Para onde vai a Universidade Corporativa

O termo Universidade Corporativa foi cunhado no início dos anos 90. Diferente da Universidade Tradicional, seus cursos e programas estão voltados para o aperfeiçoamento profissional específico para a empresa à qual pertence.

Treinamento então? Não exatamente, a área de Treinamento e Desenvolvimento (T&D) oferece cursos com o objetivo de uso direto para melhoria de produtividade ou habilidades técnicas / comportamentais necessárias para cada cargo dentro da organização.

A Universidade Corporativa (UC), tem um objetivo mais amplo de formação estratégica dos profissionais que ali atuam. Tem realmente uma estrutura de cursos com peso de graduação, pós-graduação e extensão típicos de uma universidade, mas com objetivos totalmente alinhados com a visão estratégica do negócio.

Essas nomenclaturas, no entanto, são conceitos com forte variação de uma empresa para outra, sendo que muitas preferiram adotar um outro termo: Escola Corporativa.

Conceitos à parte, o importante é observar que tanto nas empresas que tem UC, naquelas que tem T&D, ou nas que tem as duas, mudanças estão acontecendo.

 Da mesma forma que a educação tradicional passa por ampla revisão, o modelo corporativo também se renova, e o faz muitas vezes de maneira mais rápida em função de estar isento da burocracia governamental e legal.

Com o tempo escasso e empresas cada vez mais enxutas, aquele modelo tradicional dos anos 80, 90 e até da primeira década dos anos 2000, está se desfazendo. Não há mais tempo ou recursos para treinamentos longos, grandes ausências dos locais de trabalho, cursos que muitas vezes mais pareciam um sabático para a alta gerência, ou até um prêmio para a equipe que conquistou sua meta.

 Os dias atuais pedem cada vez mais aplicação imediata, conhecimento servido no melhor do modelo just-in-time, com baixo custo e alto impacto.

 Não é à toa que o modelo que mais cresce é o do Ensino à Distância (EAD). Com a tecnologia cada vez oferecendo mais recursos, os cursos online têm ganhado espaço no mundo da educação tradicional e no mundo corporativo.

Uma tendência clara são os cursos com conteúdo mais focados, subdivididos em blocos por conceitos ou aplicação, muitas vezes com pegada de tutorial e forte conotação vivencial/sensorial.

Esses conteúdos mais enxutos aliados à disponibilidade 24/7 (24horas, 7 dias por semana) das plataformas online de aprendizado, fazem com que o acesso no momento em que o conhecimento será aplicado leve a um ganho real. Conteúdos que não serão utilizados simplesmente não são acessados.

 Se aprende o que é relevante para aquele momento. Se revê sempre que necessário.

 No mundo da era digital, com tanto conhecimento, informação e possibilidades disponíveis a todos, parece que o jargão do mundo da moda “menos é mais” está chegando na educação.

Não estamos falando em ser rasos em termos de educação e conhecimento, mas a abundância atual não permite mais Leonardos da Vinci (artista, inventor, matemático, cientista, escritor...).

 É importante saber separar o joio do trigo, no momento em que tanto está disponível! Quem consegue priorizar e definir objetivos claros não se perde e fica um passo à frente nesta jornada.

Muito mais do que ter uma UC, T&D, Escola ou qualquer outra denominação, as organizações precisam disponibilizar ferramentas flexíveis para que seus colaboradores possam construir suas competências todo os dias.

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