Ouvir os times e aprender continuamente é essencial para gerenciar mudanças

Em janeiro, iniciei uma nova jornada na Microsoft como Vice-Presidente de Vendas, Marketing e Operações para a América Latina. Com este novo desafio, que significou um marco importante na minha carreira, tenho pensando muito em mudanças, e como são um fator inevitável no ciclo de vida de qualquer pessoa ou empresa. E como, independentemente de sua condição, mercado, setor ou história, mudanças bem gerenciadas permitem que pessoas e empresas cresçam e alcancem todo o seu potencial.

Ao longo da minha carreira, aprendi que, para ter sucesso em qualquer mudança, o mais importante é manter um espírito de aprendizado constante que valorize a curiosidade na execução e interação com as pessoas. Percebi que quando se trata de gerenciamento de mudanças, manter uma atitude aberta em relação à adaptação contínua, treinar em vez de inspecionar, e ouvir antes de tomar decisões permitem que todos possam ser sua melhor versão. Além disso, esse gerenciamento de mudança e liderança é uma via de mão dupla, pois alavanca o que aprendemos e transforma propostas internas e ideias em projetos que podemos replicar com nossos clientes e parceiros.

Eu aprendi que uma das principais estratégias para realizar o gerenciamento de mudanças de forma eficaz é estar próxima de nossas equipes onde quer que estejam. Realmente ouvi-los e entender suas demandas e, o mais importante, buscar se tornar um modelo para as pessoas, para que a mudança possa repercutir dentro de toda a equipe. Tornar-se um modelo da mudança é fundamental, caso contrário não há confiança, credibilidade e nada se torna sustentável ao longo do tempo. Claro que tudo isso tem que vir acompanhado de visão estratégica, capacidade de execução ou questionamento de como usaremos o que aprendemos para implementar as estratégias certas para nossos mercados e gerar impacto.

Nesta nova função, uma das minhas prioridades é visitar todas as nossas equipes das subsidiárias da Microsoft na América Latina, ouvir sobre como nossa estrategía global ou regional tem impacto local, y aprender com isso. Tem sido muito importante entender suas necessidades para que todos possamos crescer juntos profissional e pessoalmente. Em todas as visitas, eu converso também com alguns de nossos parceiros locais e ouço com muita atenção o que eles têm a dizer, pois acredito que eles são a espinha dorsal de nossa empresa e nos ajudam a evoluir.

Nestas visitas também pude ver como estamos evoluindo em nossa própria transformação cultural. Diversidade e Inclusão (D&I) são prioridades e pilares importantes da cultura da Microsoft, porque são fundamentais para o sucesso de nossos negócios. Somente com uma equipe diversificada e que representa a sociedade, podemos desenvolver soluções inovadoras para atender às necessidades de nossos clientes. É essencial ter uma cultura inclusiva e ouvir diferentes pontos de vista para desafiar e expandir nossas ideias e melhorar as experiências de nossas equipes.

Viajar pela América Latina tem sido uma experiência rica e um aprendizado incrível dos aspectos e culturas locais de cada país, sobre a jornada de transformação de nossa própria cultura como companhia, e principalmente, pessoas e equipes maravilhosas que continuo encontrando ao longo do caminho. O tempo que passei com o time na Argentina foi realmente incrível, me senti muito inspirada pela grande resiliência em concentrar esforços para fazer a diferença, e pelas discussões que tivemos sobre a necessidade de trabalhar em conjunto com uma mentalidade de aprendizado constante. No Brasil, continuo aprendendo sobre como a equipe de D&I já faz parte da agenda com nossos clientes para compartilhar experiências e discutir sobre como podemos evoluir a uma cultura de trabalho mais diversificada e inclusiva. Na Costa Rica, tive o prazer de encontrar Douglas Neres, um colega querido e líder do grupo “Blacks at Microsoft” (B.A.M.), e conversamos sobre como a equipe de lá está avançando na jornada de D&I e liderando o capítulo de BAM na América Latina. No Chile, pude ver como a equipe está empenhada em alavancar nossa tecnologia para beneficiar a sociedade. Também tive o privilégio de viajar para a Colômbia e participar do Fórum Econômico Mundial (WEF) em Cartagena com a equipe local, onde pudemos aprender juntos e discutir sobre como a democratização da tecnologia e a promoção da inclusão são essenciais para garantir que todos tenham o mesmo acesso às oportunidades.

Enquanto estive no Peru e em Porto Rico, pude conhecer pessoalmente as equipes das regiões do Sul e do Caribe e ter uma discussão produtiva sobre o gerenciamento de mudanças e quais estratégias são necessárias para torná-las mais eficazes. Por último, mas não menos importante, no México, tive a oportunidade de me encontrar com membros e representantes da GLEAM (comunidade LGBTQ+ da Microsoft), para que eles pudessem compartilhar suas necessidades e aspirações por um ambiente mais inclusivo. Também lançamos um laboratório de Inteligência Artificial na Cidade do México, como uma nova iniciativa promovida pela equipe local, que demonstrou o growth mindset ao desenvolver um projeto em que jovens podem adquirir as habilidades necessárias para o futuro.

Estes são apenas alguns dos muitos exemplos de porque eu acredito que as pessoas precisam estar no centro de tudo que fazemos como empresa. E por essa razão tenho me concentrado em aprender e investir tempo em nossas equipes na América Latina e em parceria com todos os times globais da Microsoft.