Gigantes Caem” que oferece uma visão fundamentada em pesquisas sobre como o declínio pode ocorrer, mesmo para empresas aparentemente invencíveis.
Colocando no holofote para que os líderes possam ter mais chances de identificar e evitar esse trágico destino, ao entenderem os cinco estágios do declínio.
Aprendemos mais analisando por que uma excelente empresa cai na mediocridade e comparando-a com uma empresa que manteve seu sucesso do que aprendemos meramente ao estudar um empreendimento bem sucedido.
O modelo consiste em cinco estágios que evoluem em sequência.
ESTÁGIO 1: O EXCESSO DE CONFIANÇA PROVENIENTE DO SUCESSO > As empresas excelentes podem ver a si mesmas protegidas pelo sucesso; o ímpeto acumulado pode levar um empreendimento adiante por algum tempo, mesmo que seus líderes tomem decisões ruins ou se tornem indisciplinados.
Começa quando as pessoas se tornam arrogantes, sentindo que têm direito ao sucesso e perdem de vista os fatores básicos que verdadeiramente criaram o sucesso da empresa. Quando a retórica do sucesso (“Temos sucesso porque fazemos essas coisas específicas”) substitui o profundo conhecimento e insight (“Temos sucesso porque sabemos o por que fazemos essas coisas específicas e em quais condições deixam de funcionar”), o declínio provavelmente se seguirá. A sorte e o acaso desempenham papel relevante em muitos resultados de sucesso e os que deixam de reconhecer o papel que a sorte pode ter exercido em seu sucesso e, desta forma, superestimam o próprio mérito e a capacidade – sucumbem ao excesso de confiança.
ESTÁGIO 2: A BUSCA INDISCIPLINADA POR MAIS > O excesso de confiança do Estágio 1 (“Somos demais, podemos fazer qualquer coisa!”) leva a empresa diretamente ao Estágio 2, A Busca Indisciplinada por Mais – mais escala, mais crescimento, mais aplausos, mais qualquer coisa que as pessoas no poder consideram constituir o “sucesso”. No Estágio 2, as empresas se desviam da criatividade disciplinada que as levaram à excelência, promovendo incursões indisciplinadas a áreas nas quais não podem ser excelentes ou crescendo mais rapidamente do que é possível fazer com excelência, ou ambos. Quando uma organização cresce além de sua capacidade de preencher suas posições mais importantes com as pessoas certas, está preparando o terreno para uma queda. Embora a complacência e a resistência à mudança permaneçam como um perigo para qualquer empreendimento de sucesso, tentar fazer demais leva ainda empresas poderosas à queda.
ESTÁGIO 3: A NEGAÇÃO DE RISCOS E PERIGOS > À medida que as empresas vão passando para o Estágio 3, sinais de alerta internos começam a se acumular, mas os resultados externos permanecem fortes o suficiente para que dados perturbadores sejam ignorados ou para sugerir que as dificuldades são “temporárias” ou “cíclicas” ou “não tão ruins” e que “não há nada fundamentalmente errado com a empresa”. No Estágio 3, os líderes negligenciam os dados negativos, enfatizando os dados positivos e imprimindo um viés positivo aos dados ambíguos. As pessoas no poder começam a culpar os fatores externos pelas dificuldades, em vez de assumir a responsabilidade por elas. O vigoroso diálogo baseado em fatos, que caracteriza as equipes de alto desempenho diminui ou desaparece por completo. Quando as pessoas no poder começam a colocar o empreendimento em perigo assumindo riscos descomunais e agindo de forma a negligenciar as consequências desses riscos, estão se encaminhando diretamente para o Estágio 4.
ESTÁGIO 4: A LUTA DESESPERADA PELA SALVAÇÃO > O acúmulo das consequências negativas dos perigos e/ou riscos assumidos no Estágio 3 começam a pesar, lançando o empreendimento em um abrupto declínio, visível a todos. A questão crítica é: Como a liderança reage a isso? Eles tentam recorrer a uma rápida salvação ou retomam a disciplina que produziu o sucesso da empresa no passado? As pessoas que tentam a salvação rápida caíram no Estágio 4. “Salvadores” comuns incluem um líder visionário carismático, uma estratégia ousada, mas não comprovada, uma transformação radical, uma drástica revolução cultural, um novo produto que se espera ser campeão de vendas, uma aquisição para “mudar o jogo” ou quaisquer outras soluções consideradas “geniais”. Os resultados iniciais de ações dramáticas podem parecer positivos, mas não duram muito.
ESTÁGIO 5: A ENTREGA À IRRELEVÂNCIA OU À MORTE > Quanto mais tempo uma empresa permanecer no Estágio 4, tentando repetidamente encontrar soluções geniais, mais chances têm de cair. No Estágio 5, as derrotas acumuladas e os tropeços dispendiosos desgastam a força financeira e o moral das pessoas até o ponto em que os líderes perdem toda a esperança de construir um bom futuro. Em alguns casos, os líderes se limitam a vender ações, em outros, a instituição se atrofia até se tornar insignificante, e, nos casos mais extremos, o empreendimento morre.
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Além disso, uma das chaves para o desempenho sustentado reside em saber como a excelência pode ser perdida. É melhor aprender com a queda dos outros do que repetir seus erros devido à ignorância.
Pode ser um desserviço nos limitar a estudar apenas o sucesso!
Fonte de consulta: Livro Como as Gigantes Caem
Raimundo Ribeiro
Executivo da área comercial, Educador Executivo, Master Practitioner em PNL e apaixonado por: Liderança e sua essência; Desenvolvimento de pessoas na sua vida pessoal e profissional; Negociação e Vendas; Psicologia e leitura de livros; Palestrante Provocativo e Inspiracional.