Para não esquecer
Em meio às notícias desalentadoras de vários cantos do mundo e ao propósito deliberado de parcela de brasileiros no sentido de acentuar a perigosa polarização da opinião pública como instrumento de lavagem de reputações e revisionismo da História do Brasil nos últimos vinte anos, é fácil esquecermos que a escolha de que seremos solicitados a fazer daqui a algumas semanas será determinante para que o País mantenha (ou abdique de vez) uma trajetória segura de crescimento no desafiador cenário em que nos encontramos.
É oportuno lembrarmos que o Brasil hoje ostenta, na contramão de países desenvolvidos e dos nossos irmãos do continente, indicadores que apontam o acerto de políticas sociais e econômicas que nos descolaram do concerto de nações.
Mesmo em meio à estupidez generalizada do "fique em casa" o Brasil não deixou a economia para depois e, diante de adversidades políticas e jurídicas diárias, agiu para que superássemos rapidamente as inúmeras (e altamente questionáveis) restrições impostas no período pandêmico. Os resultados são visíveis: deflação acumulada em vários setores, ampliação da rede de proteção aos mais desassistidos, desburocratização da máquina pública, modernização de leis que regem a atividade produtiva, segurança previdenciária, criminalidade decrescente.
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Para nós, o que melhor reflete esse acerto é o fato de que mais de 10 milhões de brasileiros viraram donos do próprio negócio, constituindo-se Microempreendedores Individuais (MEIs). Ou seja, libertando-se dos grilhões de uma legislação trabalhista retrógrada, mais e mais pessoas viram no empreendedorismo a chave para se desenvolver e, de quebra, gerar renda e divisas.
Há mais por fazer, a começar pela urgente racionalização da máquina administrativa para corrigir injustas distorções entre trabalhadores do setor privado e público e implantar, quanto a estes, regimes de metas e desempenhos para que possam bem servir ao povo. Igualmente urgente é a reformulação do cipoal tributário que estrangula as empresas e pune os consumidores. Porém, para que isso ocorra é fundamental que o brasileiro saiba distinguir, dentre aqueles que pedem o seu voto, quem efetivamente está empenhado em assegurar liberdade e confiança para empreender, investir e gerar empregos e quem nenhum compromisso possui para com a população, obstinado que está em promover retrocessos sociais e econômicos que nos custarão muito caro já no curto prazo.
Nós, brasileiros socialmente responsáveis, não podemos admitir tais retrocessos. Na hora de votar, convém não nos esquecermos disso.