Para as próximas gerações de empreendedores

Há alguns dias, fui convidada para ministrar uma aula sobre Empreendedorismo em uma eletiva do Ensino Médio da rede pública do estado de São Paulo. A aula foi transmitida pelo Centro de Mídias SP em seus diversos canais (aplicativo, YouTube, canal de TV). Ao final da transmissão, a equipe me contou que cerca de 25 mil alunos estavam online pelos diversos meios disponíveis, sem contar o impacto não contabilizado via televisão. Wow. Eu não conseguia imaginar que tantos estudantes me ouviriam: que gratidão e que responsabilidade. Link do vídeo aqui.

Os alunos se mostraram muito curiosos em saber como eu comecei a empreender e quais características me ajudaram nessa jornada. Essa pergunta me levou a retomar a minha história e os desafios enfrentados e que os jovens que estavam acompanhando a transmissão irão enfrentar se optarem pelo caminho do empreendedorismo. 

Conversei com eles sobre alguns “princípios” que me ajudaram na jornada. Ressaltei que a minha escolha pela Educação partiu de uma observação da realidade (empreendedores são observadores), que levou a buscar evidências sobre um problema (empreendedores são curiosos) e elaborar hipóteses sobre possíveis soluções para tais problemas (empreendedores são resolvedores de problemas). 

• A observação da realidade: nós, brasileiros, ainda precisamos evoluir muito em leitura, que é uma competência estruturante. 
• As evidências: o Brasil ocupa uma das últimas posições em leitura no mundo (de acordo com o PISA, por exemplo), o que afeta a vida acadêmica, profissional e pessoal dos estudantes brasileiros que carregam essa lacuna por toda a sua jornada.
• A busca por soluções: trazer a leitura para o mundo digital, provendo mais interatividade e acesso democratizado aos jovens leitores e mais dados aos educadores. 

O momento de pandemia e educação a distância, em conjunto com essa aula online, levam-me a refletir sobre as escolhas que fiz no passado ao empreender e o impacto futuro da Árvore Educação. Diziam que éramos loucos e que a Educação demorava gerações para se reinventar, que morreríamos na praia. Pois bem… A crise atual tem catalisado tendências que já vinham ocorrendo e nas quais sempre acreditamos: o problema no qual atuamos é grande e estrutural; as evidências são cada vez mais alarmantes e as soluções que oferecemos têm se mostrado relevantes nessa crise e, acredito eu, no “novo-normal” pós-crise. 

Inspirada no meu bate-papo com os alunos da rede estadual de São Paulo, eu gostaria de instigá-los a pensar qual é o sonho grande que eles buscarão atingir. Inspirar e transpirar em busca desse sonho. E no que pudermos ajudar, continuaremos dando o nosso melhor. Contem conosco.