Panorama Econômico / 5ª Semana de Julho
Na semana passada os Bancos Centrais estrangeiros tiveram papel relevante no noticiário e movimentaram os mercados.
No ambiente internacional os juros foram elevados. Nos EUA, o FOMC, comitê de política monetária do FED, subiu a taxa de juros em 0,25 pontos porcentuais e indicou estar próximo do fim do aperto monetário. Juntamente com dados promissores do PIB, com crescimento acima do esperado e PMI (Índice de gerente de compras) indicando expansão da atividade econômica. A inflação corporativa, medida pelo PCE, indicador usado pelo FED para política monetária, veio em linha com o esperado e não trouxe surpresas negativas.
Na Zona do Euro, também sem surpresas, acompanhamos o acréscimo de 0,25 pontos percentuais nas suas taxas de juros, e melhora nos dados econômicos. A divulgação da prévia do PIB foi acima do esperado, juntamente com a prévia da inflação que ficou abaixo do esperado. Esses dados trazem também otimismo para o final do ciclo de aperto monetário.
Com este cenário, as bolsas continuam subindo, com a expectativa dos investidores de menores juros e uma atividade econômica que irá favorecer o desempenho das empresas.
No Brasil, tivemos a divulgação da prévia da inflação e o IPCA-15 com resultado abaixo do esperado. Com queda de 0,07%, é esperado 0,01% de inflação em julho e aceleração em 12 meses (por conta da saída de série dos meses com deflação da gasolina de 2022) para 3,89%, antes 3,17%.
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Além da boa divulgação de inflação, a Fitch, agência internacional de avaliação de crédito, elevou a nota de crédito do Brasil de “BB-” para ‘BB’. A elevação reflete desempenho macroeconômico e fiscal melhor que o esperado.
Com a divulgação, os juros futuros mais curtos caíram enquanto os longos subiram por conta do ajuste da expectativa no exterior.
Nessa esteira de melhora de crédito, a expectativa é de aumento do fluxo de dólar, o que já trouxe ânimo aos mercados e valorizou o Real frente às demais moedas.
Para esta semana temos reunião do COPOM - Comitê de Política Monetária, para decidir sobre a trajetória dos juros no Brasil. A expectativa é de queda dos juros em 0,25 pontos percentuais, levando a SELIC para 13,50% ao ano.