OUT! quarta edição
Começa simplesmente.
Li no outro dia que apenas 1 em cada 10 novas empresas vinga neste mercado.
Muita gente pergunta-me qual a fórmula mágica para uma empresa vingar
Sempre me orgulhei de ser engenheiro.
A engenharia tem muita matemática.
A matemática diz-nos que:
Se 1 em 10 empresas vingam, a melhor forma para teres 1 empresa de sucesso é abrires 10.
Simples.
Se 1 em 10 empresas vingam, a melhor forma para teres 1 empresa de sucesso é abrires 10.
Existem fórmulas de sucesso?
Existem seguramente.
Mas existem tantas quanto as empresas de sucesso.
Porque todos somos diferentes. Tal como as empresas.
Existirão denominadores comuns?
Sim.
Paciência. Trabalho árduo. Foco. Paixão. Persistência Garra. Fanatismo.
Entre outras.
Mas para conheceres a tua fórmula de sucesso vais ter de errar.
Vais ter de bater com a cabeça na parede.
Para perceberes o que funciona.
E o que não funciona.
Podes ser afortunado e alcançar o sucesso na primeira aventura empresarial?
Claro que sim!
Mas se não fores afortunado e tudo correr mal o que vais fazer?
Lamentares-te?
Teres pena de ti porque o mercado foi maldoso?
Culpar este governo que é péssimo, ou que o mercado está em crise.
Que tiveste azar porque abriste a empresa em Outubro e deverias ter aberto em Fevereiro?
Ou vais tentar uma segunda vez? E uma quarta vez?
É ai que vais perceber se queres ter sucesso de verdade ou se afinal só queres mais ou menos.
Todos querem ter uma start-up e postar uma foto nas Maldivas.
Está na moda querer.
Mas poucos querem começar.
E start-up quer dizer isso mesmo: começar.
Começar a tentar
Começar a lutar.
Começar a errar
Começar a aprender.
Só depois disso começas a ganhar; ou pelo menos só normalmente depois disso começas a ganhar.
Até lá não. Até lá doi.
Porque perder doi sempre.
Mas o gosto de uma pequena vitória pode tornar-se viciante.
E é aí que queres mais.
Mas primeiro tens mesmo de começar por dar corda aos sapatos.
E começar a correr.
E continuar a correr mesmo que apareçam dores de burro.
Ou dores de crescimento.
Ou uma simples dor de dentes.
Mas para ganhares tens de começar a não ter medo de perder.
Esse é o único “no brainer”.
Ter uma start-up tem pinta e tem glamour.
Mas normalmente tem muito mais pinta e glamour para os outros.
Se estiveres atrás de glamour mais vale não começares.
Vais-te cansar antes.
Se for pela paixão começa hoje.
Ou ontem se ainda for possível.
E já agora vai á Decathlon assim que abrires empresa.
Compra um capacete e umas joelheiras.
Porque vais cair. Isso é certo.
Vamos é ver quantas vezes te vais conseguir levantar.
Eu já cai muitas vezes.
Mas tenho-me levantado sempre.
Nunca tive medo de recomeçar.
Desde puto.
Sempre senti atração fatal pelo starting-up.
Mesmo antes de saber o que empreendedorismo queria dizer.
Quando tinha 13 anos surpreendi os meus pais.
Estávamos em 1990 e a guerra do golfo tinha começado.
Ouvi nas notícias que o dólar estava a desvalorizar.
Pedi aos meus pais para trocar os escudos que tinha no banco por dólares.
Tive sorte porque me deixaram ser louco.
E comprei os dólares.
Tive ainda mais sorte porque um ano depois o dólar voltou a subir.
E eu fiz o cambio de volta.
E ganhei dinheiro.
Mas a paixão não estava tanto no dinheiro.
Estava no começar.
Iniciei depois a primeira “joint-venture” com um colega.
Eu comprava as t-shirts brancas
Ele pintava, eu vendia.
Correu mal.
Achei que a culpa era dele, mas, percebi depois, a culpa foi minha.
Tinha escolhido mal o “sócio”.
Depois comecei a dar explicações.
Todos os dias.
Muitas explicações.
Muitas horas.
Muitos anos.
Aprendi dos 15 aos 20 anos que ganhar dinheiro dá mesmo muito trabalho.
A primeira empresa, no papel, veio com os meus 22 anos.
Concept Solid – Soluções de Engenharia.
Escritório no Castêlo da Maia
4 sócios.
Recomendados pelo LinkedIn
Nessa altura já era Director de Engenharia de uma Fundição em Águeda.
O dia a dia era simples:
Vivia no Porto e saía de casa ás 7.
Entrava ás 8.
Saía ás 19.
