PAPEL DO SALVADOR: Deixe-me ajudar você! Será que encontramos o herói da história?

PAPEL DO SALVADOR: Deixe-me ajudar você! Será que encontramos o herói da história?

Vamos conhecer o papel do SALVADOR, será que ele é o herói dessa história? Estamos conhecendo os papéis que compõem o TRIÂNGULO DO DRAMA, de Stephen Karpman, uma série de vídeos sobre o tema Relações Interpessoais, primeiro conhecemos a vítima, depois seu algoz, o perseguidor e chegamos ao terceiro papel: o SALVADOR!

Os papéis são assumidos pelo eu interno em situações de conflito e no qual as pessoas buscam refúgio na zona de conforto evitando assim resolver seus próprios problemas e enfrentar as dificuldades da vida.

Para que o Salvador tenha função neste triângulo dramático é preciso que tenha qual papel? A Vítima. O Salvador fala: "Deixe-me ajudá-la", assumindo seu papel de herói. Percebe rapidamente uma situação de injustiça e escolhe o lado mais fraco para se posicionar, é claro, o da Vítima. 

O Salvador tem pena da vítima e raiva do perseguidor e se culpa se não ajudar. Ainda assim, ajudar tem efeitos negativos pois mantém a vítima dependente, reconhecendo sua incapacidade e dá a vítima permissão para falhar.

Ao desempenhar esse papel o salvador concentra sua energia em alguém, ou seja, direciona sua atenção para o mundo externo o lhe permite ignorar a sua própria ansiedade e seus problemas. O verdadeiro interesse é realmente evitar resolver seus próprios problemas disfarçados de preocupação para as necessidades da vítima.

O salvador sempre acha que precisa ajudar, mesmo que ninguém lhe peça ajuda. O que tenta é se fazer necessário para os demais e fomentar, assim, a dependência.

Sabe aquele chefe que fala: Não se preocupe, deixe que eu resolvo por você? Esse é o salvador em plena atuação do seu papel.

Vamos a um exemplo prático:

Lembram-se da vítima perseguida pelo ex-namorado no exemplo que utilizei nos vídeos anteriores? Sabe aquele amigo, colega ou familiar que diz ao outro tudo que ele tem a fazer para resolver seu problema? Sim, essa pessoa é o Salvador dizendo como o outro deve agir, diz que está do seu lado, leva até a delegacia, insiste para a pessoa mudar de companheiro, de casa, de bairro, de cidade, as vezes até compra a passagem para o outro.

No exemplo do filho de 07 anos que estava tentando amarrar seu tênis e seu pai diz, vamos logo com isso, você já tem 07 anos e ainda não sabe fazer isso, vai aprender quando, esse menino não faz nada direito. A mãe fica com raiva do pai, sente pena da criança e amarra o tênis do filho sem que ele tenha pedido sua ajuda. Ainda que sua intenção tenha sido positiva, a mensagem é um reforço à posição de vítima e a incapacidade...A criança pode entender... “minha mãe também me acha incapaz, nem pedi ajuda e veio aqui amarrar meu tênis”!

Toda vez que jogamos temos como finalidade preencher carências ou vazio interior de maneira disfuncional e agindo em benefício próprio.

Na próxima semana vou repassar dicas para você poder sair desse conflito. Quais atitudes cada papel precisa desempenhar para não retroalimentar o papel do outro e vice-versa.

Caso esses papéis tenham despertados dúvidas, insights ou contribuído para o seu autoconhecimento, será um prazer ler suas considerações.

Deixa seu comentário, suas dúvidas e compartilha com os amigos e familiares para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento e funcionamento das relações humanas no intuito de melhorar a convivência e o autoconhecimento.

Um grande e afetuoso abraço.


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