Palestrar é preciso. Lecionar não é preciso.
Não, este não é um texto sobre “pesos e medidas” acerca de dar aula e ministrar workshops e palestras. Eu mesma trabalho com ambas as vertentes e sou apaixonada pelas possibilidades que elas trazem. No entanto, trago essa adaptação singela do poema de Fernando Pessoa, para alertar sobre um elemento que muitas vezes negligenciamos no processo de educação - que isso toma ainda mais força no ambiente corporativo - estou falando da precisão.
Quando Pessoa fala que “navegar é preciso, viver não é preciso”, ele está se referindo sobre o quão operacional é a navegação frente à vida (que obviamente é necessária). Da mesma forma, quero chamar atenção para o fato de que muitas vezes nós, como professores estamos simplesmente replicando materiais. Sem levar em conta que, mais do que uma apresentação, nosso papel frente a essa atividade está em trazer nosso conhecimento APLICADO a realidade de quem nos contratou.
Recentemente fui convidada a dar uma aula sobre Discovery Product. Recebi um material pronto, bastavam algumas adaptações e “voila”. Acontece que eu já havia interagido com a turma antes e sabia que aquele recorte operacional e cheio de frameworks de trabalho, não condiziam com a realidade prática daqueles profissionais.
Ainda que todo o conhecimento seja válido, na educação corporativa não temos tempo a perder: é preciso ser útil.
Frente a esse cenário, botei em prática algo que tenho exercitado com frequência: a adaptação livre de conteúdo. E como fazer isso de forma mais eficiente? Para mim, são os seguintes pilares:
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Nesse caso que contei acima, após o meu bom dia, os alunos receberam um breve: “pessoal, Discovery product é isso. Mas, mais do que isso acredito que precisamos de bases focadas nos conceitos de Liderança Disruptiva, isso indiretamente vai nos levar aos pilares necessários do Discovery. Quem quiser saber algo mais operacional, me acione por e-mail que eu disponibilizo materiais e fico à disposição”. De 20 alunos, um me pediu um material extra sobre MVP e tudo certo.
3. Quando o assunto é o melhor para o aluno, às vezes será necessário pedir desculpa e não com licença. Nossos alunos são nossos clientes e devem ser colocados ao centro. De maneira clara e respeitosa por todos os lados.
Em tempo: palestras são recursos mais roteirizados onde fica mais difícil de usar os pilares acima. Mas, isso, de forma alguma significa algo metodologicamente “retrógrado” ou ineficiente. Palestra não pode ser chata por ser mais padrão. Ela igualmente precisa tocar. Nesse sentido, aproveito a sexta-feira para deixar duas dicas para vocês: Dado Schneider e Deh Bastos , cujas palestras sobre gerações e criatividade me tocaram profundamente no último mês.
A flexibilidade na estruturação de treinamentos corporativos não é apenas uma vantagem, mas uma necessidade para as empresas modernas. Ao adaptar-se às mudanças de maneira ágil e direcionada, as organizações podem se manter à frente da curva e garantir que sua força de trabalho esteja preparada para os desafios do amanhã.
Compartilhe suas ideias nos comentários ou envie uma mensagem direta. Juntos, podemos explorar como a flexibilidade pode transformar a maneira como encaramos o aprendizado. Vamos construir juntos uma cultura empresarial que abraça a flexibilidade e colhe os frutos de colaboradores capacitados e motivados! 🚀📚
Executivo Sênior e Especialista em Marketing, Digital & Growth | Professor e Palestrante
1 aÉ a diferença entre dar aula e ser professora 😉