Os desafios dos jovens ingressantes no mercado de trabalho - Um breve relato de minhas percepções

Em tempos de crise em que muitos buscam recolocação no mercado, os desafios encontrados pelos jovens ingressantes são cada vez maiores.

Isso é reflexo não somente da escassez de vagas de trabalho, mas também do grande número de graduandos das universidades que saem à procura de um bom cargo e uma posição respeitada.

O professor Amir El-Kouba da Fundação Getúlio Vargas alerta que “as transformações da carreira individual e no mercado de trabalho, um outro modelo na relação com o trabalhador, são um caminho sem volta. É a percepção mais clara que a globalização determinou 30 anos atrás”.

Com isso, é possível perceber que o acesso a informação cada vez mais facilitado pela internet, acaba sendo fundamental no processo de desenvolvimento intrapessoal dos jovens ingressantes.

Se para os profissionais experientes essa busca já é difícil, para o jovem que acabou de concluir a graduação, é quase impossível.

As empresas atualmente buscam mais do que apenas conhecimento e técnicas, mas sim, expertise e auto liderança. A busca pelo profissional multitarefas é cada vez maior, uma vez que estes destacam-se não apenas em suas áreas específicas do conhecimento, mas também de uma maneira prática e abrangente.

Num país emergente como o Brasil, em que o empreendedorismo se faz presente no dia-a-dia do mercado, é necessário que os profissionais, antes de tudo, sejam intraempreendedores, isto é, que tenham a capacidade de se auto gerir e organizarem suas carreiras.

Desde modo, percebemos a importância da experiência prática e técnica, ainda que pouca, em todas as áreas do conhecimento. Os profissionais ingressantes no mercado devem ter não somente o domínio das teorias, mas também da prática e da autossuficiência. Isso porque, muitas vezes a experiência obtida com tentativa e erro irá revelar muito mais de um profissional do que apenas o diploma que ele carrega.

Portanto, é preciso que os jovens experimentem e busquem atividades que os façam praticar a expertise intraempreendedora, seja no ambiente acadêmico ou mercadológico. O importante é que sejam expostos aos desafios para que se tornem profissionais capacitados.