Facilidade ou Segurança?
Escutamos muito se falar em cultura da empresa. Afinal o que é isso?
A Cultura de uma Empresa são valores e comportamentos compartilhados pelos integrantes de um grupo. Estes valores e comportamentos tendem a ser o espelho das pessoas que fazem parte de sua empresa.
Algumas coisas você precisa saber com certeza: mudança de pessoas na empresa podem trazer mudanças sua cultura, pequenas ou grandes, dependendo da quantidade de mudanças e quão alinhada é esta cultura.
Esta cultura também sofre influência do mundo externo: as leis, os regulamentos, o clima do mercado, etc.
Mas lembre-se: tudo aquilo que não é controlado pode chegar a qualquer resultado. Como escreveu Paulo Coelho em Diário de um Mago: “Um barco sem ninguém no leme tende a se enroscar na primeira curva do rio”.
Cabe a quem está no comando, preservar e divulgar os valores e os comportamentos esperados e alinhados com os objetivos e resultados a serem alcançados.
Deve se ter cuidado com os preciosismos, e querer impor situações para apenas fortalecer o seu ego, e perder o foco dos objetivos.
Também devemos cuidar muito da burocracia da empresa, para que ela não fique “travada”, perdendo-se tempo precioso e aumentando os custos de forma desnecessária.
Devemos em cada situação decidir qual caminho seguir, lembrando que existem duas situações que não convivem juntas: Facilidade e Segurança.
Toda vez que decido por uma linha de facilidade, estou abrindo mão da segurança, e quando escolho a segurança estarei abrindo mão da facilidade.
Um procedimento de pagamento de fornecedores não deve ser um processo fácil, mas sim um processo seguro, pois isto pode afetar o desempenho e resultado do negócio.
Também não confunda segurança com complicação. Se existir várias formas de se fazer alguma coisa, a mais simples com certeza será o melhor caminho. E simples também não significa fácil.
Uma regra básica de segurança é a seguinte: quando um faz, um outro confere.
Normalmente, quando abrimos mão da segurança, estamos também abrindo mão do controle.
Existem coisas a serem controladas na empresa, então não combina com facilidade.
Vou citar um exemplo de um fato que aconteceu em meus trabalhos: Um empresário estava preocupado com o número de fotocópias de documentos tiradas na empresa, achando que estava havendo um desvio de conduta dos funcionários, tirando fotocópias particulares de modo furtivo. Pediu que se fizesse um controle apurado disso, e que houvesse alguém controlando. Mostrei a ele que o custo do controle sairia mais caro do que se fossem tiradas 10.000 fotocópias por mês, e o consumo atual era de aproximadamente 1.500 fotocópias. Minha sugestão era que se colocasse o equipamento em um local público a vista de todos, o que iria inibir os que estivessem agindo de forma indevida, além de se fazer uma campanha de conscientização.
Vejo muitos controles desnecessários sendo feitos, enquanto outros extremamente importantes estão relegados a facilidade. Chamo isso da política de “tropeçar em formigas e passar por cima de elefantes”.
Como está a sua empresa?
Especialista em Desenvolvimento Profissional e Negócios
8 aAdorei a colocação “tropeçar em formigas e passar por cima de elefantes” É verdade que deixamos de nos preocupar com o que realmente importa e gastamos energia no dia a dia no que não deveria. Por isso é importante ter clareza de qual objetivo deseja alcançar e quais os passos fundamentais para que isso aconteça, tempo a equipe como parte colaborativa.