Paixão pelo que faço
Recentemente li o livro “TED – Falar, convencer, emocionar”. Não é do tipo que me encanta, mas me indicaram e valeu a leitura.
Não me encanta por um motivo simples: parece mais marketing de consumo forçado do que conhecimento de valor. Admito, preconceito com capa, título, etc. Contudo, o livro me surpreendeu positivamente pois trata de uma questão chave para qualquer gestor ou organização: saber comunicar com efetividade. Uma competência que preciso desenvolver muito ainda.
Uma das principais mensagens do livro é falar com o coração. Essa dica é valiosa, pois não adianta querer comunicar algo que você não acredita. Ser apaixonado pelo trabalho pode parecer estranho. Muitas pessoas me questionam que trabalho muito. A velha piadinha de "trabalha para viver ou vive para trabalhar".
Eu me questiono as vezes, afinal abro mão de momentos com família e amigos. Mas curiosamente, me arrependo pouco da escolha pelo trabalho, pois acredito no que faço.
Ter envolvimento com o trabalho é essencial para se movimentar. Você pode trabalhar com temas áridos, fazer coisas chatas, mas no fundo precisa acreditar no que faz. Entender o tal propósito maior e se apaixonar pelo trabalho.
Vou dar quatro exemplos de passagens minhas com objetos distintos, tarefas chatas e tentar explicar minha paixão:
- Unidade de Indicadores – Monitoramento & Avaliação – Gestão por resultados: fiz parte do sonho de “Tornar Minas Gerais o Melhor Estado para se Viver”. Acreditei (e ainda acredito) que introduzir essa cultura de gestão por resultados tem alto impacto no Governo. Isso foi um combustível de grande valor que me engajou vários anos. Jornadas de 12h para fazer apresentações gerenciais, fazer documentos de transparência de resultados, muitos processos chatos e rotinas maçantes de planilhas e documentos padrões em ciclos repetidos. Clique aqui e veja mais sobre isso;
- Mineirão – parceria público privada: economizar milhões de reais em um modelo mais eficiente e um contrato mais inteligente para a sociedade. Uma jornada que fiz parte e na qual enfrentei muitas resistências, e graças a um grupo comprometido, conseguimos avançar. Me envolvi tanto com o tema que o estádio virou uma paixão, uma curiosidade e um tema que dá prazer. Nessa parte da minha carreira 12h era pouco e além de um nível de stess absurdo, várias tarefas chatíssimas faziam parte da rotina. Mas a paixão estava lá, existia um propósito e um time envolvido;
- Museu de Arte do Rio - Instituto Odeon: um trabalho de ajudar no planejamento estratégico de um equipamento novo e icônico para a capital carioca que virou uma causa voluntária: ajudar na gestão do terceiro setor e no modelo de parceria para equipamentos culturais. Mais uma vez paixão grande com propósito ligada a prover serviço de maior qualidade, fomentar cultura e ter modelo eficiente para sociedade. Aqui uma dedicação voluntária nos e-mails de madrugada, reuniões de Conselho e horas dedicadas ao sonho do Instituto Odeon. Amigos e pessoas que acreditam dão força na jornada e as tarefas chatas estão junto com a paixão (adivinha quem passou a adorar ainda mais visitar Museus);
- Marketplace Agro – CBC Negócios[.com.br]: startup Agtech com missão de conectar quem compra e vende commodities e insumos agrícolas. Missão mega desafiadora. Um hábito novo, um mercado que não conhecia, e acredite se quiser me envolvi e apaixonei tanto pela parte de estratégia e tecnologia de um marketplace e cada vez mais conheço e respeito o mundo Agro (a ideia de plantar milho já passou algumas vezes pela cabeça...rs). Uma agenda cool com muita pressão, planilhas e assuntos Hiper chatos (tem que pegar pra fazer muita coisa na mão). Muitas noites em claro pensando em como ajustar o modelo para criar tração, mas acreditando que se está construindo. Clique aqui e veja mais sobre isso.
Bem, poderia citar outras tantas paixões, shoppings, loteamentos, educação, indústrias e comércio. Na medida que a gente começa, se envolve. Na medida que se engaja e se joga no trabalho, se apaixona. É um ciclo virtuoso. Um ciclo de empreendedor, independentemente de ser dono.
E são todas paixões. Podem passar, mas foram marcantes. Fizeram parte da sua vida e definem quem você é e como mudou o mundo.
Espero que o texto te ajude a ver paixão no seu trabalho. Se curtiu, compartilhe com amigos, e ajude a disseminar esse engajamento que muda a vida de todos: profissionais clientes e cidadãos.
Esse artigo não publiquei no blog, mas deixo convite para conhecer, registre seu email e receba posts com reflexões e dicas de leituras uma vez por semana (essa é a meta!)
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7 aSe apaixonar pelo que fazemos é diversão todos os dias. Onde muitos ver obrigação vemos satisfação em ver a perfeição.