Lições de Vida com “O Gambito da Rainha”

A princípio, cuidado! Você pode encontrar spoiler abaixo.

Em segundo, um adjetivo resume a aclamada série “O Gambito da Rainha” da Netflix – e não, não tem nada a ver com a perna dela – Esplêndido!

A cada episódio a trama se desenvolve nos submergindo na história e arte de conhecer a vida da protagonista e seu talento sobrenatural com o xadrez. Assiti a cada episódio com outros olhos. Adiante, você poderá encontrar a que “outros olhos” eu me refiro, com as pequenas resoluções que associei à medida que acompanhava aos 7 episódios:

1º Acredite nos seus sonhos e corra atrás deles

Logo no início, somos levados ao ambiente: um orfanato. Lar da protagonista Elizabeth Harmon. Podemos ver então seu crescimento no local: suas expressões que denotam tristeza, medo, curiosidade e vontade de explorar o mundo. Então, durante uma prova, ela demonstra conhecimento matemático incomum para sua idade e a genial garota é então recomendada por uma professora a descer até o porão daquele orfanato para tirar o pó do apagador de Lousa. Quando chega ali, ela vê um zelador jogando xadrez. Sua curiosidade, então, explode notavelmente.

A partir dessa luz no fim do túnel para a garota é que a aventura começa. Beth, embarca numa jornada em busca de descobrir, de todo o modo possível, o conhecimento sobre aquele jogo lógico, buscando entender cada centímetro daquele tabuleiro de 64 casas. Durante a busca, alguns desafios se entrepuseram em seu caminho, no entanto, a garota estava convicta do que queria e nada atrapalhou sua busca, nada a fez desistir. Ela acreditou no seu sonho e perseverou.

2º Atenha-se ao que você é bom e nunca desista

Encontrou algo que gostava de fazer e, simplesmente, explorou tudo o que podia a respeito. Dentre os manuais de xadrez, biografias de grandes jogadores e estratégias de jogos, ela estava praticando o esporte sempre com novos desafios. Curiosamente, ela teve muitas perdas, mas vê-se que, ao longo de cada derrota, ela tirava um aprendizado e ainda mantinha seu maior desejo: vencer. A garota que havia perdido tantas coisas, apegou-se a um mundo tão pequeno do tabuleiro, mas naquele mundo ela se sentiu segura, dentro do que fazia melhor, e isso tornava-a grande. Isso é muito importante! Ao longo da vida, não teremos apenas vitórias. Certamente alguns fracassos nos cercarão, contudo, devemos nos manter firmes nossas mentes naquilo que fazemos bem e nunca desistir.

3º  Lutar contra seus próprios demônios e você vai ser grande

Uma cena que, particularmente, gostei muito, é a que Harmon está estudando mexendo as peças do jogo no seu quarto, quando sua mãe lhe pergunta: O que você está fazendo? E ela responde: Estou procurando fraquezas no meu jogo. Esta é uma das maiores lições que a série nos deu. A jovem garota certamente era muito competitiva, contudo, em todo o momento estava competindo contra o seu maior inimigo: si mesma. Tal demônio metaforizdo em seus momentos de insegurança, medo, descontrole emocional e falta de foco. Procure suas fraquezas e lute para exterminá-las.

4º Você poderá ser o melhor, mas ainda assim precisará de pessoas ao seu lado

O último episódio é concluído com um desfecho inesperado. Outros companheiros de xadrez se reúnem para ajudá-la na estratégia contra o maior oponente do xadrez naqueles anos. Neste momento, a percepção que tive é que você pode ser o melhor no que faz, mas, em algum momento,sem sombra de dúvidas precisará de ajuda, portanto você pode ser ótimo, mas ainda precisa de outras pessoas ao seu lado.

5º Meu maior inimigo sou eu, não preciso encontrar mais ninguém

Se eu pudesse criar uma lista negra com o maior inimigo da humanidade no mundo moderno, além da falta de inteligência emocional, seria a distração. Esta vêm até nós de muitas formas, dentre elas, com as notificações intermináveis das redes sociais no smartphone, com a imensa quantidade de informações e conteúdos para assistirmos nos stories, nos videos do TikTok e Youtube. E os momentos mais notáveis da série é quando conseguimos olhar as expressões de Beth e ver o quão focada ela está, o quanto ela deseja vencer, completar aquilo que começou. Lembro que ela trouxe consigo um vício que a acorrentou até determinado momento da sua vida, alimentando a ideia de que aquilo lhe trazia o foco, o preparo que precisava. Quantas vezes na vida nós trazemos vícios que acreditamos são os causadores do que há de melhor em nós. Se eu não tomar isso ou fizer aquilo, não conseguirei. Contudo, em um dos episódios, simplesmente nos leva a conhecer Beth mais profundamente, a verdadeira. Olhamos em seus olhos profundos com sede de conhecimento e de vitória, então, ela encontra o foco, a capacidade que é íntrinseca a si e consegue dar o seu melhor.

Com esse olhar focado e resoluto da protagonista, concluo o meu olhar sobre a série: perspicaz, explorador e com muita, muita curiosidade e sede de vencer. Espero que você esteja também.

Abraço.