Panorama Econômico Mensal | Novembro de 2024

Panorama Econômico Mensal | Novembro de 2024

O cenário eleitoral norte-americano dominou as manchetes e influenciou os ativos globais em outubro. A maior probabilidade de vitória do Republicano Donald Trump mudou as perspectivas dos investidores e trouxe mais volatilidade aos investimentos de risco.

As propostas agressivas de deportação histórica de imigrantes ilegais, a redução dos impostos para as famílias e empresas dos Estados Unidos e o aumento das tarifas de importações, principalmente vindas da China, aumentam o receio de maior fragmentação global, além do maior déficit nas contas públicas, o que faz pressão na inflação global.

A resposta dos investidores foi projetar inflação maior e, consequentemente, juros maiores nos próximos anos. A alta generalizada dos juros não corresponde ao cenário atual de perda de força do mercado de trabalho e possíveis cortes de juros pelo FED. Os juros para além de dois anos, ficaram acima dos 14%.


O ambiente de maior inflação global e consequentemente mais juros fortaleceu ainda mais o dólar, que subiu de forma generalizada. O dólar contra as moedas das principais economias, medido pelo índice DXY, subiu 3,18% e, como destaque, tivemos a desvalorização do iene frente ao dólar.


No ambiente doméstico, a ausência de planos claros para a resolução do descontrole fiscal, aliada à força do mercado de trabalho e da atividade econômica, fez com que as revisões para inflação, atividade econômica e juros subissem semana após semana.

Os juros futuros, que mostram as expectativas dos agentes em vários anos, ilustram bem o sentimento para a economia brasileira.


Com o dólar mais forte e a desancoragem das expectativas dos agentes em relação à inflação e aos juros, o real passa a ser a 3ª moeda mais desvalorizada das 27 economias acompanhadas.

O sentimento global resultou em fluxo negativo dos investidores também na bolsa brasileira, com segundo mês seguido de vendas.


O cenário futuro sempre foi incerto, contudo, as projeções tendem a ter mais disparidades devido às discordâncias entre analistas com relação aos impactos das políticas do futuro presidente norte-americano. O que fortalece a diversificação e a perseverança na Asset Allocation relacionado ao perfil de risco de cada investidor. 

A diversificação continua sendo o melhor caminho, entretanto, oportunidades podem surgir com ambiente mais volátil.





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Nada neste relatório constitui indicação de que a estratégia de investimento ou recomendações aqui citadas são adequadas ao perfil do destinatário ou apropriadas às circunstâncias individuais do destinatário, e tampouco constituem uma recomendação pessoal. 

Este relatório possui caráter informativo, não constitui material promocional e não foi produzido como uma solicitação de compra ou venda de qualquer ativo ou instrumentos financeiros relacionados em qualquer jurisdição. Os dados que aparecem nos gráficos referem-se ao passado, e a rentabilidade obtida no passado não representa garantia de rentabilidade futura. Os preços e demais informações contidas neste relatório são críveis e dignas de confiança na data de publicação do mesmo e foram obtidas de uma ou mais das fontes que seguem: (i) fontes expressas ao lado da informação; (ii) preço de cotação no principal mercado regulado do valor mobiliário em questão; (iii) fontes públicas confiáveis; ou (iv) base de dados da Unicred. 

Também não tem o intuito de ser uma declaração completa ou um resumo sobre os ativos, mercados ou estratégias abordadas no documento. Em todos os casos, investidores devem conduzir suas próprias investigações e análises antes de proceder ou deixar de proceder qualquer ação relacionada aos valores mobiliários analisados neste relatório.


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