Os riscos da política ambiental de Donald Trump para o planeta

Os riscos da política ambiental de Donald Trump para o planeta

Desde eleito, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem deixado grande parte dos americanos de cabelo em pé. Suas decisões políticas para o país têm se demonstrado controvérsias, para se dizer o mínimo, e levado multidões às ruas para protestar contra uma série de medidas, que vai desde o banimento do plano de saúde feito por Obama, a falta de apoio à saúde da mulher, política de imigração, entre outros. Mas este texto vai focar numa das linhas de pensamento mais polêmica de Trump, e que afeta todo o planeta: sua relação com o meio ambiente.

Pois bem, sabemos que as mudanças climáticas não é um evento isolado, e que as decisões dos países afetam toda a população global. Donald Trump, presidente de um dos países mais influentes e emissores de gases do efeito estufa, declarou em sua conta no Twitter que o aquecimento global não passava de um “boato” inventado pela China e uma “besteira mentirosa”, e que as temperaturas globais estavam, na verdade, caindo.

Os riscos de um líder mundial, com a força de Donald Trump, ignorar os cientistas são enormes. Na Casa Branca, seu time é formado por pessoas que negam as mudanças climáticas, como foi demonstrado com a nomeação para a administração da Agência de Proteção Ambiental, do procurador-geral de Oklahoma, Scott Pruitt, que possui 14 processos da própria agência.

Na sua primeira semana no poder, Donald Trump determinou que a Agencia de Proteção Ambiental tirasse do ar todas as informações referentes ao aquecimento global, incluindo links para pesquisas científicas sobre o tema, e dados sobre emissões de gases do efeito estuda e o impacto na atividade humana no clima do planeta. O presidente também criou um novo plano de energia para o país, eliminando medidas para redução de gases feitas por Obama, declarando que eram danosas ao país.

Os avanços de anos com as políticas ambientais estão em risco de serem perdidos. A nova política ambiental de Trump não tem embasamento científico, que ele declaradamente descarta e põe em dúvida frequentemente. Enquanto isso as mudanças climáticas se intensificam, e, como já analisamos aqui, as temperaturas de 2016 foram as mais altas desde que começaram a ser medidas no mundo todo.

Segundo o quinto relatório do IPCC, Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, apresentado em 2013 na Suécia, os cientistas têm 95% de certeza que o homem contribui para a mudança no clima no planeta. Dentre os cenários traçados pelo relatório, o mais otimista indica a possibilidade de manter o aquecimento em até 2°C até 2100, isso se medidas urgentes e ousadas foram tomadas nos próximos anos.

O relatório também explica que cada vez mais os extremos climáticos serão frequentes, e que as mudanças no clima já estão em curso. Como consequência, todo o planeta deve sofrer catástrofes, não só locais mais vulneráveis, prejudicando toda população e a economia mundial.

Os níveis das águas dos oceanos também têm 90% de chance de subirem, devido ao derretimento das geleiras. Consequentemente, o oceano perde parte da sua capacidade de absorção de CO2, poluindo, assim, mais a atmosfera. A acidez também deve aumentar, comprometendo as vidas dos peixes e de mais de um bilhão de pessoas que dependem do oceano para se alimentar e sobreviver. Os danos para atmosfera também são preocupantes, já que os efeitos da poluição devem continuar por muitas gerações. O CO2 deve manter sua concentração alta por mais de mil anos.

No Brasil, os estudos indicam que teremos um aumento de temperatura entre 1°C e 6°C até 2100 e as chuvas serão mais frequentes no Sul e no Sudeste, e mais escassas no Norte, Nordeste e Centro do país.

Diante de tal cenário, mais do que nunca é essencial que os líderes mundiais concordem e contribuam para a redução de emissões de gases do efeito estufa, e façam políticas que incentive uma economia de baixo carbono. Os cientistas estão nos alertando sobre as ações do homem, e cabe a população cobrar atitudes de proteção ambiental de seus líderes, mesmo que ele seja Donald Trump.

Jairo Henkes M.Sc. Pós Ambiental

Consultor sênior na ODS Consultoria.org

7 a

Muito bom Hiram...compartilhei!

Hiram Sartori

Diretor executivo na SCARTi

7 a

Olá Jéssica! Pois é. É desse jeito. A quetão é muito complexa, e certas autoridades não ajudam! Estamos junto. Um abraço!

Jéssica Madureira

Auxiliar de engenharia na MRV Engenharia

7 a

Muito bom Hiram!! é preocupante mesmo essa situação das mudanças climáticas, devemos nos unir para divulgar ao máximo essas informações.

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