A pandemia, o Digital e o Tempo.
O paradigma da relatividade do tempo nunca foi tão visceral quanto na pandemia, a percepção de que o tempo é relativo ficou muito mais evidente na pandemia.
A percepção de tempo de trabalho por exemplo foi sentida em larga escala durante a pandemia, empresas do mundo inteiro discutem saúde mental, burnout e todos os impactos que trabalhar de casa na pandemia pode causar num colaborador, se antes a percepção do tempo trabalhado era impactada pela rotina de locomoção, transporte público, alimentação e relacionamento social no ambiente de trabalho, na pandemia as constantes rotinas geraram um impacto nessa percepção de tempo, dias da semana são facilmente confundidos num contexto onde as jornadas de início e fim de trabalho se confundem, feriados por exemplo tiveram menor impacto durante a pandemia, até as comemorações de fim de ano tiveram seu impacto positivo comprometido.
A rotina de diversos brasileiros foi afetada pelas restrições na pandemia, isso sem falar dos dilemas periféricos como: política, economia, saúde e sociedade.
Einstein traz a brilhante reflexão de que o tempo sofre impactos significativos pela gravidade, sendo o tempo uma percepção de sentidos e variáveis.
Um teste muito famoso que exemplifica bem isso é o dos relógios atômicos (são relógios de incrível precisão) em altitudes diferentes que eventualmente mostrarão horários diferentes (essa diferença é percebida em nanossegundos) quanto mais próximo o relógio está da terra, mais lentamente o tempo passa e quanto mais se distancia maior será a aceleração do tempo.
O tempo é relativo seja no campo físico ou na percepção do cotidiano das pessoas que sequer estudaram a teoria geral da relatividade.
Um relatório do App Anie informou que o TikTok (rede social de vídeos curtos) ultrapassou o youtube em tempo médio gasto com vídeos no Reino unidos e nos EUA.
Apesar de ter mais usuários do que o TikTok, o YouTube perde em tempo médio individual gasto no aplicativo. De acordo com a App Annie, a plataforma chinesa está “revirando o cenário de streaming e social”,
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A Dra. Julie Albright compara o efeito obtido nos shorts vídeos e a constante carga de dopamina obtida com o uso de drogas, o artigo com o nome Digital crack cocaína: a ciência por trás do sucesso do TikTok é bem interessante vale a pena ler.
Marshall McLuhan é famoso pela célebre frase de que o “meio é a mensagem”, um equívoco comum é interpretar a internet/digital como apenas um canal portador de uma mensagem, a transformação da cultura através da internet/digital e seus produtos vai muito além da mera migração do analógico para o digital.
Se de um lado temos uma grande preocupação com os impactos do mundo digital na vida das pessoas, do outro fica claro que qualquer empresa que deseja liderar o mercado em que atua precisa pensar digitalmente, entender que cada vez mais se faz necessário ser digital, prático e objetivo na comunicação com seus clientes.
Basta olhar a lista das empresas mais valiosas do mundo, todas investem pesado em tecnologia/digital e inovação, um case interessante é o da Tesla que tem mudado a relação das pessoas com seus carros, transformando literalmente carros em gadgets digitais.
A percepção de tempo no mundo digital é completamente comprometida pelo contexto, tente comparar quanto vale uma hora assistindo uma aula digital e quanto vale uma hora rodando o feed de um app de mídias sociais, uma dica veja no relatório de uso semanal do seu smartphone e perceba quanto tempo gasta com seus apps.
Pense nos impactos do metaverso que bate à porta e que certamente vai mudar completamente a forma que indivíduos vivem entre o mundo físico e o digital.
E você como tem lidado com as transformações do mundo digital? Qual a sua percepção sobre o metaverso? Como isso impacta e impactará os negócios das empresas?