❌ Não, não são os velhos hippies ou os anarquistas do passado, enredados em movimentos utópicos com ajuda de psicotrópicos e votos de paz e amor, minimalistas, sem qualquer organização nem sustentabilidade.
- São novos seres conscientes empoderados, abundantes, que realizam os seus sonhos ajudando outros seres a realizarem os seus. Em harmonia com os elementos da Natureza.
- Claro que o amor é o fio condutor principal destes grupos de seres humanos apaixonados por uma nova humanidade mais justa e feliz. E estão muito bem organizados num tecido com regras muito simples e transparentes em que todos são iguais, confiam e respeitam-se mutuamente num ambiente de autogestão fascinante focado na abundância.
- Vibram diariamente em alegria e otimismo pois sabem que os seus desafios pessoais mais densos serão mais facilmente dissolvidos nesse ambiente de alta vibração.
- Tudo o que dão é feito amorosamente com prazer e sem qualquer expetativa de retorno. Não acreditam no velho paradigma do "ninguém dá nada a ninguém". Todos dão algo a alguém.
- Adoram ser eles próprios e têm a coragem de manifestar amorosamente o seu sentir em qualquer situação. E todos se aceitam como são independentemente da língua, cor da pele, vestuário, nacionalidade, profissão, crenças religiosas, políticas ou desportivas.
- São muito ativos mas não se cansam porque não trabalham, pois tudo o que fazem é feito com amor e dedicação, dentro dos seus dons e competências e sem qualquer expetativa de recompensa.
- Vivem intensamente o momento presente e sonham continuamente com novas formas de serem felizes, todos felizes, projetos e tarefas em que todos ganhem, incluindo a Natureza.
- Não obedecem a nenhuma ordem sem perceberem as múltiplas consequências da sua obediência. Sabem que não existem crises, apenas ondas, nem acontecimentos "de repente", apenas consequências de causas anteriores ou fenómenos com origens divinas superiores.
- Têm a sabedoria para distinguir o que podem ou não podem mudar. Têm a força e vontade para mudar o que podem mudar e a humildade e a força para aceitar o que está fora do seu controle.
- Honram as sua palavras. Cumprem com o que dizem.
- Não levam nada como pessoal. O outro normalmente fala mais de si do que de alguém.
- Não supõem. Perguntam amorosamente quando têm dúvidas.
- Chegam ao fim de cada dia com a consciência leve porque deram sempre o seu melhor.
- Vivem a sua própria experiência. Não seguem gurus. Duvidam de tudo e todos, incluindo de si próprios mas escutam amorosamente toda a gente com a maior atenção.
- São abundantes não só materialmente como, sobretudo, moral e espiritualmente, dentro de um sistema de economia circular, mais justo, em constante aperfeiçoamento e evolução e que está já hoje a funcionar em pleno. É real.
- Muitos destes seres livres não sabem que são livres porque vivem no meio de uma grande maioria de escravos. E por vezes vacilam e deixam-se agarrar pelo velho paradigma piramidal baseado na desconfiança, pelo qual são olhados com medo distanciamento e descrédito. Mas eles já são muitos, estão ligados em rede, apoiam-se, comunicam onde quer que estejam, na cozinha, a conduzir ou em pijama e trocam presentes constantemente, tudo com a maior prudência e confidencialidade.
- Continuam a acreditar que sendo eles próprios melhores, em paz e amor, consigo e com os outros seres, o mundo e a Natureza será melhor.
- E que todos são bem vindos a juntarem-se a este movimento crescente de novos seres livres.
- Coragem para mudar velhas crenças e gratidão e humildade para receberem os presentes e os abraços calorosos de milhares de irmãos desta família de sonhadores, é tudo o que precisam para usufruirem dos preciosos valores desta nova rede mundial.
Belíssimo texto, Carlos. Além de excelente pianista, filósofo, ser humano, amigo, és ainda um grande poeta!