Para que serve um Seguro de Vida? Talvez para Pagar Despesas do Inventário

Para que serve um Seguro de Vida? Talvez para Pagar Despesas do Inventário

A brincadeira que empresta o título deste post tem a ver com as diversas vezes em que ouvi de clientes, quando questionados sobre o que fazem para proteger o futuro de sua família após o fatídico (perdoem o trocadilho) momento de seu falecimento.

A grande maioria responde que paga religiosamente um seguro de vida, e que esta, portanto não terá com o que se preocupar, ainda que apenas nos primeiros meses após este infeliz, mas inevitável, acontecimento.

A verdade porem, não corresponde exatamente à dura realidade que a família enfrentará pela absoluta falta de um planejamento financeiro, erroneamente substituído por este confortável pensamento de que “tudo ficará bem e pronto”.

Todos sabem, mas, não sei exatamente por que motivo, evitam enfrentar os números que seus familiares verão desabar sobre suas cabeças (bolsos e poupanças), quando o patrimônio construído, tiver que ser dividido e transferido para seus herdeiros.

Vamos então, por dever de informar, nos confrontar com tais despesas, ainda que de um patrimônio fictício:

Um único imóvel no valor de R$800.000,00;
Dois automóveis no valor de R$100.000,00;
Duas contas poupança no valor de R$100.000,00
Patrimônio total: R$1.000.000,

ITD (Imposto pago para transferência dos bens) – 4% no RJ -> R$40.000,00;
Custas do processo: R$20.000,00 (aproximadamente);

Somente aí teremos uma despesa de R$60.000,00, que é claro ainda será acrescida do valor de honorários de advogado, contratado para lidar com o processo de inventário, livremente pactuado entre as partes, porém, geralmente em valor percentualmente proporcional ao patrimônio deixado pelo falecido.

Acho que a apresentação destes números permite aos leitores, ter uma boa noção das despesas que a família enfrentará.

Agora, retornando ao seguro de vida, que permitiria a família “respirar” tranquila, enquanto supera o choque, emocional e financeiro, da perda sofrida. Será que é suficiente para superar estas despesas? E ainda deixará uma família tranquila?

Faça as contas e planeje sua sucessão patrimonial enquanto é tempo. Afinal, como dizem, a morte sempre nos pega de surpresa, sendo certo que este mesmo destino não precisa ser ofertado aos que ficam.

Abs e sucesso

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