Para fazer não é preciso querer ser?
Uma formação serve essencialmente para nos valorizarmos e abrirmos as nossas percepções

Para fazer não é preciso querer ser?

Quando aprendeu a andar de bicicleta foi para ser ciclista? Perguntaram-lhe isso?

E quando foi tirar a carta de condução, foi para ser motorista? Perguntaram-lhe isso?

E quando começou a praticar desporto, foi para seguir carreira? Perguntaram-lhe isso?

E se frequenta o ginásio, é para ser instrutor ou desportista full time?

Calculo que as respostas tenham si todas elas negativas. Vamos aprender e fazer coisas para nos valorizarmos, para ter corpo e mente saudáveis e ajudar-nos a ter mais sucesso e bem-estar na vida.

Por ser tão gratificante, as pessoas pensam em assumir-se como coaches profissionais

Acontece também com uma formação em coaching. Vai fazer para se valorizar em toda a sua dimensão humana, seja a pessoal e privada ou profissional e mais pública. Não precisa de tornar-se coach de profissão. E pode também pensar na inteligência emocional, na PNL, no reiki, na hipnose, etc. Este conhecimento adquirido serve em essência para acrescentar valor a si mesmo/a, para autoconhecimento, para adicionar competências paralelas ao que faz actualmente.

Portanto, quando vai fazer uma certificação em coaching não pense que será para ser coach. Porque antes disso há processos pessoais importantes. Mudar os padrões mentais, mudar a mentalidade, abrir perspectivas. Sobretudo a organizar melhor a raciocínios, conversas, encontros, reuniões, entrevistas, assuntos. O coaching tem uma estrutura simples e intuitiva que serve para todos os contextos. Ajuda-o/a a ter mais foco, a identificar o que é importante, a ter mais confiança e certeza no que quer. A dizer ‘não’ mais vezes. Acima de tudo, ajuda-o/a uma pessoa menos vulnerável a opiniões e mais focada na sua vida.

Claro que, por ser tão gratificante este conhecimento, as pessoas pensam em assumir-se como coaches profissionais, muitas delas não sabendo que o caminho talvez não seja esse. Muitas delas não sabendo que há um percurso a fazer.

Afinal, qualquer profissão requer mestria. Recorde a teoria bem consistente das 10.000 horas, proposta pelo psicólogo sueco Anders Ericsson, nos anos 1990. Mais tarde, em 2008, Malcolm Gladwell publicou esse conceito no livro Outliers

Em conclusão, fazer um curso de coaching não implica ser coach, apesar de sentir mudanças em si, nas suas percepções e na sua linguagem. De alguma forma, os valores e princípios do coaching ficam entranhados. Concentre-se na sua valorização. Quanto a isso de se tornar coach profissional é outro assunto. Pode fazê-lo, mas não é algo rápido e imediato.

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Para consulta e reflexão, Coaching core. o momento pode ser agora, agora é o momento...

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