Na viagem de regresso parava sempre em Antuã.
Reclinava o banco e dormia.
Meia hora depois seguia viagem.
Até ao McDrive da Maia para comer.
Chegava depois ao “meu” escritório ás 21
Saía ás 2 da manhã.
Adormecia ás 3.
No dia seguinte repetia.
E no outro
E em quase todos os dias do ano.
Durante três anos.
Mega aprendizagem.
Muito trabalho, pouco dinheiro.
Fechamos por fim a empresa.
Dizem que se ao fim de 3 anos a tua empresa não dá dinheiro, é porque é um hobby.
Não ganhei dinheiro, mas ganhei coisas mais importantes.
Sabedoria.
Sabedoria para começar outra vez.
Até hoje.
Ainda não abri 10 empresas.
Mas já abri 6.
Devo estar, estatisticamente, mais próximo do sucesso.
Apesar das quedas no caminho não me lembro de me ter magoado.
Já parti uma clavícula, mas isso foi a andar de bicicleta.
De resto só dores de cabeça e noites mal dormidas.
Nas empresas é tipo levanta-te e ri.
Mas continuo a achar que vale a pena
Porque sou movido a paixão.
E sou feliz muitas vezes
Ainda sinto borboletas na barriga sempre que tenho uma ideia.
Ou sempre que pressinto um crescimento de negócio.
Começar é bom, mas não chega.
Muitas vezes tens de recomeçar na tua própria empresa.
É aí que tens de respirar fundo.
Custa muito, mas é vital.
Na outglocal já recomeçamos muitas vezes.
Somos uma start-up com 12 anos.
Sempre a recomeçar.
Nunca nada está ganho.
Adormeces e já foste.
Recomeçar é algo subvalorizado.
Devia haver uma palavra em inglês para isso.
Se houvesse, até parecia que tinha mais glamour.
Tipo: Re-Startup
Existem no entanto outras palavras que dizem a mesma coisa.
A mais comum é provavelmente o Re-inventar.
Tens de te “re-inventar” diz-se muitas vezes.
Porque não chega criar algo novo.
Tens de o recriar algumas vezes.
Ou as vezes necessárias.
Até ao fim.
Momento Crypto
Estou cansado de tentar advinhar o mercado.
Tal como escrevi anteriormente vejo este Inverno Crypto como aquele em que quero manter a cabeça fria e investir de forma firme e sensata.
Estou a apostar no Longo Prazo.
E sendo difícil tentar advinhar o mercado, é por isso difícil decidir o momento em que deves entrar no mercado. O momento em que deves comprar ou o momento em que deves vender.
Nesta altura estou comprador e existe algo que tenho por convicção: o mercado está em baixa e irá subir a longo prazo.
Optei por isso por uma estratégia de DCA (Dollar Cost Average).
E o que é que isto quer dizer?
A DCA é uma estratégia de compras automáticas e regulares independentemente do preço. Esta estratégia elimina-me o esforço para tentar monitorizar e analisar o mercado constantemente e dá-me paz de espírito. Nesta altura invisto a mesma quantia de dinheiro semanalmente, independentemente do preço.
A lista de activos nas quais invisto semanalmente são:
Bitcoin / Ethereum / Cardano / Solana / Avalanche / Polygon
Chainlink / Cronos / Cosmos / Algorand
Lifestyle
Sempre fui amante de revistas de Lifestyle. Inspiro-me com artigos recheados de design, arquitetura, espaços e tendências.
Durante anos devorei a Wallpaper. Mais recentemente a Monocle; provavelmente a minha favorita hoje por hoje.
Estas férias gostei de me cruzar com a IDEAT. Uma revista francesa, menos globalizada, mas cheia de bom gosto.
Merece a pena espreitar.
Contemporary Lifestyle, parce que la vie avec du style , c’est chic!
Som
OUT! não é OUT! sem uma proposta musical.
Loose your Senses - Cubicolor
É abrir o spotify e colocar logo um coração verde.
Entretanto fico-me por aqui hoje.
Já vou na quarta e para a semana meto a quinta.
O desafio das 21 semanas mantém-se vivo.
Se gostaste, faz like e partilha.
That’s it.
Leading Technology Teams at TUI to Optimize Value Creation | MBA & Engineer
2 aLearn; Share Knowledge; Repeat; Incrível como continuas neste circulo virtuoso. Obrigado pela partilha, e estou em pulgas para os próximos.
Administrador na Trapo Farrapo
2 aComo sempre maravilhoso 🙏👌
Professor na Ministério da Educação
2 aA criatividade na ponta da "pena" continua a levar-te para registos que adoro... Estou a gostar👌.Espero anciosa pelo próximo ❤️